• Primeira Morte •

11.5K 953 434
                                    

Claro, que no dia seguinte, eu não consigo me levantar da cama.

Eu não tenho forças nem espírito para enfrentar aquele maldito inferno que é a minha escola.

Eu me isolei. E fiz isso por uma semana. Nada de celular, ou internet para saber outras notícias. Apenas preciso descansar, mas aquilo não é apenas algo que se supera ficando em casa e comendo soverte. É do tipo que eu não quero contato com absolutamente ninguém. Nem consigo encarar meus pais agora.

No sétimo dia isolada, eu senti que finalmente poderia sair do meu quarto. Eu acabo de comprar meu spray de pimenta e um canivete está guardado na minha saia. Eu poderia literalmente MATAR quem se aproximar de mim hoje.

•••

Sem muitos olhares para mim, hoje. Eu me sento na minha cadeira como sempre, com meus fones.

Mas o clima estranho da sala assim que o professor começa a falar, me deixa curiosa.

— [...] o colega de sala de vocês. Jordan Hen. Então se puderem fazer um minuto de silêncio em homenagem a ele, sua família ficará agradecida. - o professor dizia.

Espera, eu peguei apenas metade do que ele estava dizendo mas um minuto de silêncio seria por morte, certo? Mas quem diabos é Jordan.

Assim que todos abaixam a cabeça em silêncio, alguém do meu lado me cutuca. Quando eu olho, a garota que senta na minha esquerda está me entregando um papel dobrado.

Ainda se entregam bilhetinhos no ensino médio?

De qualquer modo eu pego. Abro o bilhete que estava escrito:

 Abro o bilhete que estava escrito:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu demoro algum segundos para entender. Cinco nomes. Cinco garotos. Isso me lembra algo. Seriam os cinco que estavam na biblioteca? Não pode ser uma coincidência isso ter sido enviado diretamente para mim.

Então alguém me vem à cabeça. Jeon Jungkook? Não é possível... É?

—Vamos fazer o intervalo um pouco mais cedo hoje. - o Professor diz. - Vejo vocês depois do intervalo.

Meu nervosismo faz eu amassar o papel que estava em minha mão e guardar em meu bolso. Se alguém pegar isso, pode entender errado.

Vejo que Jungkook não parece querer sair da sala, ele apenas conversa com os amigos. Então eu farei ele sair.

Caminho em sua direção e interrompo a conversa sem nenhum problema.

—Ei, idiota! - eu digo diretamente para ele e ele olha. —Me siga.

Eu saio da sala sem olhar para trás. Ele virá.

Sigo para às escadas, onde não há muita gente ou câmeras. Eu preciso descobrir o que está por trás disso.

E eu vou.

Continua.

»Violada« Onde histórias criam vida. Descubra agora