ᴄᴜᴘɪᴅᴏ

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Acordei no outro dia com uma enorme dor de cabeça e constato que provavelmente tenha dormido de mal jeito, pois meu pescoço estava doendo muito

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Acordei no outro dia com uma enorme dor de cabeça e constato que provavelmente tenha dormido de mal jeito, pois meu pescoço estava doendo muito. Olho pro meu despertador que ainda não havia tocado e me viro pro lado afim de tentar dormir por mais meia hora. Em vão, quase que automaticamente meu cérebro se conectou a lembrança de ontem e eu franzi o cenho indignada.

Não queria lembrar disso, não queria lembrar dele, a melhor parte de ter me mudado foi ter deixado as lembranças de Kelvin pra trás, disso não tinha duvida. Me levantei minutos depois disposta a tomar um banho e esquecer de uma vez por todas da tal mensagem e o dono dela.

Lavei meu cabelo e depois o sequei deixando os cachos definidos e livres, arrumei minha roupa encima da cama e desci para ajudar minha mãe preparar o café.

- Bom dia mãe, benção. - pedi assim que entrei na cozinha.

- Mas já filha? - pergunta surpresa - Está cedo. - diz e eu apenas sorri

- Eu sei, acordei cedo e perdi o sono. - explica - Já até tomei banho e sequei meu cabelo. - digo estranhando o fato dela não ter escutado.

- Não ouvi, é um pouco difícil de escutar o que acontece no seu quarto. - diz e eu assinto - Quer me ajudar aqui? - chama e rapidamente eu me prontifico

Passamos o café, esquentamos o leite, mamãe comprou pão e picamos algumas frutas. Assim que deu seis horas papai desceu, camisa social branca, uma calça jeans escura e um tênis esportivo, combinava muito bem com o jaleco que colocava na clínica.

- Já está acordada filha? - me dá um beijo na testa

- Perdi o sono. - explico - Bênção pai. - peço e ele sorri para mim

- Deus abençoe.

Nos sentamos a mesa e comemos tranquilamente, mamãe falou o que faria hoje e a agenda estava bem cheia. Visitar imóveis, ir a uma reunião com um possível cliente, depois ir em uma consulta medica, estava corrido para ela hoje.

Foi exatamente por isso que ela me deu vinte reais para pedir um Uber pra voltar pra casa. Não reclamei porque com vintão daria pro Uber e pro almoço. Mais tarde eu peguei minhas coisas, organizei na bolsa, vesti a roupa e arrumei meu cabelo, duas mechas da frente eu coloquei pra trás e prendi com um pequeno elástico.

Desci novamente e encontrei mamãe pronta, conversando com meu pai, que estava de braços cruzados, enquanto retocava o batom nude encarando o espelho da sala.

- Vamos? - chamei e eles olharam pra mim

Meu pai iria me levar hoje, pois mamãe tinha que estar em um centro empresarial as sete horas e a distância era um pouco grande.

- Bênção mãe, espero que seja tão bonito ou mais que aquele que vimos ontem. - sorrio pra ela que tem um leve brilho no olhar.

- Ahan, eu também espero. - ela diz - Deus te abençoe filha.

Quando O Sol Se PôrOnde histórias criam vida. Descubra agora