Eu sempre soube que a vida não seria um mar de rosas, mas ela poderia ser pelo menos um jardim, não?
Também não é novidade que quando tudo está calmo demais é sinal de que vem encrenca grande pela frente.
E bom, depois do que aconteceu com Kel eu...
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Quando cheguei em casa meu pai estava dormindo no sofá, estava tudo silencioso e eu tive certeza que todos já dormiam.
- Pai? - chamei com cautela.
Meu pai é daqueles que assusta com facilidade.
- Pai? - chamo de novo e ele se mexe.
- Ah, você chegou princesa. - se endireitou depois que despertou.
- Cheguei, vai deitar na cama pai, já tranquei tudo. - falo me sentando ao lado dele.
- Como foi lá? - sorri.
- Fantástico, matei as saudades. - respondi sem hesitar.
- Ainda bem, mais uma vídeo chamada que o Matt fizesse você morria. - comenta e eu sorrio.
- Falando nele, o guri vai casar.
- O Matt? - me olha de repente - Casar? - repete e seu sorriso cresce.
- Ahan, sim. - confirmo - Dá pra acreditar?
- Não. - responde com um semblante chocado.
- Ah, para pai. - rio - Dá sim, eu convidei eles pra vir pescar com a gente amanhã.
- Eu já deveria saber, as meninas virão? - pergunta.
- Não sei, vou mandar mensagem antes de ir pra cama. - falo.
- Tenho quase certeza que sim então sua vó vai ter que fazer um caldeirão de arroz. - brinca e eu rio. - Ri baixo Angelina. - me repreende rindo também.
- Vamos pai, vamos dormir. - pego em sua mão e o puxo para o ajudar a se por de pé.
- Ahan, vamos porque eu estou cansadão. - fala e abraça meus ombros.
- Benção pai. - me despeço antes de entrar em meu quarto.
Beijo a mão dele e depois o abraço.
- Deus a abençoe filha, boa noite.
- Amém, boa noite pro senhor também. - me despeço e entro no quarto.
Fecho a porta e procuro na mala um pijama.
Eu o visto, pego o celular e mando mensagem pras meninas convidando-as para amanhã.
Não vejo o que me respondem pois conectei meu aparelho no carregador, repousei minha cabeça no travesseiro afim de repensar os acontecimentos do dia, mas capotei em menos de quinze minutos.
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