Foto: Elenco
James. Ainda lindo e atraente James. Com algumas cicatrizes a mais, mas ainda assim; meu James. Não... não era mais meu.
Tivemos que subir mais uns 60 andares pra finalmente encontrar nosso objetivo no 200. Uma mulher nos chamou e disse que estavam esperando por nós em uma sala de reuniões. Ela me explicou que conseguimos entrar porque a Srta. Collins pediu para procurarem a gente no sistema TOF. Um novo programa que identifica as pessoas pelos rostos, nas câmeras da cidade. Ela também me disse que me encontrou quando saíamos do hotel, e já sabia que eu iria até a base. Enfim, finalmente cheguei.
Todos já estavam lá. Até mesmo o Scott, que tinha sumido a um tempo. A Cler estava com cara de preocupação que aliviou quando me viu. Foi bom ver o Lucas e a Lua. Embora eu nunca mais possa ver o Luan. O Cap. Erick repousava em uma (aparentemente) confortável poltrona lendo, e a Srta. Collins com o notebook. E o James. Bem.. era o James. Vivo, graças a Deus. Ele me olhou, e mal sei se o brilho nos olhos eram mesmo por mim. Imagino que os meus também devem estar brilhando. Mas ao fundo eu vi duas imagens, que para mim, estranhas. Uma japonesa e a... Samanta. Fico imaginando como ela conseguiu sobreviver. E se não morreu depois dessa, vai ser difícil me livrar dessa peste. Será que o James sentiu alguma coisa com isso?
-Onde está a Cristi?
Yan fez a sala ficar silencio. Eles ainda não sabiam o que tinha acontecido. A Cler abaixou a cabeça. E por um minuto eu lembrei do peso que carregava. E que quase eu tinha desistido pelo fato. Senti um peso escorrendo pelo meu rosto em forma de lágrima. Ela carregava as respostas de como tudo aconteceu, e já respondia a todas as dúvidas que qualquer um naquela sala podia ter. Foi sem dúvida, a lágrima mais pesada que já tive.
- Eu... Sinto muito Lydia. - A Cler aproximou-se de mim, com tom de compaixão. - Eu queria ter ficado lá pra poder te trazer, mas não te encontrei, e tivemos que continuar. Ainda bem que você está viva.
Ela me abraçou e a única coisa que consegui fazer foi retribuir. A Cler ainda é minha melhor amiga, não posso evita-la. Mas eu ainda não sabia como consolar o Yan. Sabemos, que ele a amava. Apesar de que muitos diziam ser pouco tempo e pouco convívio, ele sempre tentou esconder o sentimento que tinha por ela. E agora nem teve chance de dizer, talvez um "eu te amo" ou apenas um " você é legal". Ele estava perplexo, sem se mexer e me encarando, como se estivesse esperando que tudo voltasse no tempo e a minha resposta fosse outra, que eu dissesse que ela está bem. Uma pena eu não poder fazer isso.
E sabe.. agora, acho que preciso cuidar melhor de quem amo. Triste admitir, mas sim, eu sou uma das pessoas do mundo que teve que perder pra aprender a dar valor. Mesmo já sabendo, segui a linha dos seres humanos estupidos, que não percebem o erro até terem cometido. Esse pode ser o defeito que vai fazer a raça ser exterminada. Agora que percebi isso, tenho menos esperança pro planeta.
Uma péssima hora pra ficar de luto, apesar de ser um desrespeito à minha irmã. Eu precisava entender o porque a maldita caixa estava sendo também procurada por raças diferentes da Bassum. Depois da Srta Collins perder ela, entendi que ainda tema coisas que a organização esconde dos soldados. E senti uma pitada de ódio por não saber do que se tratava, o tal motivo que eu protegia e também tinha matado minha irmã. A Cristi só foi morta porque estávamos protegendo aquela maldição. Enquanto todos me davam palavras de como sentiam muito e queriam estar lá para ajudar -o James sentiu culpa que pude perceber quando ele veio até mim e colocou a mão no meu ombro, mas eu o abracei mais apertado que nunca, precisava dele - eu me dirigi à Collins meio que ignorando os outros, tentando não mostrar o quão abalada eu estava, porque nas situação que estamos, a última coisa que o grupo precisa é de mais alguém desesperado. Ele estava intacta, do mesmo jeito desde que entrei, como se estivesse esperando que eu não notasse a presença do seu ser na sala.
Eu puxei a cadeira aonde ela estava sentada que não tirou os olhos do note em seu colo como se nem percebesse a movimentação ao seu redor. Eu estava desesperado por atenção e por Deus, me deu vontade de estrangular aquela mulher. Loucura a minha querer fazer isso com uma oficial minha, ainda por cima dentro do seu posto. Mas não me segurava. Bati fechando o notebook. Ela parou, ainda olhando para baixo, piscando rapidamente várias vezes. Quando finalmente olhou pra mim com seus olhos claros e seu cabelo loiro preso em um coque, me visualiza completamente vermelha, com os braços cruzados descansando sobre o tronco.
-Lydia...
-Fale logo!
-A que está se referindo?
-A caixa.
Claro que todos que sabiam da maldita, meio que levaram um susto por estar citando uma coisa de "passado" aonde não era mais importante. O problema é que na verdade ainda era. Eu só tinha que descobrir a que modo.
-Nós devemos conversar sobre isso depois. E a sós.
-Não! Eles também têm o direito de saber.
Ele respirou fundo, com toda paciência do mundo, e de alguma forma se convenceu quando viu o rosto de todo mundo direcionado a ela.
-Tudo bem então.
Levantou-se, e em direção a uma mesa redonda, deu um comando de voz para ligar. Assim, a mesa gráfica acendeu e criou diante dos meus olhos uma espécie de mapa 3D. Um mapa do nosso sistema. Todos se reuniram e volta para observar
- Isto é em tempo real. Aqui estamos nós. - apontou na terra (óbvio) - e aqui está a maior ameaça. - apontou Júpiter.
-Que tipo de ameaça? - Samanta
-A do tipo que pode destruir todos no sistema. Não sabemos ao certo como são. Mas sabemos que são os melhores. E suspeito, que aqueles que invadiram a nossa base, sejam eles.
-Mas... Eles levaram a caixa de Marte. - Cler
- Para impedi-los de realizar a total transformação.
-Mas que transformação? - James
-Ainda não sabemos porque ninguém a completou. Mas é como se cada planeta tivesse um modo de super-desenvolver sua população para virar suprema. A caixa contém o segredo. Mas a nossa, por exemplo, pode estar em qualquer lugar do universo.
-Me diz que os jupiterianos não tem a deles. - Jes
-Não tem. Mas agora tem a de Marte. E os Bassum, estão pedindo ajuda pra tentar recuperá-la. E Vênus, suspeita que Júpiter contém mais caixas além dessa. Até porque são um povo muito mais avançado que o nosso. Podem ter formas para achá-las. E estamos quase acreditando que a nossa está por lá.
-Nós temos um certo pacto com Marte. Estávamos nos assegurando da caixa, enquanto eles faziam pesquisas de como usá-la. E para não arrastar suspeitas, mandaram para cá, e por acaso seu professor, uma pessoa pouco suspeita, estava tomando conta dela. - Cap. Erick explicou.
-Até que a gente roubou ela. -dei um riso sem graça.
-Mas porque eles invadiram a terra já que não tinha riscos? - Yan
-Porque a caixa sumiu. Não quando vocês roubaram. Mas quando ela sumiu da arquibancada.
-Vocês sabem da arquibancada? -me surpreendeu
-Eles estão sempre seguindo a caixa. Agora acreditamos que existiu um espião na cidade de vocês, para descobrir sobre a caixa. É assim a levou. Mas a recuperamos quando ele estava lara sair da terra. Mas agora já não está aqui.
-O problema, e que também existe a hipótese que criminosos Bassums, a roubaram antes de chegar a Júpiter. E foram a Marte.
-Então a caixa já está em casa ue.
-Eu disse criminosos. Eles provavelmente vão querer vendê-la para Júpiter. Mas não entendem que se for preciso eles destruíram Marte para conseguir de volta. Não existe acordo com Júpiter. E não podemos deixar acontecer que nem foi com mercúrio. Eles são nossos aliados mais fortes.
-E o que espera que façamos?
-Ainda decidiremos.
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T.E.R.R.A (Terminado)
Ficção Científica"Uma guerra não é uma coisa fácil de se enfrentar, nunca foi e não é porque passaram décadas que isso vai mudar. Uma terceira guerra mundial talvez fosse menos prejudicial à população mundial. Mas uma invasão alienígena é um guerra solar... Pode des...