Foto: Cler
Assim que eu cheguei a conclusão que a culpa era da Caixa que encontramos no porão dele, fomos até minha casa que com sorte não tinha ninguém. Praticamente tive que desenterrar ela do fundo do armário e todo mundo sentou no chão do meu quarto enquanto eu colocava no meio de todo mundo.
-E aí? O que a gente faz com ela? - Jack
-Se ela for mesmo a culpada pela morte do Prof.Rigis temos mais e que nos livrarmos disso. - Cler
-Não podemos. Se os Bassum estão atrás disso então e porque tem algo de importante aí dentro.- retruquei
-Então deveríamos entrega-la ao exército.-Yan
-E como pretende fazer isso sem contar sobre o roubo? Vamos ganhar prisão perpétua por ter mentido pra polícia.-Cler
-E vamos ficar com isso aqui? Se o tal Alien sabia que estava com o professor, rapidinho ele descobre que está com a gente.-Jack
-Mas esta comigo esse tempo todo. Eu e que corro mais risco. -Eu tinha medo daquela caixa no momento.
-E o problema e todo seu! Você quem resolveu roubar essa caixa do velho!- Jack e sua simpatia.
Depois de um bom tempo discutindo tudo, ainda não tínhamos resolvido nada. Estavam todos gritando e se irritando inclusive eu que estava desesperada pra me livrar daquela coisa, mas não podia deixar que sumisse com ela. Ninguém queria ficar com ela e não podíamos entregar a polícia se não seriamos todos condenados. Parecia que não tinha muita saída.
-Ta bom! CHEGA!! -James que não tinha falado nada até agora, finalmente gritou alguma coisa fazendo todo mundo calar a boca. - eu fico com isso! A gente reveza ta bom? Três dias na casa de cada um até temos uma idéia melhor!
-Por mim tudo bem. melhor assim.-concordei por que até agora era a melhor solução
Depois disso tivemos que ir pra casa da Cler, porque minha mãe tinha chegado em casa e não podíamos arriscas que alguém ouvisse qualquer coisa sobre a caixa. James já parecia muito conformado com a idéia e estava agarrado na caixa o tempo todo. quando chegamos lá resolvemos a ordem de quem ficaria com a caixa. Ficou: depois do James, Jack, Cler, Yan e eu, depois voltava pro James.
Como não tinha muito o que fazer, ficamos jogando do Xbox da Cler, antes da prima dela chegar e expulsar a gente. Apesar de sermos amigas a muito tempo, a prima dela nunca gostou muito de mim. Eram só as duas na casa da Cler. Assim com eu, ela era filha de uma militar, mas o pai dela tinha morrido a muito tempo. Então pediram pra que a prima dela fosse junto pra poder cuidar da Cler. Ela tinha quase 30 anos e trabalhava na biblioteca o dia todo. No final, nem cuidou muito bem da Cler.
Estávamos jogando um game de luta qualquer, que só dava pra quatro, e em uma das rodadas quem ficou de fora foi o James. Eu jogava bem, mas sempre ficava em segundo porque o Yan era muito viciado naquele jogo. Quando prestei atenção, James estava mexendo da caixa de novo. Perdi de propósito (ou nem tanto) no jogo, só pra poder ir falar com ele enquanto tava todo mundo bem distraído. Sentei do lado dele do puff e tirei a caixa da mão dele. coloquei ela de lado e fiquei olhando pra ele.
-Que foi? - eu acha muito fofo quando ele ficava daquele jeito tímido e incomodado quando eu encarava ele.
-Nada... só estou admirando você. - eu fiquei fazendo carinho nele um tempo. Seus olhos eram tão perfeitos. E sua boca... A melhor coisa.
Ele, e claro que não me deixou ficar assim por muito tempo. Me puxou de uma vez e nos beijamos apaixonadamente. Eu adorava quando ele dava pequenos puxões na minha boca e eu podia sentir o piercing da boca dele.
Quando me toquei, a caixa estava brilhando, igual aquela vez na festa. Eu chamei a atenção de todo mundo, que ficou só olhando a caixa mas não aconteceu nada depois. Parou e ainda estava impenetrável do mesmo jeito que antes. Claro que estranhei mas não fiquei pensando muito nisso. Estava me cansando dessa história de caixa.
Na segunda, dois dias depois, eu estava no colégio durante uma aula no laboratório de química, com meu parceiro Yan, que a propósito, nós convencemos de voltar a estudar em um colégio, e ele pela inteligência, pulou pro terceiro ano, sem precisar do primeiro nem do segundo. Por isso mesmo pedi pra ele ser meu parceiro de laboratório. Alguma vantagem tem que ter em um amigo tão nerd. A Cler fazia com o James e por algum motivo o Jack não fazia essas aulas. Nunca perguntei porque. Mas era uma das aulas mais calmas que eu tinhas, talvez por ele não estar lá.
O problema foi quando o celular da Cler tocou. Já era umas 5 e alguma coisa, e estava escuro como sempre. Estávamos na sala mas o professor ainda não, então ela atendeu o celular lá mesmo. Eu não sabia o que fazer, quando a expressão da Cler que tem um rosto simpático e alegre, entrou em depressão, expressando desespero e angústia. Não deu tempo de nada. Ela largou o celular cair no chão e se despedaçar, e saiu correndo antes de eu poder perguntar o que ouve. Claro que isso era completamente anormal no caso da Cler. Nada fazia ela se desesperar daquele jeito. Então fui atrás dela, que ignorou completamente os meus gritos. Esbarramos com Jack na saída do colégio e eu pedi pra ele vir junto porque não sabia o que estava acontecendo.
Estávamos atravessando ruas nas frentes dos carros, tropeçando em tudo no caminho e Cler jogava as pessoas que apareciam pra cima na esperança de conseguir passar. O que me restava fazer era segui-lá sabe se lá até aonde, e gritar desculpas as pessoas na rua. Olhei em direção a nossas casas que ficavam a dois quarteirões a frente e vi uma neblina negra subindo. Isso me preocupou. Entramos na rua e nos deparamos com a casa da Cler completamente em chamas. Os policiais não deixavam ela chegar perto, e Cler chorava como uma criança.
-Ela está lá dentro? O que houve? Como isso começou? - ela não parava de repetir essas perguntas pros policiais mas eles não sabiam responder nenhuma. Até que um bombeiro se aproximou da Cler pediu calma a ela e a entregou um envelope preto. Eu já sabia o que era. Faziam isso quando precisavam dizer a alguém que um parente morreu. Cler não abriu. Ela caiu ajoelhada no asfalto e eu a abracei começando a chorar também.
No dia seguinte eles resgataram tudo o que restou da casa da Cler. O mais engraçado era que o lugar menos danificado pelo fogo foi justo o quarto dela. Eu ajudei a catar tudo que ela queria levar pra minha casa, já que agora iria morar comigo até resolverem o que fazer com ela. Foi engraçado porque a maioria das coisas estavam chamuscadas, menos uma mesa de canto perto dos puffs que a uns dias atrás eu estava com o James. Dai que eu me toquei. Aquela mesa, foi onde a caixa estava. Onde ela brilhou e fez uma coluna de luz. Isso só poderia significar uma coisa.
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T.E.R.R.A (Terminado)
Ciencia Ficción"Uma guerra não é uma coisa fácil de se enfrentar, nunca foi e não é porque passaram décadas que isso vai mudar. Uma terceira guerra mundial talvez fosse menos prejudicial à população mundial. Mas uma invasão alienígena é um guerra solar... Pode des...