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Vamos para a cozinha. Nenhum assunto descente foi concedido a nós.
A casa fedia a estrume.
A pouca louça guardada em um armário sem portas é retirada pelo Rafa. Nossa querida, adorável e drogada mãe nos serve. Quando o prato é posto em minha frente, quase vomito.
Pai: Pombo assado com larva do coqueiro. (Foto no final do cap)
M: Tô de boa.
Pai: Come logo, mulher.
Rafa corta seu pombo e vê as larvas se mexendo.
Rafa: Nem f****** -me olha.
Minha mãe bate na boca dele com tudo e enfia uma larva
Mae: Come logo.
Pai: Igual Hakuna Matata. Viscoso, mas gostoso -Chupa uma como se fosse macarrão.
Eu: Estou perfeitamente bem aqui.
O pombo está me encarando, mano.
Pai: Vai logo, otária.
Rafael cospe.
Rafa: Que nojo.
Eu: Quando a Priscilla te beijar, vou contar pra ela.
Rafa: Não se atreva.
Eu: Tururu
Rafa: Olha aqui.... -eu o interrompo.
Eu: Acho que ele quer mais, mãe.
Rafa: QUERO NADA NÃO.
Mãe : SENTA E COME.
Não encosto um dedo nisso. Vou para o quarto e meu celular toca.

Ligação on
Eu: Alô?
Edu: Ooooooooooi
Eu: Aff
Edu: TUDO BEM MOZÃO?
Eu: Não mais.
Edu: Por quê?
Eu: Você ligou.
Edu:Nossa. Você tá longe demais. Estou com um problema. Vou chorar.
Eu: Por quê?  Que problema?
Edu: Sua boca está longe da minha.
Eu: Questão de higiene.
Desligo.
Mãe: RAFAEL, STELLA, OS DOIS AQUI AGORA.
Assim faço. Me jogo no sofá e ambos me encaram.
Mãe : Venham comigo.
Eu e Rafa seguimos os dois por um corredor escuro, chegando a uma porta que dava para o porão. A porta é aberta e me dá uma visão de um quadro onde várias pessoas estavam em pé, reconheço meus pais ali. Uma foto em família. Minha mãe estava grávida. Paro e encaro sua barriga. Pequena demais para gêmeos.
Mãe: Estava grávida do Eddie.
Eu e Rafael arregalamos os olhos.
Rafa/Eu: Eddie?
Mãe: Sim. Mas quando completou 8 meses, eu tive um surto e o arranquei na barriga. Não exatamente eu.
Aperto a mão do meu irmão e ele faz o mesmo. Eu estava com medo. Realmente medo. Pela primeira vez.
Pai: Nunca me esqueci desse dia. - os dois sorriem um para o outro. -Eu rasguei a barriga dela e puxei o garoto. Só que ele sobreviveu àquele parto urgente.
Começo a tremer. Não parávamos de descer as escadas.
Pai: Você limpou tudo, querida?
Mãe: Não. Eles já têm idade o suficiente para ver.
Eu: Estou com medo. -Sussurro.
Rafa: Calma. Não deve ser nada demais.
Chegamos a uma "sala" onde havia uma maca e uma mesa ao lado. Fico horrorizada. Na mesa havia armas,facas, tesouras, furadeiras, serrotes, pregos, martelos, outros tipos de objetos pontudos que mal posso reconhecer. Algumas luvas e dois jalecos ensanguentados pendurados ao lado. Na maca, a metade de um rapaz muito bonito, morto. Suas pernas estavam cortadas e seu tronco todo desmembrado. Solto um grito, Rafael me puxa pelas escadas e corremos.
Mãe: NÃO TEM SAÍDA.






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O Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora