ᴇxᴘᴜʟsᴀ?

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- Sabe, eu espero mesmo que no fim você e ele fiquem juntos

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- Sabe, eu espero mesmo que no fim você e ele fiquem juntos. - ouço minha prima e sorrio.

- Eu quero o que estiver nos planos de Deus prima. - digo verdadeira.

- Tomara que casar você e o Kelvin esteja nos planos de Deus. - murmura e eu permaneço sorrindo.

- Isso é um mistério de Deus que ainda não cabe a mim saber. - comento de olhos fechados com os braços debaixo da cabeça.

- Já pensou Angel, vocês cresceram juntos, descobriram e praticaram hobbys juntos, estudaram juntos, assaltaram a geladeira da vovó juntos, sofreram juntos, superaram as dificuldades quase juntos, pra não ficarem juntos no final? - me sento e encontro seu olhar pensativo. - Seria muita injustiça. - conclui.

Eu nego calma e com um sorriso no rosto volto a me deitar.

- Deus não é injusto Jess, não esquece disso, mas as vezes nós tomamos caminhos que não deveríamos e se sofremos é somente responsabilidade nossa. - falo olhando novamente para as folhas. - As vezes não somente a pessoa que tomou maus caminhos sofre, e isso não é culpa de Deus. - afirmo e respiro fundo - E se no final nada romântico acontecer entre nós tudo bem também, eu amo a nossa amizade e assim vai permanecer. - ergo meu troco sobre meus ombros - E afinal de contas não estamos em um conto de fadas. - brinco.

Eu me sento de vez e fito o lago calmo, batendo uma mão na outra.

- Eu confio no Senhor, sei que Ele fará o melhor por nós. - afirmo e então a olho.

- O que foi que aconteceu com você em São Paulo? - seu olhar está repleto de confusão. - Cê não pensava assim não criatura, foi abduzida e trocada? Sai dela trem e devolve minha Angel. - diz devagar.

Eu rio e me ponho de pé.

- Não. - nego limpando minha roupa - Eu aceitei a Cristo, e quando ele está dentro de nós, tudo passa a ser novo.

Ela permanece me olhando com uma careta, não ia discutir isso com ela de novo, Jess era cabeça dura, com certeza resmungaria a qualquer minuto.

- Aí, quem chegar por último é mulher do José. - digo já de pé e passo a corer ouvindo seu grito.

Rio enquanto corro com toda velocidade que tenho, estávamos em uma leve baixada então estava em total vantagem.

- ANGELINA, ISSO É ROUBO! - gritava atrás de mim.

Bem, deixe-me explicar, José é o cara que trabalhava na marcenaria do pai dela. Talvez se o cara não tivesse pedido pra sair com ela não existisse essa piada interna, mas pediu e Jess odeia lembrar.

Ela também não gosta do cara, já que ele tem quase seus quarenta anos e não é lá muito normal.

Enquanto corro, olhando de segundos em segundos para trás, sinto o vento investir com força contra meu rosto e cabelo, o píer se aproximava rápido e eu iria ganhar.

Quando O Sol Se PôrOnde histórias criam vida. Descubra agora