Eu quero abrir suas pétalas

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April sentou-se no bar de Callie na manhã de quinta-feira, bebendo um café com leite e debruçada sobre uma Vogue francesa. Não era o seu material de leitura normal. A escrivaninha de April em Seattle estava coberta com livros sobre política, relações públicas, economia e sociologia, todos na esperança de que algum dia um de seus superiores iria pedir sua opinião, ao invés de pedir a ela um xerox de outra pessoa. Agora que ela estava em uma licença de seu trabalho, ela teve tempo para ler além da política para o prefeito.

Ela estava se sentindo melhor hoje de manhã. Muito melhor. Sua conversa com Jackson na noite anterior tinha sido boa. Embora continuasse decepcionado que o casamento estivesse cancelado, ele lhe disse repetidas vezes que preferia tê-la a um casamento.

"Nós não temos que nos casar imediatamente. Podemos adiar o casamento até que você termine o seu luto. Mas ainda quero você, April. Eu vou sempre te querer como minha esposa, como minha amante... Agora, eu vou aproveitar o que posso ter, porque eu te amo. Volte para mim."

As palavras de Jackson queimaram através da névoa de depressão e tristeza que nublava a mente de April. E, de repente, tudo ficou claro.

Ela pensou que ela estava fugindo de Kimmie, de Carlos e do fantasma de sua mãe. Mas talvez estivesse correndo de Jackson também, e ouvi-lo expressar essas palavras... Como se fosse possível para ela deixá-lo. Como se ela pudesse mesmo ficar longe dele.

Sua declaração tinha quase partido o coração de April e a fez perceber o quanto realmente queria ser sua esposa. E o quão determinada ela estava em não deixá-lo esperar muito tempo para ser seu marido, enquanto ela se organizava. A vida era muito curta para ser infeliz. Sua mãe havia lhe ensinado isso.

Callie entrou na cozinha usando seus óculos, beijou o topo de sua cabeça e deslizou um maço de dinheiro na frente dela. Ela olhou para o dinheiro suspeitosamente e atenciosamente o folheou, seus olhos se arregalaram.

— O que é isso?

Callie limpou a garganta e se sentou ao lado dela.

— Você não vai às compras com a Srta. Robbins?

Ela revirou os olhos.

— É Arizona, Callie. E não, não vamos. Ela está ajudando uma amiga em algum projeto durante todo o dia. Depois, ela vai levá-la para jantar.

Filha da puta! Pensou Callie. O palavrão surgiu em sua mente, espontaneamente e sem censura, e ela ficou tensa, um rosnar baixo saiu de seu peito.

April deslizou o dinheiro de volta para ela e voltou para sua revista.

Callie colocou o dinheiro na frente dela novamente.

— Pegue-o.

— Por quê?

— Compre algo para sua amiga.

Os olhos de April se estreitaram.

— Por quê? Isto é um monte de dinheiro.

— Eu sei. — Ela disse calmamente.

— São quinhentos dólares. Eu sei que você tem dinheiro para desperdiçar, mas poxa Callie, é um pouco demais!

— Você já viu seu apartamento?

— Não. E você?

Callie se moveu em seu banquinho de bar.

— Foi só por um momento. Ela pegou chuva e eu a levei pra casa e...

— E? — April a envolveu com um braço por cima do ombro e se inclinou em direção a ela com um sorriso malicioso. — Extravase.

My Sweet RedemptionWhere stories live. Discover now