➷ Você é o Meu Lar ➷

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Olho para os lados sem conseguir sentir nada. Há apenas policiais aqui, por todos os lados, homens presos. Maggie e as meninas estão ao meu lado, estamos segurando firmemente as mãos uma das outras, mas eu não consigo parar de olhar para a minha mãe. Ela está algemada e gritando enquanto os policiais a arrastam pelo parque.

Solto as mãos de Maggie e caminho até ela que me olha completamente ferida, eu nunca a vi tão vulnerável.

— Você não podia! — Ela grita. — Você não podia me trair assim.

— Isso não é normal. — Grito. — Você não poderia causar mais sofrimento, a ninguém.

— Era a minha vida, tudo aquilo.

— Não é humano, você fazia as pessoas sofrerem, você me fez sofrer.

— Não, eu não fiz. Eu cuidei de você.

— Não cuidou, mamãe... você foi a pessoa que estragou a minha vida.

— Não. — Grita chorando. — Elizabeth, não diga isso, você é a única pessoa que eu amo.

— Você não me ama. Não é amor quando machuca... aqui é a minha casa, com meu pai, Maggie... e todas as pessoas que eu amo.

— Você não pode amar, não pode!

— Mamãe... você estava errada. — Sussurro sentindo meu coração disparar ao ver o carro de Christian estacionar na porta do parque. — O amor não é fraco, o amor é forte.

A primeira lágrima escorre pelo meu rosto quando vejo ele descer do carro. Seus cabelos grandes e bagunçados e eu imagino o quanto ele tenha passado as mãos entre eles.

— Elizabeth, não me deixe. — Ela pede estendendo a mão e eu a seguro sentindo meu coração se quebrar.

— Eu sinto muito.

Encaro minha mãe e apenas balanço a cabeça, escorrego minha mão da sua e dou as costas para ela enquanto ela grita, mas ignoro isso. Então o meu olhar encontra o seu, cinza para o azul, a nossa combinação perfeita. Posso ver, mesmo de longe, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto e eu não espero, eu não posso mais.

Seguro meu vestido e começo a correr em sua direção enquanto ele corre na minha, todas as pessoas olhando, mas somos apenas só nós dois. As lágrimas jorram pelos meus olhos quando estamos tão próximos, então eu pulo em seus braços envolvendo minhas pernas na sua cintura e ele me abraça, abraça forte enterrando o rosto contra meu pescoço.

Toda a dor se vai, eu sou apenas lágrimas, e eu estou novamente com o meu ponto seguro.

Eu estou em casa agora.

Eu não posso, não consigo soltá-lo, a dor de ter ficado longe dele tanto tempo me invade agora, todo o medo... tudo o que eu disse, mas é o que eu não disse que faz com que eu me afaste. Ele não me põe no chão, fica apenas encarando meu rosto, como eu encaro o seu. Acho que nós dois queremos saber se somos tão reais, mas ele está aqui, e eu estou.

Ele é real, tudo isso é. Christian está aqui.

— Eu te amo tanto, Christian. — Sussurro com a voz ofegante. — Eu não quero nunca mais ficar longe de você. Nunca.

— Anastásia. — Ele diz ofegante. — Casa comigo?

Um sorriso largo toma conta de tudo em mim, e não é apenas o meu rosto que sorri, é todo o meu coração. Mordo o lábio e balanço a cabeça fazendo Christian sorrir amplamente. Ele enfia a cabeça no meu pescoço outra vez e me roda fazendo-me gargalhar alto.

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