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Corro desesperadamente com Rafael logo atrás.
Meus pais ainda subiam as escadas, tranquilos. Deve ter alguma saída.
S: Ali -aponto para a porta. Tento abri-la mas estava trancada. Exatos 17 cadeados a fazia ser impossível de abrir sem um molho de chaves.
Minha mãe chega com uma faca enquanto meu pai procurava algo para nos forçar a fazer algo, nos matar, ou talvez, até se defender.
Pulo em cima dela, tentando pegar as chaves de sua outra mão, ela tentava me acertar com a faca, mas Rafael simplesmente tira dela, torcendo seu pulso.
M: PAREM COM ISSO.
Consigo pegar, enquanto ele a segurava, vou abrindo os cadeados. Faltando apenas 2 para encaixar a chave certa, meu pai nos encara com um machado.
S: R-Rafael.
R: Por favor, parem. Nós só queremos ir embora.
P: Vocês já viram demais.
Minha mãe se levanta, pronta para nos atacar. Ela leva a faca até a altura de sua cintura e estica o braço.
Rafael saca uma arma e mira em sua cabeça.
R: PARA, MÃE!
Mas ela não para. Três tiros são disparados. Ele aponta para o cara que nos criou grande parte da nosso vida desde o nascimento com o machado em mãos.
R: CHEGAAA
Ele não para. Lança o machado e Rafael atira. O objeto atinge a televisão,
Nunca vira meu irmão com tanto ódio no olhar e lágrimas por ter matado nossos pais. Eu não conseguia sentia nada. Absolutamente nada.
Olhava o sangue escorrendo, as tripas nas paredes, os olhos abertos e os olhares vazios.
S: Vamos embora.
Pegamos nossas coisas e assim que abro a porta, sinto meu estômago numa queimação que aumentava cada vez mais. Minha blusa se enchendo de um líquido morno. Encaro Thales antes de cair no chão.
R: VOCÊ ESFAQUEOU ELA! SEU FILHO D....

O Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora