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Boa tarde! Boa leitura ❤️

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Dani sai da farmácia segurando um pacotinho com os medicamentos dentro, caminha em direção ao carro lentamente checando a notinha. De repente um flash a pega de surpresa, levanta o olhar e vê, não muito longe dali, dois homens com câmeras profissionais fotografando-a:
__ Que porra é ess..._ Começa a resmungar, a porta do carro abre, entra imediatamente, fecha a porta e olha para Henry_ O que foi isso?
__ Paparazzi_ Henry dá a partida no carro e sai dirigindo com expressão pouco amigável.
Dani franze o cenho:
__ Jesus, eles não se enxergam não? Isso é invasivo, credo! Levei um susto!
Henry respira fundo, solta o ar, devagarinho:
__ É irritante mas com o tempo você acostuma...
Dani o encara.
__ ... Ou não.
__Tomara que não tenham me fotografado, não quero me expor_ Dani ajeita o cinto de segurança.
__E conseguiram não tem problema, sou homem, maior de idade e ninguém tem nada a ver com o que faço ou deixo de fazer.
__Sim, mas eles vão querer saber quem é a acompanhante e como já disse, não quero me expor.
Henry levanta as duas sobrancelhas, dá de ombros. Dani respira fundo, pega dois comprimidos e coloca na boca, abre a garrafinha de água e bebe... Não tem como explicar para ele o fato de não querer ser exposta pois o maior motivo é sua verdadeira identidade ser descoberta.
Andou pensando consigo mesma... Agora, com esse dinheiro que conseguiu, vai dar um bom adiantamento no hospital e no aluguel de algum lugar e procurar outro emprego. Está decidida a esquecer que Mikaela existiu um dia. Quem sabe não volta a fazer a faculdade? Pode tentar conseguir uma bolsa...
Henry espia Mikaela... Está calada, olhando para fora... Ficou pensativa durante toda a viagem no carro... O que será que está pensando? Estende a mão e acaricia o desenho do rosto delicado com o indicador, ela vira e sorri, se aproximam e trocam um selinho. Volta a se concentrar no transito:
__Vamos almoçar? Conheço um lugar bem discreto, sou amigo do dono, ele não vai divulgar que estive lá.
__Vamos sim.
Henry estaciona rapidamente fazendo uma ligação, avisando o amigo que vai almoçar no restaurante dele. Termina a chamada, manobra e volta a dirigir, mudando de rota.
Ao chegarem, Henry entra com o carro na garagem particular, desembarcam e são recebidos pelo dono do local.
Robert é moreno, robusto, muito simpático, recebe o casal pessoalmente e guia-os até uma sala privativa para que possam almoçar bem a vontade, sem ninguém para interrompê-los.
Dani adora o local e a refeição, mas em momento nenhum consegue parar de pensar... E se eles descobrirem que é uma prostituta? Felizmente Henry age com naturalidade e a deixa a vontade, e felizmente o dono do restaurante dá privacidade a eles, fica se perguntando se Henry sempre traz as "peguetes" nesse lugar?
Ao terminarem a refeição, vão embora discretamente, da mesma maneira que chegaram.
*****
Final de tarde, Dani relaxa na varanda da casa, observando o jardim, a sensação de paz. Começa a escurecer e Henry subiu para tomar banho, é o momento que esperava, ficar sozinha para poder ligar para o hospital. Segura o celular e disca os números, ouve chamar...
As noticias são maravilhosas! Nina começou a reagir!! Conversa com o Dr Jacques, o pediatra responsável pelo tratamento... Se tornaram até amigos, de tanto que se falam.
Henry desce as escadas, procura por Mikaela, a vê sentada no sofá da varanda onde a deixou, está falando empolgada com alguém no celular... A curiosidade o obriga a se aproximar por trás, tentando ouvir um pouco da conversa mesmo sabendo o quanto isso é errado. Ela sorri, parece emocionada:
__Estou tão feliz, queria estar ai com você!
...
__Você sabe que é tudo o que mais amo, Jacques, só tenho a agradecer por você existir.
Henry franze o cenho, tomado por aquele sentimento incômodo que insiste em não assumir, continua escutando:
__Sim, assim que puder. Estou um pouco presa agora, mas assim que tiver oportunidade eu vou.
...
__ Está bem. Beijo!
Henry observa Mika fechar os olhos sorrindo contente, a expressão sonhadora... Inveja esse Jacques, por ele ser capaz de causar nela essas emoções. Vira e caminha em direção da cozinha, mal humorado.
( Ah, que ótimo! Maravilha! Estou com ciúme. C-I-Ú-ME. Eu, Henry Stanley, com ciúme!)
Entra na cozinha e bebe um copo de água, coloca as mãos no rosto, subindo pelos cabelos, cruzando os dedos na nuca. Fecha os olhos... Precisa digerir o fato de estar com ciúme dela. E sabe que não é a primeira vez. Também se sentiu assim no dia que ela ficou nua na boate com todos aqueles homens olhando... Mas dessa vez o sentimento forte quase o sufoca. Apoia as duas mãos na pia, se curvando ligeiramente para a frente:
( Ok, Henry, fique calmo, não é nada tão grave...)
Arruma a postura. Não quer ir falar com ela assim, precisa disfarçar, reprimir essa sensação para não acabar enchendo-a de perguntas desnecessárias.
Dani levanta com vontade de cantar, dançar e sabe-se lá mais o que. Nina começou a reagir! Deseja chorar de alegria, mas reprime, afinal, se Henry ver, que explicação iria dar a suas lágrimas?
Caminha por fora da casa, rodeando a varanda... A casa é muito linda mesmo, a mansão dos sonhos. Desce alguns degraus, vê a entrada para uma sala que com vasos enormes ao lado da porta, entra, encontra algumas esculturas lindas e uns quadros de muito bom gosto, fica imaginando a fortuna contida só nesse ambiente... A parede nos fundos é coberta de grafites, se aproxima, boquiaberta, lembrando de seus 14, 15, 16 anos, quando adorava grafitar. Na verdade sempre adorou a arte, por isso mesmo decidiu se graduar em Artes.
Continua observando os quadros, entra em outra sala, se depara com alguns pôsteres e quadros e troféus de premiações da carreira de Henry, se aproxima curiosa, olhando para o retrato dos companheiros de banda dele, ao lado um quadro de disco de ouro, Henry bem mais jovem, com uns 18 anos... Definitivamente ele se desenvolveu bastante desde então! Era muito magro na época e usava o cabelo quase careca, uma diferença gritante com agora, com cabelos um pouco acima do ombro e bem mais encorpado.
Observa um pôster mais recente... Wow, os caras da banda são gatos! Cada um com sua beleza. Se não conhecesse Henry, não saberia quem escolher.
__Ah, encontrei você!
Dani vira e o vê na outra entrada da sala, vestindo uma calça de moletom, camiseta branca e cabelos molhados. Sorri:
__Estou conhecendo um pouquinho do seu trabalho.
Henry a observa virar e olhar diretamente para o rapaz moreno de olhos azuis, apontando em cima da imagem:
__ Quem é?
__Esse é o Louis, nosso guitarrista. 
__Ele é gato! Alias, todos são... São belezas diferentes.
Henry se aproxima:
__Esses são Theo e Noah... E esse sou eu.
__Jura, nem percebi!_ Dani soa sarcástica, sendo correspondida pelo tão familiar sorriso debochado. Vira, ficando de frente com o peitoral, suspira e levanta o olhar_ Preciso que você me guie até a escada, estou perdida outra vez.
__Ok, amanhã vou te mostrar toda a casa, assim você vai ter noção de onde fica cada lugar.
__Obrigada_Dani observa ele estender a mão e entrelaçar os dedos nos seus com naturalidade, o encaixe é perfeito. Desvia o olhar, ignorando como seu coração ficou descompassado de repente. .
Caminham por um longo corredor com portas a esquerda, chegam na escada:
__ Vamos fazer o que agora de noite? Assistir um filme? Jogar alguma coisa? Comer o que?_Dani pergunta.
Henry não responde, nem precisa, o olhar malicioso já é resposta suficiente, Dani dá um sorrisinho travesso:
__ Vou tomar um banhozinho.
__ Uhm, você podia ter me acompanhado.
__ Não faltarão oportunidades.
Henry inclina e a beija, Dani corresponde mas não permite que aprofunde, se afasta ligeiramente:
__ Eu não demoro.
__  Ok_ Henry a solta e observa ela subir a escada correndo.
Vai até a estante da sala, mexe nos cds procurando alguma coisa para escutar enquanto passa o tempo, coloca Coldplay e começa a arrumar os cds em ordem alfabética.
Mais ou menos 15 minutos depois, Magic começa a tocar, Henry ouve passos na escada, levanta o olhar, vê Mikaela descer, completamente nua, calçando uma sandália de salto agulha preta. Assiste ela descer degrau por degrau, percorrendo o olhar pelas curvas femininas exalando sensualidade. Seu coração bate tão forte a cada passo, que acha que vai ter um ataque:
(Deus, que mulher gostosa!)
Sente a boca seca, hipnotizado. Ela chega sem dizer uma palavra sequer, o segura pela nuca e puxa sua cabeça para um beijo, a língua invade sua boca, atrevida. Deixa os cds de qualquer jeito, em qualquer lugar, o barulho de capinhas caindo no chão mistura-se á música, não se incomodam, entregues ao beijo. Sente ela agarrar os cabelos de sua nuca, a envolve em um abraço possessivo, acariciando as costas nuas enquanto a beija com urgência, desliza para o bumbum, segurando as nádegas, pressionando-a contra sua ereção.
Dani pode sentir ele duro contra seu ventre, agarra a camiseta branca, gemendo com vontade, desejando mais do que simples beijos e carícias, ele a suspende do chão com um só braço, o abraça pelo pescoço, envolvendo-o com as pernas.
Henry anda alguns passos até o balcão da sala, afasta com a mão vários quadros de fotos e enfeites, a deixa sentada ali, se olham intensamente. Agarra a camiseta branca, subindo pelas costas, despindo-se pela cabeça, volta a abocanhar os lábios já inchados pelos beijos, colando seu corpo no dela.
Dani ofega excitada ao sentir a pele quente em contato com a sua, os músculos apertando a maciez de seus seios, agarra as costas largas, sentindo as ondulações dos músculos, ele desliza a boca por seu maxilar, pelo pescoço, a mordisca no ombro, aperta os olhos, quase implorando que ele a toque onde deseja. A mão dele infiltra entre suas coxas, provocando-a, sorri enlevada, dando passagem...
Henry para de beijá-la, seus olhares se encontram, as faces dela ruborizadas, os seios sobem e descem com a respiração ansiosa, sente a lubrificação na ponta do dedo, quase perde a cabeça, a ereção dolorida... Não, hoje quer ouvi-la gritar seu nome de prazer. Inclina o corpo e abocanha um seio, beijando, sugando, ouvindo-a gemer arqueando as costas, segura o outro seio, acariciando, testando, continua descendo, fazendo uma trilha de beijos e carinhos pela barriga até o baixo ventre, sai de entre as pernas, fazendo-a se abrir mais, apoia as mãos em cada coxa, puxando-a e deitando-a no balcão, enfia o rosto na intimidade, inalando profundamente o perfume natural, levanta o olhar e encontra os olhos castanhos assistindo-o com um misto de surpresa e expectativa. Passa a ponta da língua em cima do botãozinho especial, um tanto inchadinho, vê ela jogar a cabeça para trás gemendo, o corpo delicado estremecendo em leves espasmos, sorri satisfeito... Quer muito mais do que isso. Começa a beijá-la ali... Sabe que logo sua recompensa chegará.
Dani se vê completamente louca. Nunca em sua vida imaginou ser possível sentir tanto prazer! Mal pôde acreditar quando viu ele descendo e descendo e descendo. Quando mergulhou o rosto entre suas pernas e começou a acariciá-la dessa maneira, achou que seu corpo iria derreter igual manteiga! Mas a sensação continua a aumentar e aumentar, ele beija, suga, lambe... Não sabe lidar, ergue a pélvis, agarrando os próprios cabelos, deslizando as mãos pelo próprio corpo até chegar nos cabelos dele, o agarra, rebolando sob a língua tesa...
Henry a observa quase o tempo todo, os olhos verdes escurecidos, cheios de malícia, a agarra pelo pulso, retirando a mão de seu cabelo, sem parar de acaricia-la, a segura pelo pulso com força.
Dani sorri... Ele quer dominá-la de todo jeito! Sente segurá-la por baixo na coxa, o olhar a seduz... Vai  explodir de tanto tesão! E explode... Fecha os olhos, sentindo, delirando, ouvindo a própria voz gemer o nome dele.
Henry assiste o rosto feminino se transformar quando ela atinge o orgasmo, ouvindo-a gemer seu nome, enlouquecida... É paciente, continua acariciando-a, deixando-a curtir o momento...
Dani abaixa uma perna, momentaneamente sem energia, satisfeita. Henry a ergue, beijando-a no ventre, a ajuda a sentar, abraçando-a, deixando-a se recuperar, trocam beijinhos e caricias singelas... Aos poucos o beijo se torna intenso, Dani o abraça com as pernas, Henry a leva ate o sofá, a deita, despe a calça e a cueca rapidamente sob o olhar guloso da mulher a sua frente, se deita por cima do corpo macio, deslizando com facilidade para dentro da cavidade pulsante. Seu controle acabai ai.
Se afoga no prazer que ela lhe dá, completamente maluco, sente o corpo dela reagir novamente recomeçando a busca pela satisfação, a acompanha, os movimentos rápidos, firme, gemidos se misturam... Franze o cenho, sentindo que está perto, apoia a mão no sofá, sussurrando o nome dela, beijando-a no pescoço, sugando-a em seguida.
Dani deseja mordê-lo, arranhá-lo, apertá-lo... Agarra os ombros largos, o corpo dele tenciona, tomado pelos espasmos, gemidos roucos preenchem o ambiente e a excitam, fecha os olhos, outra vez cativa do prazer.
Silêncio... O cd parou de tocar, respirações ofegantes... Henry levanta a cabeça, vê Mikaela com os olhos fechados, um leve sorriso nos lábios... Sorri satisfeito, beija onde deixou marcado pela chupada, sente um dos ombros arder:
__Sua selvagem, meu ombro está ardendo.
Dani abre os olhos:
__Desculpe, me empolguei.
Os olhos verdes a observam com interesse, mesmo satisfeito:
__Não tem problema, foi gostoso.
__Foi..._Dani passa a mão no rosto másculo, está começando a ficar áspero por causa da barba... Ele ainda não saiu de dentro de si. Percebe que também não quer quebrar o contato. Ajeita os cabelos dele, sensualmente descabelados, atrás da orelha:
__Vamos ter que tomar outro banho.
__ Podemos tomar juntos se você quiser_O sorriso dele é pura malicia.
Dani acha graça. Mal acabaram e ele quer mais!
__Henry!!!
__Brincadeira_Henry levanta, estende a mão para ajudá-la a levantar.
Dani corre os olhos pela sala... Que bagunça!
__Olha só o que você fez com sua sala.
__A culpa é sua_Henry  abaixa e pega a boxer caída perto de seus pés, veste.
__Como assim?!_ Dani se faz de desentendida, caminha até perto do balcão e se agacha, pegando a camiseta dele, veste.
__Não se faça de inocente, Mikaela.
__Mas eu sou inocente, não fiz nada!_ Dani ri com o jeito que ele a olha, abaixa o olhar passando pelo corpo até o membro, agora em modo de descanso.
Henry coloca a mão na frente:
__Se você continuar me olhando assim, vou começar tudo de novo.
__Nossa, como é sensível! Só estou olhando! Quer saber, vou tomar meu banho, se vire arrumando tudo, não mandei você bagunçar! Com licença.
Dani anda em direção da escada, Henry observa o ondular dos quadris por baixo da camiseta, fica com um sorrrisinho safado. Olha em volta, está uma bagunça mesmo e não sabe por onde começar a arrumar. Se inclina e começa a pegar as coisa do chão colocando no lugar.

Dani entra no banheiro, liga a ducha e deixa a água quente cair sobre a pele... Suspira, relembrando os detalhes do que acabou de acontecer... Nunca na sua vida vai superar essa noite. A primeira vez que soube o quanto um homem pode dar prazer para uma mulher... Nunca em sua vida irá superar Henry Stanley. Abaixa a cabeça, um vinco de preocupação se forma em sua testa... Tem medo de estar se apaixonando, isso não pode acontecer, nunca, de maneira nenhuma!

Está quase dormindo quando Henry entra no quarto, tentando ser o mais silencioso possível para não acordá-la. Ouve ele entrar no banheiro.... Alguns minuto depois, sai, deita na cama bem devagarinho...
Dani sorri e vira:
__ Não estou dormindo, Henry.
Henry passa o braço por baixo da cabeça dela, envolvendo-a e puxando-a para o próprio ombro:
__Uhm, pensei que estivesse.
Dani deita a cabeça no ombro dele, fecha os olhos ao sentir o beijo meigo em seus cabelos, suspira.
__Boa noite, Mika_ Henry fala baixinho.
__Boa noite, sonhe com os anjinhos.
__Meio difícil com você ao meu lado, mas está bom.
__O que você quer dizer com isso, safado.
__Nada!
__Hum_Dani não pode vê-lo mas tem a impressão ele sorri, corresponde e se aconchega no peitoral. Ficam em silêncio alguns minutos, logo ele adormece. Começa a matutar como fará para sair na quarta feira... Precisa levar o dinheiro no hospital e não irá pedir permissão, muito menos ficar se explicando. Vai simplesmente acordar cedo e sair, sem que ele perceba. Aos poucos seus olhos vão ficando pesados e mais pesados...

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Beijos, até amanhã 😘

Quem é você? (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora