Eu não sei o que há entre nós. Tampouco sei o que é isso que eu sinto por você.
Quando eu te vejo, meu coração bate mais forte. Sinto uma urgência em falar com você, em sentir seu olhar sobre mim, me despindo em sua mente. Suas palavras deslizando sobre a minha pele como se fosse uma língua quente e ansiosa. Imagino seu cheiro grudando em minhas roupas, na minha pele, em minha alma. Aquele momento só nosso, onde ninguém mais importa. Eu sou sua e você é meu. Eu quero saber se você deseja o mesmo. Mas eu tenho que fingir.
Eu preciso fingir que não estou aqui por sua causa.
Eu preciso fingir que não estou esperando você falar comigo.
Eu preciso fingir que nosso encontro é totalmente casual
Eu preciso fingir que não estou esperando apenas uma oportunidade para puxar assunto. E que o meu assunto também é casual.
E eu fico pensando se você se sente da mesma forma. Se você espera o mesmo. Se você também finge.
Você me magoou no passado, mas não foi intencional. Você nunca soube o que eu sentia, porque eu fingia. Então eu penso se eu te magoei também.
As coisas teriam sido diferentes se eu tivesse te contado a verdade?
Mas não importa. Eu estou aqui agora e não espero amor. Eu quero outra coisa de você.
Então, você olha para mim, e eu sinto o fogo subir pelo meu peito e me inundar. É agora?
- Oi!
-Oi. Como vai?
- Com saudades...
Meu coração explode em meu peito e o calor desce pelo meu corpo, sinto as pernas enfraquecerem-se.
- Também estou com saudades.
- Quero matar essa saudade. Vem?
Então agora, o calor desce pelo meu sexo. Estou quente e molhada. Não consigo responder. Também não posso negar nada para você.
Você estende a mão e eu a agarro, com toda a força que vem do meu desejo. Não tem ninguém nos vendo, então, eu sou sua. E você?
Você me beija possessivo, sua língua invade a minha boca com força e eu me derreto em seus braços. Você me segura com firmeza, com os braços em minha cintura, apertando-me contra o seu corpo, minha língua invade a sua boca, tímida e delicadamente. Mas você não quer delicadeza.
Você me ergue do chão e toma posse de mim, me levando com você para um canto vazio e discreto. Eu sou sua.
Suas mãos deslizam por dentro da minha camiseta e encontram meus seios. A palma da sua mão passeia por eles e brinca com os meus mamilos. Então você agarra um deles com força, enquanto nossas línguas passeiam pela boca um do outro.
Então, sua mão espalmada em minhas costas nuas, descem devagar. Seu dedo começa a passear pelo cós da minha calça, fazendo com que a minha respiração fique irregular. Sua boca deixa a minha e desce pelo meu pescoço, deslizando preguiçosamente por ali, enquanto você solta o botão da calça e desce meu zíper, habilmente. Sua mão desce por cima da minha calcinha e seu dedo alcança meu clítoris, brincando ali deliberadamente.
Minha boca aberta soltando gemidos baixinhos, para que ninguém me ouça. Eu sou sua. E você sabe disso.
Então seu dedo desliza para dentro de mim, enquanto a sua boca espreme a minha com força, sufocando um gemido alto, impossível de segurar, quando você encontra o meu orgasmo. E novamente eu me derreto em seus braços.
Você me abraça forte, se afasta um pouco. Fecha a minha calça, enquanto eu me recupero de você.
Você me beija suavemente e sorri.
- Linda, eu preciso ir agora. A gente se vê logo?
- Claro! Da próxima vez, prometo retribuir à altura.
Nós sorrimos um para o outro e voltamos para as nossas vidas, como se nada tivesse acontecido.
Eu sigo pensando em você até o próximo encontro.
Mas e você? Ainda está pensando em mim?
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Casualmente
RomanceExistem regras para o amor? Um amor do passado, um reencontro e o reacender de uma paixão. Será que um amor casual pode ser verdadeiro?