Não estou sendo profissional com você, afinal

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Ela exalou devagar, balançando a cabeça.

— Não, eu acho que nós não nos conhecemos. Mas você me lembra Beatrice, do quadro de Holiday. Não é engraçado que você o possui?

Se Callie soubesse reparar ou se ela tivesse analisado-a melhor, teria visto que ela se sentia um pouco mal e que qualquer esperança em seu rosto desapareceu.

Arizona mordeu o lábio distraída.

— Uma amiga me falou sobre a pintura. Foi por isso que a comprei.

— Sua amiga tem bom gosto.

Algo sobre sua resposta desagradou-a, mas ela deixou de lado o descontentamento porque ela estava muito tensa em seus braços. Callie suspirou e uniu suas testas, sua respiração quente em seu rosto. Ela cheirava a Laphroaig.

— Arizona, eu prometo que não vou morder. Não precisa ficar nervosa.

Arizona ficou tensa, mesmo sabendo que ela estava tentando deixa-la à vontade. Mas Callie a magoou inúmeras vezes e já estava cansada disso. Ela não era uma marionete que ela pudesse brincar para o seu próprio prazer só porque algum banqueiro loiro lhe deu uma trufa.

Parecia que essa dança era simplesmente uma oportunidade para ela declarar a sua superioridade.

— Não acho que isso seja muito profissional. — Ela começou, e seus olhos ficaram em chamas de repente.

O sorriso de Callie desapareceu de seu rosto e seus olhos queimaram os dela.

— Não, não é, Srta. Robbins. Não estou sendo profissional com você, afinal. Suponho que isso não é desculpa para eu afirmar que queria dançar com a garota mais bonita no clube?

Sua boca vermelha linda abriu um pouco, então ela a viu pressionar os lábios.

— Eu não acredito em você.

— O que? Que você é sem dúvida a mulher mais bonita daqui? Com todo o respeito devido à minha irmã. Ou que eu, filha da puta de coração frio que sou, gostaria de dançar com você algo suave?

— Não goze de mim! — Ela retrucou.

— Eu não estou, Arizona.

Ela colocou seu braço no fim das costas de Arizona e ela engasgou porque algo ocorreu dentro de si. Callie sabia disso, naturalmente, e esperava uma reação. O que ela não sabia era que ela havia tocado lá antes, que tinha sido a primeira mulher que alguma vez tocou nela. E que sua pele nunca se recuperou completamente de sua ausência.

Callie observou a subsequente irritação sem nenhuma diversão.

— Quando você não está franzindo o cenho para mim, seus olhos ficam enormes e suaves, fica muito bonita. Você é atraente em todos os aspectos, mas nessas situações você parece um anjo. É quase como se estivesse... Você se parece...

Um súbito flash de reconhecimento passou por seu rosto, e Arizona parou de dançar.

Ela apertou sua mão e olhou em seus olhos, desejando que ela se lembrasse.

— O quê, Callie? Pareço-me com alguém?

A expressão em seu rosto desapareceu tão depressa como apareceu, e ela balançou a cabeça, sorrindo para ela com indulgência.

— Apenas uma fantasia passageira. Não se preocupe Srta. Robbins, a dança está quase no fim. Então você ficará livre de mim.

— Eu só desejava que pudesse ser... — Ela murmurou.

My Sweet RedemptionWhere stories live. Discover now