O Dono do Morro

21

Acordo com o desejo de dormir mais (kkkkkk, quem não ?)
Me troco e desço.
Eu: RAFAEL!
Rafa: NÃO GRITA!
Francamente!
Antes de eu fechar a porta do quarto, Eduardo aparece e me puxa para dentro do mesmo, trancando a porta.
Edu: Soube que você vai ir visitar seus pais.
Eu: Sim. E?
Edu: E que você vai daqui a pouco.
Eu: Aham. E?
Eduardo me puxa com tudo e me prensa na parede.
Eu: Sem brincadeirinhas. Chega.
Edu: Chega de brincar. -Olha no fundo dos meus olhos.- estou apaixonado por você.
Caio na risada.
Edu: Ei! É sério!
Eu: Olha, quem está falando aqui, agora, é o próprio babaca do Dono do Morro. O rei da cagada toda. Você acha que da sua boca, sai algo que preste?
Edu: Por isso eu não falo, faço. -Me beija.
Quando penso nas possibilidades de retribuir, Rafael pede para que eu desça com minha mala. Eu apenas recuo.
Edu: Mulher, você não é fácil.
Eu: por isso eu presto. -pego minha mala, meus óculos escuros em cima da escrivaninha e saio. Desço correndo, enfio a mala no carro e coloco meus óculos. Rafael se senta no banco do motorista 5 minutos depois de beijar a Priscilla como se nunca mais fossem se ver. Fala sério! São apenas 3 dias.
Até parece que até lá, irão se esquecer. Mas que coisa.

Primeiro que eu não concordo com essa viagem.

Segundo que eu não quero olhar na cara dos meus pais.

Terceiro que são somente os dois acima e nada mais.

Desco do carro com um enjôo enorme.
Rafa: Preparada?
Eu: Não. Eu nem deveria estar aqui.
Rafa: Seja legal.
Eu: Não é o meu forte.
A porta é aberta por um homem de roupão e pantufa, um cigarro pela metade na mão esquerda. Olhava para nós com um certo medo. Não parecia nada surpreso. Na verdade, deve estar pensando: "Terei que aguentar esses dois vermes por 3 dias. Isso é um saco."
Ele parecia doente.
Rafa: Oi pai -sorri
Homem: Entrem.
Entramos e sentamos no sofá empoeirado e cheirado a mofo.
Uma mulher de babydoll desce as escadas. Fumava também, logo dois cigarros de uma vez.
Mulher: Ah, vocês chegaram.
Eu e Rafa nos entreolhamos.
Onde fomos nos meter?