Angel
Erick encostou o carro enfrente a casa de Collins, a mesma era de três andares. Tinha um lindo jardim e havia varias pessoas (adolescentes) entrando e saindo lá de dentro.
Um exagero!
Erick tirou as chaves do seu carro, tirou seu sinto de segurança e se virou para mim, eu apenas me virei para ele e suspirei alto.
Erick- Tá tudo bem, amor?
Não.
Angel- Sim. - menti.
Erick- Então por que você está assim?
Eu só não queria estar aqui.
Angel- Assim como? - me fiz de desentendida.
Erick- Ah sei lá, você esta estranha e eu sei que você não queria estar, mas não é só por causa da sua mãe, eu só não sei o porquê você não me fala...
Devo falar?
Não, acho que não.
Angel- Não é nada, amor... Talvez seja só uma pequena dor de cabeça.
Ele apenas soltou um - Hum, vamos? - e eu assenti já saindo e passando por aquelas garotas oferecidas, vulgo Vadias.
Erick passou seu ombro nos meus braços e me prendeu de lado, eu virei para ele e o beijei no pescoço, andei um pouco a frente e senti seus braços me envolvendo pela cintura, ele apertou ali e eu me arrepiei.
Encontrei Julie dançando com um loiro alto, acho eu que é o mesmo cara da balada daquele dia em que eu fiquei a primeira vez com o Erick. Ela estava sorrindo e quando me viu, parou e ficou séria.
O que deu nela? Por que ela está assim?
Meu corpo ficou tenso, eu fiquei apenas a encarando por alguns segundos, seu cabelo ruivo caia levemente sobre seus ombros descobertos por causa da blusa que ela usava.
Seus olhos azuis estavam semicerrados, seus lábios estavam em uma linha única, seu semblante era sério e triste, ela rolou os olhos para cima, ela sempre faz isso quando está entediada ou desafiando alguém.
Essa não é a Julie que eu conheço, não mesmo.
Erick percebeu que eu fiquei muito tempo a encarando e me puxou para a porta, não pude desperceber que todos me olhavam, pareciam que estavam com repulsa.
Repulsa? Por que repulsa?
Tentei me concentrar no meu namorado, ele sorria para mim como se quisesse diminuir a tensão, até que deu um pouco certo, porem meu pensamento ainda estava em uma certa ruiva de olhos azuis, cujo eu julgo ser minha melhor amiga. Ou costumava ser.
Me sentei em um pufe que tinha por aquela enorme sala e Erick foi pegar uma bebida para nós dois bebermos. Uma garota que aparentava ter um pouco mais de idade que eu se sentou ao meu lado e me encarou.
Achei estranho.
Ela sorriu para mim e mexeu nos seus longos cachos, fitou meus olhos por alguns segundos e estendeu a mão direita para mim.
Xxx - Meu nome é Carol, e você?
Angel - Angel, prazer.
Carol - Prazer, querida. O que uma moça tão bonita como você faz aqui sozinha numa festa como essa? - ela alisou meu rosto.
Angel - Não estou sozinha, meu namorado já está voltando...
Carol - Ah, claro uma moça como você solteira seria muita sorte. - eu dei um sorriso amargo. - Me diga Angel, você é bi?
Angel - Não. - ri. - Sou completamente hétero. - ela assentiu.
Carol - Quantos anos você tem?
Angel - 16 e você? - ela olhou para o lado e sorriu.
Carol - Tenho 19 anos. Sabe, Angel... - ela olhou para o lado de novo. - Você é realmente muito bonita...
Angel - Hã... Obrigado, eu acho.
Carol - Foi bom te conhecer, mas agora eu tenho que ir ali falar com aquela gatinha. - assenti e ela saiu sorrindo.
Olhei na direção que ela ia e Erick apareceu na minha frente, sorriu e me entregou um copo descartável. Ele se sentou no meu lado e me puxou para seus braços, olhei para ele e lhe dei um selinho, ele encaixou a cabeça no meu pescoço e ficou ali por alguns segundos.
Bebi minha bebida tudo em um único gole, ela desceu queimando minha garganta, me alevantei e ele me olhou curioso.
Angel - Acabou, vou ali buscar mais. - ele assentiu e eu fui.
Cheguei na cozinha e as pessoas se agarravam se pudor nenhum.
Eita!
Socorro!
Verifiquei quais eram as bebidas disponíveis no momento até que sem querer esbarrei em alguém, olhei para o lado e a certa pessoa me encarava muita séria, sorri e tentei tocar seu ombro.
Julie - Não me toque! - disse muito brava.
Angel - O que está havendo com você, Julie? Por que me trata assim?
Julie - É assim que você merece ser tratada, Angel!
Angel - Mas por que? Eu fiz algo de errado?
Julie - Ah, por favor, não me venha com suas mentiras, sua sonsa. Você sabe muito bem o que fez e não teve nem a decência de me contar, eu nunca mais vou confiar em você de novo! - ela gritou e todos nos olharam.
Angel - Ah é? Então o que foi que eu fiz?! - disse ríspida, já estava perdendo a paciência.
Julie - Ah, e você ainda pergunta, sua cretina! Pois bem, eu vou te dizer, já que você é a única aqui que "não" sabe. - ela fez aspas. - Você ficou com o meu ex-namorado, sua cachorra!!!
Oi? Que?
Angel - Oi? Como assim, que disse essa merda para você?
Julie - Isso não interessa, o que importa é que você é uma falsa! - ela gritou.
Angel - Isso é mentira, eu nunca faria isso com você, você sabe. Quem inventou isso tem inveja da nossa amizade! - eu gritei, minha vista começou a embaçar.
Julie - Eu confiei em você, e o que você fez? Me trai assim, e sabe o que é pior? Eu gostava dele, sua vagabunda!!!
Não agüentei, lágrimas escorriam do meu rosto sem o meu controle, todos riam de mim, Julie me encarava séria, mas seus olhos denunciavam que ela estava segurando as lágrimas.
Sai correndo pelos fundos, não queria ver ninguém, nem Erick. Corri o mais rápido que meus pés podiam, parei em um beco escuro, me encostei naquela parede suja e fedorenta, escorreguei para baixo. As lágrimas não paravam de cair, molhando todo o meu rosto.
Com certeza eu não tinha mais maquiagem, se tinha estava toda borrada. Comecei a andar quando senti alguém segurar meu braço com força, olhei assustada para a pessoa que sorria para mim, tentei me soltar, mas ele apertou ainda mais aquela região.
Angel - Me solta! - gritei.
Xxx - Hoje não, querida. Hoje você será minha! - ele disse com a voz arrastada, aposto que ele estava bêbado.
O cheiro de álcool pairava pelo ar, senti um nojo enorme.
(...)
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Coisas Passadas
Novela JuvenilAngel Smith é uma garota de 16 anos, ela mora em Los Angeles-Califórnia. Ela é diferente das outras, ela não pensa em ser popular como as demais de sua idade, a única coisa que ela quer é se encontrar. Depois da morte de seu pai ela nunca mais foi...