• Submisso •

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Em pouco tempo já consigo me acalmar. Finalmente me sento na ponta da cama de Jungkook com as mãos em meu rosto paro para pensar sobre tudo isso até agora. Aproveito o silêncio até ele ser quebrado por uma voz vindo do lado de fora.

—Fazer o que?! - era Jungkook indignado.

Eu não imaginava do que ele falava até ouvir o estrondo da porta se abrindo e batendo na parede.

—O que foi iss-

—Como assim parar? - Jungkook da a volta na cama e se posiciona na minha frente.

—O que? - meu olhar pra ele é confuso.

—Parar com a lista? -ele é claro. Como pode pensar uma coisa dessa?

—É um assunto meu de qualquer modo. - Você não tem nada a ver com o que eu decidir.

—Não?! Quem mais tem a ver com isso sou eu! - ele fala alto. —Quem mais participa dos planos?

—Quem toma atitudes egoísta e encontra um dos alvos por conta própria? Quem aponta uma arma para outro cara dentro da escola?! - eu falo alto também.

—Aquilo... - ele aperta os olhos. —Eu só-

  —O que? Queria que Yoongi tomasse um tiro? -eu me levanto sorrindo com cinismo — Pois parabéns! foi exatamente isso que você conseguiu. - meu riso some.

  —Eu não podia imaginar que ele fosse estar com uma arma ali dentro! - ele tenta justificar.

  —Você não deveria ter ido lá, ou sequer ter trocado mensagens com ele sem nos contar. Nós deveríamos ser uma esquipe nesse caso, Jungkook! Eu não sei quem mais você pode colocar em perigo no futuro. Eu? ou até você mesmo! Com aquela arma... você quase...

  —Eu não sei por que você não me deixou acabar com ele ali, sinceramente. -Jungkook reclama.

—Você acha que aquilo seria bom? Pra quem? -eu respiro fundo pra falar. —Eu não te parei por que aquilo era demais e sim por que não era o suficiente pra ele! Ele merece viver o resto da vida miserável dele e você não merece virar um assassino por ele.

Sinto um nó na minha garganta.

E o olhar de Jungkook em mim me faz encarar o chão. Eu não deveria chorar agora, então pisco rápido para que as lagrimas que se acumulam em meu rosto não caiam.

Jungkook que esta na minha frente se aproxima. Segurando em minhas mão ele me força a sentar na cama de novo. Eu que estava a encarar o chão vejo o garoto se ajoelhar diante da mim para olhar em meus olhos.

Ele se mostra mais calmo agora.

  —Entendo. Eu errei, okay? Eu coloquei a vida de vocês dois em risco, junto com a minha. E não pensei direito quando peguei aquela arma. Eu só... quero acabar com cada desgraçado que ousou mexer com você. - ele passa uma mão em meu rosto. acariciando ele.  —Por isso não desista de fazer justiça pelo que aconteceu. Eu estarei aqui pra te ouvir a partir de agora. Não farei nada sem que você saiba e nada que você não queira. Serei seu Submisso. Então por favor.

Como ele ousa?

Me olhar com esses olhos. Falar com essa voz.

Não!

  —Não! - digo.

—Sor-

  —Eu não irei parar. Mas você deve cumprir com o que está falando!

—Sim! Eu irei.  - ele concorda sorrindo.

  —Por que faz isso comigo? - fico indignada.

—O que?

  —Esse sorriso... aish. - eu atuo como se realmente estivesse irritada. —Levanta!

Ele o faz. Como havia dito.

Eu faço o mesmo e fico em pé na sua frente.

Pego com duas mãos sua  camisa e quem faz ele sentar na cama agora sou eu.

  —Você ão sabe quanta preocupação me deu. - eu o encaro sentado repousando minhas mãos em seus ombros.

—Me desculp- antes que ele termine, sua boca ja está tapada com a minha.

Sento em seu colo para continuar o que comecei.

Esse é um beijo de alivio. Que bom que você está aqui. Você por inteiro. é esse que eu quero.


Continua.

»Violada« Onde histórias criam vida. Descubra agora