Cubro Elizabeth e Alyssa com cuidado e dou um beijo nelas, elas estão sendo boas batatinhas. Hoje já faz um mês, um longo e terrível mês. Elena não desconfia de nada, mas eu tenho passado mais tempo com ela, ela quer que eu confie nela, mas na verdade, eu preciso deixá-la cega de confiança por mim.
Mandy e Giovanna confiam mais em mim e estão fazendo tudo o que eu pedi... e agindo como batatas. Até Maggie está agindo como batata e eu... acho que já avancei de batata para uma pedra.
A saudade que sinto de Christian está me deixando com raiva, muita raiva e isso está me esgotando, mas me dando forças para não demonstrar coisa alguma. Quando eu voltar para ele, para a nossa casa, nossa cama, eu nunca mais vou querer esconder sentimento algum, ele terá que me ouvir dizendo 'eu te amo' muitas vezes, assim como eu o ouvi.
Eu não poderia imaginar que essas palavras fariam tanta falta, mas ele faz falta. Seu sorriso, seu jeito mandão, eu só quero voltar para os braços dele.
Meus pensamentos se esvaem quando o homem grita no chão. Solto um longo suspiro e encaro Elena... eu odeio ter que assistir a isso, assistir esses homens sendo agredidos... ou morrerem, isso está me matando a cada novo dia. Não poder ajudar, não poder fazer nada me torna tão ruim quanto ela, mas eu vou acabar com isso.
— Tirem-no daqui. — Elena grita.
Os seguranças agarram o homem de qualquer jeito e começam a arrastá-lo para fora do salão. Encaro a pequena menina de olhos castanhos amedrontada no canto do salão, com vestido rasgado e rosto vermelho pelo tapa que levou do maldito.
Ao mesmo tempo que eu tenho pena deles, eu tenho raiva. Como eles podem sentir prazer em uma garotinha como ela? Ela só tem sete anos.
— Leve-a para a enfermaria. — Elena diz me encarando. — Mandem vesti-la.
Respiro fundo e caminho até a menina, mas policio-me e não estendo minha mão para ela, cruzo os braços e lhe encaro.
— Vem comigo. — Ordeno e ela se levanta com pavor.
Viro-me e sigo para fora com a pequena me seguindo, vamos para a ala da enfermeira e eu a ajudo a sentar em uma das macas. A médica que está aqui tem apenas 25 anos, ela foi tomada do marido e da filha para ficar presa nesse lugar imundo.
Posso notar seu olhar de dó enquanto ela atende a menina lhe dando remédio para a dor. Eu posso imaginar o quanto ela quer abraça-la, mas ela deve ter tanto medo dessa Elena quanto essa garotinha.
Olho em volta vendo que não há nenhum dos seguranças e me aproximo mais da médica e da menina.
— Quantos anos a sua filha tem? — Pergunto e ela me encara preocupada. — Pode dizer.
— Cinco. — Sussurra e olha a garotinha.
— Qual o seu nome?
— Laura.
— Você quer voltar para ela? Para seu marido?
— É tudo o que eu mais quero.
— Então, eu quero que você me ajude. — Sussurro olhando para ela. — Você pode conseguir fazer uma mistura de remédios, que ponha a Elena para dormir por pelo menos alguns minutos?
— Eu acho que posso. — Diz confusa. — Você está...
— Indo contra a minha mãe?
— Ela é um monstro.
— Eu sei, é por isso que quero sair daqui e tirar vocês. Mas você não pode dizer sobre isso para ninguém, ela não me prejudicaria, apenas mataria você. Você não quer que sua filha cresça sem você, não é?
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Afogue-se no Amor
FanfictionSEGUNDA TEMPORADA DE 'A MENINA DA LUA' Anastásia jamais poderia imaginar que entenderia os seus sentimentos apenas quando fosse separada de Christian, mas o pior aconteceu e agora, ela está presa em seu passado da forma mais dolorosa possível, reviv...
