Eles e Eu... (Concluída)

Bônus 3: Sebastian Marques

" Todos estão me olhando. Guilherme tentou me impedir de entrar aqui, mas não conseguiu.

— Sebastian, o que faz aqui? – Isadora me olha incrédula.

— Você me trocou por esse imbecil?

— Para com isso, Sebastian! Eu já disse que não gosto de você. Eu te traí, tá lembrado?

— NÃO! VOCÊ ME AMA! – Enxugo uma lágrima que desceu por meu rosto — Você disse que ia se casar comigo.

— Se manca, Sebastian! Eu era uma criança e você também. – Seu olhar não tem nenhum pingo de compaixão — Nós moramos no Brasil do século XXI. Ninguém mais se importa com romances de adolescência.

— Mas... – Eu tento correr até ela, mas Guilherme me segura.

— Meu jovem, se você não se retirar da minha Igreja eu vou ter que chamar a polícia. – O padre me diz assustado.

— Ok. Faça o que você quiser então. Mas saiba que isso é um grande erro! Vou respeitar sua decisão.

Me viro e sigo para a saída da Igreja com o coração dilacerado.

Meu primeiro amor simplesmente me usou e depois me jogou fora..."

Acordo assustado.

Não entendo como posso reviver essa cena até em meus sonhos por mais de cinco meses.

A forma como Isadora me largou foi humilhante. Desde então jurei ao me apaixonar por ninguém mais. Paixão só trás dor e humilhação.

Levanto-me e vou até o banheiro. Faço minhas higienes e depois vou tomar um café forte para ter energia.

Depois que tomo meu café volto para o quarto. Quero adiantar algumas coisas do meu TCC – Trabalho de conclusão de curso – pois esse é meu último ano na universidade.

As horas passaram que eu nem vi.

Descido ir tomar um pouco de água para me hidratar.

Antes que eu termine de tomar a água, a porta é aberta.

O reflexo do sol que entra pela janela me causa cegueira momentânea. Então ando um pouco para o lado para poder ver claramente.

Mas antes que eu consiga, Alex entra na sala e tira àquela maldita toalha.

— AHHHHHHHHH!

A moça que está parada na porta parece estar extremamente envergonhada.

— O senhor pode botar essa tualha em torno desse trem aí, sô?!

— Quem, eu? Ah, tudo bem. Me desculpe. Não estava esperando ninguém hoje.

— Moça, tá procurando alguém? – Eu me aproximo dela — Espera, é você quem vai morar aqui?

— Morar aqui? Como assim, Sebastian? – Guilherme se junta a nós.

— Sim, a Senhoria falou comigo que iria chegar alguém para dividir o apartamento com a gente... Eu só não esperava que fosse uma garota. – Eu sinto um calor subir pelo meu rosto quando olho para ela.

Ela é... Linda.

Por um segundo sinto o tempo parar, como se só existisse ela e eu no mundo.

Consigo até mesmo ouvir as batidas frenéticas do meu coração.