Sentimentos Escondidos

Naruto E Tsunade - CAP 14

Ficaram um minuto em silêncio antes do loiro voltar a tagarelar.

- De garotas com pênis ? Não é um assunto que me interesse - Fala, sorrindo sarcasticamente - Ah estou com fome. - Continua jogando-se no puff que estava na frente do sofá que Tsunade sentava-se, olhou ao seu redor não se espantando quando percebe uma vasta quantidade de quadros inusitados, alguns famosos e outros apenas estranhos. A loira sempre foi uma colecionadora incansável de objetos excêntricos.

- Gostou dos meus quadros ? Comprei em um leilão enquanto estava no Chile.- Seus olhos vagaram por cada um deles com um ar nostálgico, sempre gostou de viajar e descobrir coisas novas, não suportava ficar por muito tempo em um único lugar, mas felizmente sua profissão ajudou um pouco nisso, podendo com ela ter uma desculpa perfeita para se aventurar por aí, e como bônus ainda salvava vidas, era perfeito.

- Hunmn, são diferentes. - Comentou não se atrevendo a dizer o que realmente pensava, não queria sair dali com hematomas, devem ter sido caros, não pelas pinturas em si, mas as molduras que pareciam banhados a ouro, e conhecendo a mulher que Tsunade era, não duvidaria se alguém o disse que realmente eram.

Por um momento ficaram observando as obras até que a empregada retornou ao cômodo , dessa vez trazendo consigo uma bandeja com uma tigela de ramen.

- Obrigada pela comida. - Agradece o loiro pegando a bandeja e a colocando em seu colo, surpreendentemente não estava quente, mesmo que ainda fumaçasse, o que fazia os olhos do jovem brilhar.

- Voltando ao assunto anterior, você se lembra da sua prima Karin? - Pergunta vendo o loiro afirmar em concordância com a cabeça, ainda ocupado de mais com a refeição - Então, os pais dela iram fazer uma viagem com os pais daquele seu amigo emo.

- O nome dele é Sasuke, e o que isso tem haver comigo ? - Largando os hachis em cima da tigela já vazio, começou a questiona-la, afinal se tinha uma coisa que Tsunade não fazia era rodeios para falar algum assunto.

- É, nada de mais, apenas que vocês iram ficar algum tempo dividindo o quarto, pois os pais dela não poderão leva-la. - Despeja já cansada da impaciência do garoto.

Mudo. Esse era o único adjetivo que definitivamente não combinava com o loiro, no entanto, era o que mais o descrevia naquele momento. De repente, e como um soco, flashbacks começaram a rodar em sua mente, especificamente, a última vez que a prima ficou em sua casa, e não podia ter sido pior.

Karin ficou completamente obcecada por Sasuke, tanto que o moreno teve que parar de frequentar sua casa, e por consequência Naruto parou também de ir na sua, já que sempre que tentava, a ruiva dava um jeito de ir junto também. Não sabia o motivo, mas um tempo depois, inesperadamente Sasuke a pediu em namoro. Achava que depois disso a amizade dos dois voltaria a ser o que era, mas a prima tinha muito, mas muito mesmo, ciúmes dos dois, tanto que chegava a ser irritante, mas do que o normal.

Então, depois de muito rezar por um milagre, amaldiçoar até a centésima geração da ruiva, e posteriormente começar a repudia-la, os tios resolveram se mudar para o outro lado da cidade, e a prima foi praticamente obrigada a terminar o namoro, para a alegria geral. Lembrava como se fosse ontem, a felicidade que ficou quando ela se mudou, não era como se a odiasse de verdade, apenas que a amava bem longe de si.

- Eu posso morar com você por um tempo? - Pediu.
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Estavam estudando fazia quase uma hora, ou melhor, uma delas estava tentado pelo menos, mas a namorada não estava tornando essa tarefa muito fácil. Deitadas na cama macia com a temperatura tão baixa que não tiveram escolha a não ser pegar um coberto pesado para se aquecerem e ficarem pertinho uma da outra.

- Não gosto de inverno. - Comentou jogando o livro de química ou física, não sabia ao certo, em qualquer lugar que seus olhos não pudessem ver, adorava estudar, mas era obrigada a admitir que algumas vezes era um porre, e essa era uma delas.

- Por que ? É uma estação tão bonita, os flocos de neve, as roupas super estilosas, fora que com esse frio tenho uma desculpa pra' ficar mais perto de você. - E como para provar o que dizia abraçou a namorada mais fortemente, mas não o suficiente para machucar, apenas para ter a certeza que aquele momento era real, que sua linda flor estava com consigo.

Houvesse um silêncio confortável entre as duas, apenas aproveitando a companhia uma da outra.

- É, pode ser - Sakura começa, colocando sua cabeça no pescoço da namorada, em um pedido mudo por um cafuné, que foi dado prontamente - Mas ainda prefiro o verão, ele me lembra você, as cores ficam mais vivas e alegres, e também por causa do sol, ele sim é a sua cara.

- Por que minha cabeça é redonda? - Pergunta, estragando completamente o clima romântico que se formava, fazendo as duas começarem a rir.

- Não, por você ser quente. - Murmura, levantando e dando selinhos na loira - Por você ser linda. - continua adora beijando o maxilar e subindo gradualmente - mas principalmente por ser muito importante pra' mim.

Quando as coisas começaram a esquentar, passos apressados no quarto ao lado alertou as garotas, estavam na casa de Sakura, o que por si só já era um problema. Sua família era extremamente "tradicional" como ela falava, mas Ino sabia que isso só era uma maneira carinhosa de dizer que eram homofóbicos. Por conta disso, ainda não falaram para eles que estavam em um relacionamento amoroso, o que era muito desconfortável, nenhuma das duas gostava de mentiras, principalmente a rosada que até então nunca precisou ocultar nada dos pais, mas tudo tinha uma primeira vez, e não se sentia culpada se fosse por um bem maior.

Batidas leves na porta foram ouvidas, mas elas não se atreveram a dizer nada.

- Sakura, vou sair com seu pai para um desfile, deixei comida na geladeira, e não esqueça de trancar tudo. - Falava a mulher do lado de fora, esperando que a filha desse algum sinal de vida depois de passar o dia trancado com a amiga.

Um pouco apreensiva a jovem apenas falou um "sim" quase sussurrado, soltando o ar que nem sabia ter prendido quando a matriarca se afastou.

- Você acha que ela vai demorar? - Pergunta a loira depois de alguns minutos em silêncio.

- Provavelmente, né, a gente poderia aproveitar esse tempo. - Sugeriu acariciando uma mecha do cabelo da namorada.

As duas se olharam intensamente, sorrindo cúmplices como se fossem fazer alguma travessura, o que fato era o que iriam fazer.

A intensidade que atravessava todo o quarto era palpável. O ar começou a pesar e o som dos nossos suspiros eram audíveis.

Ino rolou por cima de mim, prendendo-me com os pulsos acima da cabeça. Gemi em antecipação. Ela sorriu mordendo o lábio. Senti a pressão dos meus pulsos diminuírem e logo seus dedos deslizavam por minha costela.

- Anjo... - implorei levantando meu quadril e enroscando minhas pernas em volta de sua cintura.

Sentia-me quente. E excitada. Seus dedos dobraram na barra do meu vestido. Soltei-me de seu frouxo aperto a empurrando para o lado.

-Demorou demais... - rosnei ansiosa. Inclinei pairando sobre seus lábios macios, deslize lentamente a língua por eles sentindo seu gosto doce.

Senti sua surpresa com minha ousadia. Delicadamente ela me empurrou e me fez sentar sobre os calcanhares. A cor vermelha escarlate de sua boca era muito convidativa. Segurei-me, tentada a atacá-la. Sem desviar seus olhos dos meus ela segurou a barra da minha camiseta a puxando, passando-a por cima de minha cabeça.

Ela me deitou. Fechei os olhos quando seus dentes deslizaram por meu pescoço. Suspirei. A maciez da sua boca chegou até meus seios. Arfei quando sua língua vagou eles. Chupando. Beijando. Mordendo. Amando.