Passei os primeiros meses da minha gravidez sozinha.
Por um lado, era bom não ter que dividir minha atenção e o meu tempo entre dois homens e todo aquele drama. Por outro, eu estava carente, sensível e cheia de vontade de transar. E não tinha ninguém para resolver esses problemas.
Minha mãe e eu não tínhamos uma boa convivência. Ela não aprovava meu estilo de vida e nós quase não nos falávamos.
Quando soube que eu estava grávida, ela veio me visitar.
- Você vai criar essa criança sozinha? Sem pai?
-Se for necessário sim.
- Você pelo menos sabe quem é o pai Mariana?
-Não sei mãe. Eu tinha dois namorados e um deles é o pai. Quando nascer nós saberemos.
- Você percebe o que fez Mariana? Os dois te comiam e quando você engravidou eles te deixaram.
-Mãe, não foi assim.
-Ah não? Então cadê eles? Uma mulher que não se dá ao respeito não tem o respeito de ninguém! Eles te comeram até deixar só os ossos. Agora eles vão arrumar meninas boas, de família, virgens e vão casar com elas. Você vai ser uma mãe solteira e nunca vai arrumar um homem que te leve a sério.Vai acabar sozinha!
- Eu não preciso de homem. E não vou ficar sozinha. Eu vou ter o meu filho comigo.
-Você devia se arrepender e voltar para os caminhos do senhor. Eu te criei na igreja, você conhece a palavra de Deus, mas preferiu se rebelar. Agora atrai maldição para a sua vida e a desse inocente. Essa criança já vai nascer amaldiçoada!
-Chega mãe! Eu não vou admitir que você amaldiçoe meu filho! É melhor você não apareça mais. Eu e o bebê ficaremos bem sem você.
Depois disso, minha mãe não falou mais comigo.
Meu pai ficou preocupado.
-Você não pode ficar sozinha filha. Quer vir morar com o papai?
-Não pai. Você mora em outra cidade e eu tenho uma vida aqui. Não se preocupe, eu estou bem.
-Tá bom querida. Se precisar eu estarei sempre aqui pra você.
-Tá bom papai. Te amo.
Você e Pedro se mantinham afastados. Nós não namorávamos mais e vocês respeitavam meu espaço. Nós nos falávamos por telefone ou por mensagens, mas não voltamos a nos ver.
Vocês perguntavam sobre mim, sobre minha saúde e sobre o bebê. Eu dizia que estava tudo bem conosco e que em breve eu descobriria se era um menino ou uma menina.
Minha amiga Adriana foi a pessoa mais próxima de mim durante esse período da minha vida. Ela era mais que uma amiga, era como uma irmã, uma pessoa muito importante para mim.
Eu já estava com quase quatro meses de gravidez, quando encontrei Pedro novamente..
Adriana me convenceu a ir em uma festa na universidade, onde Pedro e ela trabalhavam.
- Ah não Adriana, o que eu vou fazer em uma festa com esse barrigão?
-Você tá uma gravidinha linda, tem que exibir esse peitão maravilhoso e essa barriguinha linda sim!
Ela me convenceu a ir à festa, mas antes de sair de casa ela me deu uma notícia que me deixou perturbada.
- O Pedrão está namorando. Com uma aluna dele, uma menina novinha.
Eu tentei me segurar, mas com a gravidez, eu estava mais a flor da pele do que nunca. Comecei a chorar abertamente e borrei toda a minha maquiagem.
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Casualmente
RomanceExistem regras para o amor? Um amor do passado, um reencontro e o reacender de uma paixão. Será que um amor casual pode ser verdadeiro?