Capítulo 21

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Acordo com a luz do sol do meu rosto, olho para o lado e Margo não está lá, tento alcançar meu celular mas está um pouco distante.

- Margo?! - digo proucurando ela.

Nenhuma resposta..
Olho para o travesseiro dela e tem um post-it.

"Bom dia meu amor, espero que tenha acordado bem, me desculpa não ter te esperado, mas percebi que estava bem cansada então te deixei dormir, vim as pressas à escola, pois recebi uma mensagem convocando todos os alunos que passaram de ano à ir, mas daqui a pouco eu volto, tome o café direitinho, os remédios também, se cuida. Te amo ~ com amor o seu melzinho."

Morro de felicidades ao ler que deixo o post-it dentro da gaveta da cabiceira, endireito a cadeira de rodas que está ao meu lado, e com meus braços tento me re-erguer e me sentar na cadeira.

É mais difícil do que parece, mas com muita ensistência acabo conseguindo. Me dirijo ao banheiro, escovo meus dentes, e, me dirijo até a cozinha, lá está a Mary, a Mamãe e o Papai.

- Bom dia Hayley. - disse todos em uníssono.

- Bom dia. - respondi.

- Venha tomar café, filha. - disse minha mãe. - A Margo disse que iria sair mais que depois voltava pra ficar com você. - acrescentou.

- Ela deixou um bilhete para mim. - respondi.

- Pera... você se levantou sozinha? - indagou.

- Sim. - respondi e minha mãe logo abriu um sorriso.

- Aaa isso já é mais uma etapa. - disse servindo meu café. - A Margo é incrível né filha? Um anjo. - acrescentou fazendo meu pai fechar a cara.

- Sim ela é, por isso a amo. - respondi.

- Sério que você apoia isso Taylor? - indagou.

- É a felicidade da nossa filha. - respondeu.

- Mas é errado. - comentou.

- Errado é esquecer a família, roubar, matar, se levar pelo dinheiro. - debateu.

- O que está querendo dizer com isso? - perguntou.

- Que depois que a empresa começou a crescer e teve muitos lucros, você esqueceu da família, é ausente, não sabe nem o que se passa com os seus filhos e nem se importa. - debateu minha mãe.

- O que eu faço é para dar o melhor para aqui dentro. - disse se orgulhando de si.

- Pai, ninguém quer saber do seu dinheiro, queremos sua atenção, e não vai ser você, nem ninguém que vai me impedir de ficar com a Margo. - debati.

- Mas tem que ser dentro da minha casa? - indagou.

- Quer que eu saia? Eu saio. - debati.

- Não Hayley, você não vai sair. - ordenou minha mãe.

- Chega, já perdi a fome, não quero mais comer, é só você chegar que estraga todo o clima. - vociferei.

Entrei dentro do quarto, fechei a porta, peguei meu celular e meu fone, peguei minha carteira também, e coloquei sobre a cama, fiz forças sobre a cadeira de rodas para poder me levantar e me deitar e fiz isto.

Me deitei, tentei me ajeitar para ficar mais "confortável", pluguei os fones no celular e coloquei no ouvido, liguei a música e abri minha carteira, peguei minha lâmina a qual fica escondida na carteira. Passei suavemente nos pulços, ainda tinha muito medo de terminar tudo...

Então ficou somente uns cortes rasos mas ainda sangrava, deixei a lâmina sobre minha mão, aumentei a música de modo que eu não ouvia mais nada.

Quando o Amor Acontece (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora