• Karma e Justiça •

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Jungkook chega logo em seguida nas escadas.

Já que não estou nem um pouco com paciência, vou direto ao ponto.

Pego o papel que estava no bolso da minha blusa e literalmente jogo nele. Prensando o papel em seu peito.

—Que merda é essa? - eu digo.

Ele pega o papel e o encara com cara de interrogação.

—Mas o que...? - ele diz parecendo confuso.

—Não se faça de idiota, idiota! Eu sei que foi você que-

—Não é isso. Foi eu. - ele assume. —Mas por que está brava com isso?

— Porque? Jungkook, você que fez isso com aquele cara? Você o matou?! - eu digo quase gritando mas seguro para não chamar atenção.

—Olha... você me chamou pelo nome. - ele apenas ignora.

—Jeon Jungkook! - eu grito.

—Eu não matei ninguém, okay? - ele diz calmo. — O nome disso é Karma. Eu só estou comemorando.

—Você- GRR! - eu empurro seu corpo para longe. —Me responde direito!

—Eu estou.

—Você é um louco? Matando pessoas? Fique longe de mim, entendeu? - eu não sei o porquê mas estou distribuindo tapas em seus braços.

—Eu não matei ninguém, tá? Estou dizendo que sou o responsável pelo bilhete, não pela morte! -o garoto fala entre meus tapas, me fazendo parar com eles assim que ele revela o que quis dizer.

—Olha aqui! - ele segura meus dois pulsos para que eu pare. —O que você prefere então? Deixar esses idiotas impunes?

—Eu-eu poderia resolver isso! Mas não assim-

—Não assim? Você acha que alguém vai te proteger melhor que eu, Sori?! - ele está gritando agora enquanto aperta meu pulso.

—...N-Nerd...- eu não sei mais o que dizer. Qual o problema dele?

—Eu não posso apenas assistir de novo. - Jungkook começa a falar mais calmo. —Não posso deixar barato como-

Ele não termina sua frase.

—Como o que, Nerd? - eu fico curiosa.

Minha Mãe... - ele diz apenas uma palavra.

Putamerda.

Eu não consigo abrir minha boca mais. Aí que está o problema dele. Eu posso dizer como ele se sente agora.

Ele então segura por trás na minha cabeça e me puxa para seu corpo. Agora ele me segura em um abraço forte. Como se eu fosse escapar a qualquer momento. Talvez eu fosse mas depois disse eu não consigo.

—Você não pode apenas ficar parada e deixar eu cuidar de você?

É tudo que ele me pede.

Eu sinto que deveria permitir que alguém me ajude a acabar com o resto dessas pessoas mas eu deveria?

Como eu posso decidir o fim da vida de alguém? Como eu me tornei uma juíza, onde eu tenho que decidir a penalidade de alguém?

E o que dizer para o meu lado consciente que tudo que eu quero é a justiça? Não a justiça pela lei mas justiça que é feita pelas minhas mãos.

Continua.

»Violada« Onde histórias criam vida. Descubra agora