Com frio eu abraçei a minha cintura na tentativa falha de me aquecer, meu corpo todo tremia, e estava gelado demais do lado de fora, meus pés estavam afundados na neve, me dando tremores a ponto de estremecer todo o meu corpo. Não sabia ao certo como havia parado naquele lugar, em frente a uma casa decrépita que parecia velha o suficiente para ter cem anos de idade, e mesmo parecendo que ia desabar ainda se mantinha de pé.
Empurrei a porta na minha frente, abrindo a estranha porta de madeira que rangeu pelo seu tempo, e então deu passagem e visão para um cômodo que provávelmente seria uma sala de estar, pequena e agradável, mas que na verdade era uma sala fria, com sangue pra todo lado.
Respirei fundo e fumaça branca saiu dos meus lábios por causa do frio, e então eu dei um passo a diante, como se meu corpo tivesse vontade própria e se comandasse a avançar enquanto eu queria voltar pra trás e fugir de volta ao cenário branco com neve suficiente para me engolir por inteiro.
- Mallya... - Escutei alguém sussurrar, num pedido lamurioso e de repente, assim que meus pés entraram em contato com o sangue eu escutei o choro de um bebê, um choro alto.
Com o coração acelerando eu procurei pela criança, vasculhando o local com os olhos, mas não encontrei a criança, apenas uma mão machucada perto de frutas vermelhas que eu podia jurar que eram de veneno, apontando, ansiando por um livro, um livro negro cheio de símbolos e palavras traçadas em letras torneadas em outra língua que eu nunca havia escutado. A mulher queria o livro, ela queria reverter toda a situação e salvar sua filha, sangue do seu sangue...
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PRISON II
HorrorLaços e mortes ocorreram, mas o serial killer ainda está solto em Helltown, e após cumprir a trégua temporaria dos pais, as detetives Alícia e Mallya tiveram que sair por cinco dias de suas rotinas pra descansar, mas isso não quer dizer que elas vão...