PRÓLOGO

950 81 5
                                    

DO MESMO AUTOR DE CERNUS - A MAGIA DO BOSQUE!
Um spin-off da trilogia "Cernus"

INFO: [Este livro está sob revisão para publicação impressa]

O grande sol resplandecia acima da cabeça daqueles miseráveis homens. Escravos da guerra. Nos últimos anos os romanos haviam avançado pela Península Ibérica chegando à terra dos povos celtas. Com espadas manchadas de sangue e escudos com as marcas da guerra os romanos avançavam com fúria nos olhos e coragem nas mãos. Os celtas com suas espadas e arco e flechas lutavam e resistiam pela sobrevivência dos seus familiares. Em meio ao caos da guerra, duas figuras chamavam a atenção. Duas mulheres altas e de uma beleza estonteante. Junto aos romanos, uma mulher de cabelos longos e castanhos. Os olhos eram como as chamas da fogueira de Beltane e os lábios tão vermelhos quanto às maçãs de Mabon. Na cabeça um elmo com uma penugem avermelhada descia pelas suas costas até sua cintura. Uma armadura dourada com textura e nomes de grandes guerreiros estava colada ao seu corpo definido. Em sua cintura uma espada de lâmina curta. Nas mãos uma lança dourada e um escudo. Atena. Deusa da guerra. Do lado dos celtas a donzela de pele branca e cabelos tão escuros quanto à noite de Yule estava parada ao lado de seus guerreiros. Ela trajava vestes longas e escuras como seus olhos e lábios. Na mão direita uma espada longa repousava sobre o solo e na outra um cajado com um crânio rodava lentamente. Em seu ombro um corvo observava com solenidade as vidas sendo arrancadas daqueles corpos de carne sensível. Morrigan a deusa da guerra e dos mortos! Assim como seus cavaleiros, as deusas travaram uma batalha. A agilidade e destreza de Atena eram admiráveis, mas que não podiam ser combatidas com as magias e os poderes ocultos de Morrigan.

── Recuem! – ordenou Morrigan a Atena – Este solo é sagrado e este é o nosso povo.

── Este solo está sendo tomado – respondeu Atena limpando as mãos em sua armadura – E seu povo será executado.

A espada de Atena batia contra o campo de energia de Morrigan.

── Desista! Suas armas são inúteis – disse Morrigan evocando uma legião de corvos que avançaram contra os romanos. As aves arrancavam os olhos dos homens com uma velocidade extraordinária.

── Morrigan está aqui! – gritou um dos soldados celtas – Ela está conosco!

Tanto os celtas quanto os romanos não podia enxergar os seus deuses, mas havia momentos como estes, que eles sentiam a sua presença e os seus feitos.

── Volte agora com os seus guerreiros - disse Morrigan calmamente – Este é o último aviso.

── Nunca! – gritou Atena avançando contra a deusa dos celtas.

Morrigan bateu com o cajado no chão e Atena foi arremessada para longe. A deusa do mundo dos mortos girou nos calcanhares e suas vestes tomaram todo o seu corpo a transformando em um corvo. A deusa voou pelos guerreiros caídos no chão até chegar a Atena que se esforçava para levantar. A deusa deixou sua forma animal e olhando fixamente para Atena levantou sua espada. O tempo parou. Um homem com vestes reluzentes e botas com asas surgiu repentinamente. Ele tomou a deusa em suas mãos e a arrastou daquele plano enquanto deixava um sorriso malicioso para Morrigan.

── Hermes – praguejou ela.

A vitória estava garantida. Os corpos dos guerreiros romanos estavam estirados no chão. E os que ainda tinham vida eram derrubados pelos Celtas que avançavam com fúria.

── Isto não acaboufilha de Zeus! – disse Morrigan cortando a cabeça de um dos soldados romanos –Eu acabarei com todos os seus guerreiros    

Os Contos Celtas: Morrigan (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora