Não foi surpresa encontrar meus familiares esperando na sala de desembarque, gritaram em comemoração como se tivéssemos retornado da guerra, entretanto toda aquela animação me deixou emocionada.
Era bom estar de volta.
Abraçamos cada um deles, era muito bom senti-los tão perto de novo.
Apertei Jess com um pouquinho mais de força e ela não perdeu tempo para reclamar.
Enquanto a Jess de São Paulo era humorista com uma pitada de ironia a Jess de Maringá era ranzinza com uma porção inteira de chatisse.
Iríamos para a casa dos meus avós, a casa do lago, então minhas malas foram todas pro porta malas dos meus tios enquanto os meus pais alugavam um carro.
- Nos encontramos lá? - perguntou mamãe
- Ahan, quando vocês chegarem provavelmente eu vou estar dormindo. - digo com um sorriso e recebo um beijo na testa.
- Então tá bom, até amanhã querida, boa noite. - me abraça.
Eu também me despeço dela e vou de encontro aos meus tios que esperavam com o carro ligado.
Chegamos lá era meia noite, meus avós que geralmente dormiam por volta das nove estavam acordados e vibraram assim que me viram.
Vovô meu deu um abraço apertado e dois tapinhas nas costas, minha vó chorou emocionada parecendo não me ver a dez anos, eu sorria feliz porque eu os amava e estava contente em estar com eles novamente.
A mesa estava cheia, havia pães franceses, pães caseiros, presunto, mussarela, queijo branco, leite, café, chá, pães de queijo, havia muita coisa e eu não esperei ser convidada duas vezes para me sentar e comer.
Eu havia jantado, mas nem parecia pois estava faminta.
Meus pais não demoraram a chegar e riram de mim ao me ver sentada a mesa comendo meu terceiro pão com requeijão.
Conversamos bastante, a família estava toda ali reunida.
Eu e Jess nos retiramos quando os adultos começaram a falar sobre trabalho.
Caminhamos pelo quintal dos fundos, que era aonde tínhamos a vista pro lago, ali também havia uma árvore com um balanço feito de pneu.
- Me conta, como é morar em São Paulo?
- Normal. - dou de ombros a vendo balançar. - Nos moramos em um condomínio, então é sossegado, mas quando estou na escola da pra perceber que como a cidade é agitada. - conto e olho pra água que beijava a lua e refletia sua luz.
- Fez amigos novos? - perguntou curiosa.
- Sim, muitos aliás - sorrio lembrando de cada um e suas personalidades incríveis.
- Esse sorriso, achei que você só sorria assim quando falava do nosso grupo. - comenta enciumada.
- Olha Jess, eu amo o nosso grupo daqui, mas aprendi a amar o meu de lá também. - digo simples.
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Quando O Sol Se Pôr
SpiritualeEu sempre soube que a vida não seria um mar de rosas, mas ela poderia ser pelo menos um jardim, não? Também não é novidade que quando tudo está calmo demais é sinal de que vem encrenca grande pela frente. E bom, depois do que aconteceu com Kel eu...