La Salvácion - Camren G!P

11° Cap : " Tudo fora dos trilhos"

Parte 2/2

Autora Point of views.

Camila já não estava entendendo mais nada, primeiro ela e Lauren quase se beijam, e nem toca no assunto como se nada tivesse acontecido entre elas. Segundo, quer tentar fazer uma boa ação a levando para sua casa após ser despejada.

Tudo estava fora dos trilhos.

Mas Camila gostou da ideia de ficar perto de Lauren todos os dias. Porém, a Jauregui não precisava saber disso.

- Lauren... as minhas roupas estão todas molhadas por conta da chuva. - Falou Camila envergonhada ainda de toalha.

Ela tinha acabado de sair do banho, segundo Lauren, a garota menor iria ficar doente se não tirasse as roupas molhadas que a mesma vestia.

E sem falar nada a Jauregui entrou em seu closet e saiu de lá com um conjunto de moletom cinza logo entregando pra Camila.

- Vista isso, é quente e confortável. Eu irei pedir pra Lís pôr suas roupas pra secar. - A Menor assentiu.

As duas agora se encaravam, Lauren estava tão perdida na garota que não viu os sinais de Camila.

- Eu... vou vestir a roupa.

- Uh! Certo. - Camila se virou indo para o banheiro.

Lauren pegou um dos seus travesseiro e um lençol preparada pra sair do quarto quando Camila apareceu.

- Pra onde está indo ?

- Vou para o quarto de hóspedes, fique aqui, quero que esteja o mais confortável possível.

Sendo assim, a de olhos verdes caminhou até Camila deixando um beijo em sua testa para depois ir para fora do quarto deixando Camila sozinha.

Ela queria que Lauren ficasse com ela.

Camila Cabello Point Of Views.

Já era madrugada, eu me virava na cama dentre os lençóis, não conseguia dormir. O cheiro de Lauren consumia os lençóis, era inevitável não sentir.

Fome.

Insônia.

Sentia tudo isso, menos sono.

Levantei-me caminhando até a cozinha com cuidado para não fazer barulho, estava tudo escuro mas ainda assim conseguia enxergar um pouco.

No balcão havia uma cesta de frutas, alcançei uma banana na intenção de matar minha fome.

Sentei no balcão com cuidado ainda tentando entender o que se passava.

Nesse tempo todo percebi que sentia falta da Camila verdadeira.

Eu precisava de espaço pra ser eu novamente. Shawn me tornou outra pessoa após o estrupo no qual eu havia sofrido, ele passou por cima dos meus pais pra poder assumir meus filhos, mas ele não era o pai, bem que poderia ter sido, mas não era.

- Eu não sei o que vou fazer. Como vou fazer pra dizer para meus pais, Shawn ? Como? - Eu chorava sentada na calçada após descobrir que estava grávida. Fruto de um estrupo.

- Você precisa denúnciar, ele te estrupou, Camila.

Lembrei que o estrupador havia dito que se eu denúnciasse iria matar minha família e por fim, me matar. E eu não queria isso.

- Não. - Me desesperei.

- Calma Mila, eu estou com você. Podemos dizer que eu sou o pai, depois denunciamos e estará tudo resolvido.

Eu estava alheia aos pensamentos.

Eu não vi o rosto daquele homem, apenas seus cabelos lisos, bocas e olhos o qual eu não lembrava muito bem por ter uma máscara preta tapando metade de seu rosto. Porém eu achei ter visto aqueles lábios recentemente, mas não lembro de jeito algum.

Precisava de tempo, se não eu me sufocaria ainda mais. Esses meus pensamentos que só aumentam me fazem uma montanha russa de emoções, eu sou a incerteza de carne e osso, não sei até que ponto isso vai dar. Esta tudo um baita borrão agora.

Eu não sei nem quem eu sou mais.

- AAAAAHHHH. - Se virei rapidamente após escutar um grito fino.

Gritei junto.

Um borrão escuro vinha até a mim com algo em mãos. Acenderam a luz.

Era Lís com um garfo apontado pra mim e de olhos fechados.

- QUEM É VOCÊ?

A mulher gritava com suas mãos viradas pra mim.

- Lís ?

A chamei, ela abriu um dos olhos.

- Camila? Achei que era ... deixa pra lá. - A Mulher pôs em cima do balcão sua suposta arma vulgo garfo. - Estás com os olhos vermelhos, estavas a chorar, Chica?

- Não, só foi um cisco... que caiu nos meus olhos. - Falei limpando meus olhos com o pano da blusa que eu vestia.

- Cisco... Uh? Você não sabe mentir. - Falou cerrando seus olhos. - Você pode estar em um momento triste, muitas dúvidas, decisões, mas uma coisa é certa, a única pessoa responsável pela sua felicidade é você, comece a pensar em coisas boas, aliás, coisa boa atraí coisa boa, pense mais em você. Você só precisa de você mesma. Daqui um tempo você vai ver como as coisas vão melhorar. Tudo sempre melhora, tristeza não dura pra sempre, vai ficar tudo bem, só confia.

Lís falou como se soubesse o que estava havendo comigo.

- Eu vou seguir seu conselho, muito obrigada. - Meus olhos lacrimejaram quando Lís me apertou em seus braços.

- Agora vá descansar, você precisa disso.

Assenti sorrindo. Lís saiu da cozinha me deixando sozinha.

Na manhã seguinte eu havia acordado mais cedo, Lauren acordou primeiro que eu para ir ao trabalho afirmando chegar cedo. Estava assistindo algo na televisão quando a campanhia tocou.

Rapidamente fui até a porta abrindo e se deparando com meus bebês ali. Dinah sabia que eu estava aqui, ela sabia de tudo.

- Mamãe! - Gritaram alegres em uníssono. Pulando em meus braços, os enchi de beijos.

- Eu estava morrendo de saudades de vocês. - Os carreguei sob o olhar de Dinah.

- Pestinhas entregues.

- Hey, não fale assim dos meus bebês. Como conseguiu entrar no condomínio sem autorização? - Perguntei vendo minha amiga sorrir cafajeste.

- Tenho meus métodos.

Piscou um de seus olhos.

- Cafajeste - Falei apertando meus filhos em meus braços.

- Fica na tua. Nos vemos depois, tenho reunião agora.

Nos despedimos de Dinah vendo o carro guiando a esquina, entrei fechando a grande porta.

Os garotinhos correram para o sofá no qual eu estava sentada.

- por quê estamos na casa da Tia Lern? – Questionou Lorenzo com a mãozinha no queixo.

- Vamos passar uns dias com ela, gostam da ideia?

- SIM - Gritaram animados.

- Tomaram café da manhã direitinho? - Perguntei sentando no meio de ambos acariciando seus cabelo que estava no meu colo.

- Dinda nos deu Sovete.

- Sim, Mama, ela disse que era café da manhã, então não tinha problema. - Lorenzo afirmou.

- Isso não é uma boa refeição, certo? - Concordaram - Então vamos ter que ir fazer uma refeição saudável. Vamos.

Os encaminhei até a cozinha enquanto discutiamos o que iamos comer.

Sinceramente, eu não seria nada sem eles.