Epílogo

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Meses Mais Tarde...

Olho para Christian e sorrio, então encaramos a lua ao mesmo tempo gargalhando. Nery e Judith estão na nossa frente, caçando conchinhas pela areia. Tudo finalmente está bem, sem perigos, sem pessoas malucas atrás de nós, nossa família está segura.

Michel concedeu informações à polícia que conseguiu chegar aos homens que estavam atrás de mim, inclusive Boyce Fox, e com isso salvando mais mulheres e crianças das mãos deles. Isso graças a Christian, ele conseguiu descobrir coisas sobre Michel, foi o único motivo da polícia ter ido a SIP aquele dia.

Eu não gosto nem de pensar no que teria acontecido.

— Olha, mamãe, achei uma conchinha. — Judith diz e eu solto a mão de Christian para ir até ela, abaixo-me e ela me entrega a concha. — Você gostou?

— É linda.

— Judy. — Nery grita animada, correndo na direção da irmã. — Para você.

Judith dá um gritinho animado e abraça a irmã ao ver a concha grande em sua mão, levanto-me rindo e volto para os braços de Christian enquanto as duas conversam animada pela concha.

— Como você está, Sra. Grey? Você me parece pensativa. — Christian diz e eu sorrio.

— Eu só estava me lembrando de algumas coisas.

— É mesmo? O que?

— Sobre quando meu pai me encontrou.

— Você nunca me falou sobre isso.

Sorrio e encaro a lua novamente, então paro de fico de frente para Christian.

— Era meu aniversário de 13 anos. — Confesso baixinho. — Elena estava me preparando para matar um homem, eu fiquei com medo e fugi.

— Você fugiu?

— Sim... eu fiquei uns três dias fora então... eu tentei roubar meu pai.

— Sério? — Christian pergunta e eu balanço a cabeça envergonhada.

— Sim, acho que ele me reconheceu, por algum motivo, ele disse meu nome.

— E então?

— Ele me contou que era meu pai, eu fiquei tão feliz por ter um pai, por ele ter me procurado todos os anos que estive com Elena. — Digo rindo. — Então eu contei tudo para ele, o que eu tinha que fazer... foi a primeira vez que eu me abri com alguém, ele me contou que era tudo errado, que eu não deveria fazer. Acho que fiquei aliviada com aquilo.

— O que houve depois?

— Eu aceitei ajuda-lo e depois fugi com ele... foi a melhor coisa que eu já fiz.

— Você já fez coisas melhores. — Diz com um olharzinho malicioso.

— Bobo!

Abraço-o e inalo seu cheirinho tão maravilhoso, é, ele tem razão, tem algo melhor que eu fiz, muito melhor. Eu fiz amá-lo, me entreguei com tudo o que eu sou e tudo o que tenho a ele, e essa, sem dúvidas, foi a melhor decisão do mundo.

— Eles chegaram, chegaram! — Judith grita animada.

Afasto-me de Christian e me viro vendo nossa família chegando em seis carros, olho para Christian e ele gargalha balançando a cabeça quando nossas filhas correm para os braços dos avós. Christian me solta e vai indo em direção a ele, então, enquanto ele anda e eu o olho com os olhos marejados, tem a absoluta certeza que essa foi a coisa mais certa que eu já fiz.

Olho para cima encarando a lua e enxugo minhas lágrimas.

— Obrigada, Deus. 

Fim

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