- Mallya on-
Parei de correr, apoiando uma das mãos na parede rochosa ao meu lado enquanto tentava recuperar o fôlego, meu rosto e minhas costelas estavam doloridas depois da briga, mesmo sendo boa em auto-defesa o serial killer me passou a perna várias vezes, ele tirava vantagem sobre tudo que eu fazia, chegava a ser assustadora a meneira que conseguia fazer isso, como se ele me conhecesse ou pudesse prever meus movimentos antes mesmo deu tê-los pensado de fazer.
E o pior é que tinha fugido de mim, ouvimos um barulho vindo de trás dos muros, pareciam passos, e foi a deixa dele, ele simplesmente correu. Abandonando tudo, inclusive eu que estava com a boca sangrando, um belo corte debaixo do nariz, e um leve corte na barriga. E isso tudo fora os hematomas espalhados pelos braços e costelas.
Passei as costas da mão na boca, limpando o sangue e olhei em volta, buscando reconhecer o lugar, parecia estar tarde e eu precisava descobrir onde estava pra sair logo daqui. Não estava mais em condições de encarar o Gap Dong, estava exausta, com o corpo todo doendo, e faminta demais pra me sustentar em pé por tanto tempo.
Quando estava analisando as paredes do meu lado direito, quase tive um ataque de felicidade ao avistar uma marca na parede, era um pequeno símbolo, um triângulo mal feito que eu e a Alícia consideravamos uma marca de nascença do muro de pedras, nascido junto com o labirinto, mas fora a bizarrisse aquilo significava que eu estava perto da entrada do labirinto, ou seja, perto de sair desse lugar. Apalpei minha bolsa em busca do celular e assim que a abri para busca-lo Huoyan tentou sair as pressas, tentei segura-lo e ele de repente grasnou pra mim.
- Ei! - Protestei puxando minha mão de volta surpresa e ele grasnou de novo me deixando confusa - Huoyan para de frescura e me deixa pegar meu celular! - Reclemei e enfiei a mão na bolsa novamente, e mal consegui alcança-lo e Huoyan grasnou outra vez, mas desta vez não foi pra minha mão, e sim pra mim - Por que você está agindo assim? - Indaguei irritada, sentindo minhas pálpebras pesarem, meu cansaço estava se alastrando pelo corpo. Eu precisava aguentar, só até sair desse lugar, e depois poderia dormir onde quer que fosse. Enfiei a mão na bolsa outra vez e mesmo com a insistência de Huoyan eu peguei meu celular, foi então que eu percebi que Huoyan não estava olhando pra mim. Ou seja, não era pra mim que ele estava grasnando.- Taehyung on-
- V-você... - Gaguejei incrédulo sentindo o temor tomar posse sobre todo o meu corpo, o belo corpo dela estava refletido na água, de cada curva à cada cacho de seu cabelo negro, perfeitamente alinhado com o vestido branco que ela usava. Estava igual aquela noite... A noite em que me embebedou e me levou pra cama, mesmo contra minha vontade. Ela sabia que eu não queria, sabia o que o pecado faria comigo, e mesmo assim me usou para conseguir o que queria, me enchendo de beijos voluptuosos e carícias que lentanente destruiram tudo que eu era.
- Sentiu minha falta Taehyung...? - Ela Perguntou depositando os dedos sobre os meus ombros, logo em seguida descendo seu toque ácido pelas minhas omoplatas. Instintivamente minhas asas ameaçaram sair, mas eu me segurei, não queria que ela me vêsse, ver o que fez comigo. Meu bem mais precioso. Ela poderia terminar de destruí-las caso eu abrisse as minhas asas diante dela, e já bastava tudo que ela tinha feito.
- Pensei que estivesse morta. - Falei amargamente e me esquivei de seu toque, me virando de frente pra ela com os joelhos fincados na terra, eu não sabia se conseguiria levantar, o calafrio que descia pela minha espinha parecia congelar todos os meus nervos.
- Não vamos pensar nisso meu anjinho. - Ela sussurrou, se aproximando como uma cobra, lentamente me envolvendo em seus braços desnudos, agora de frente eu conseguia ver que na verdade, a roupa branca que eu pensei ser um vestido era uma camisola, a mesma que ela usara na noite em que abusou de mim.
Horror passou pela minha cabeça e meu coração foi parar na garganta.
- Não me chama assim! - Rosnei me referindo ao apelido, enquanto ela se aproximava mais, mordendo o lábio inferior como ela sempre fazia antes de aprontar alguma coisa, naquele momento, por uma breve fração de segundos eu podia jurar que tinha voltado para aquele quarto, que tinha recuperado minhas memórias, e que veria tudo se repetir, e ela roubar a cor branca das minhas asas outra vez.
Quando ela subiu a mão pela minha coxa meu coração martelou no peito, o medo me invadiu outra vez, e como se eu estivesse bêbado e incapaz de detê-la eu apenas neguei com a cabeça.
- E-eu não q-quero isso... - Gaguejei tentando afastar a mão dela da minha perna e com a outra mão ela acariciou meu rosto, um toque calmo e cheio de carinho.
- Sorri pra mim... Eu quero ver o seu sorriso Tae... - Ela pediu se aproximando mais, subindo em cima de mim e escondendo seu rosto esbelto e inocente, diferente do que ela realmente era por dentro, no meu pescoço - Eu amo o seu sorriso... - Ela sussurrou contra minha pele, e meu corpo pareceu ter sido despertado por um choque violento. A Mallya quem dissera isso, ela quem disse que amava o meu sorriso. Não essa mulher, eu não estava naquele quarto de novo! Eu estava no labirinto, ela quem estava me fazendo lembrar disso, e agora estava tentando me prender em suas garras de novo. Automaticamente com o despertar eu empurrei ela, a fazendo cair na minha frente enquanto me levantava e começava a me afastar.
- Sai de perto de mim sua bruxa! - Esbravejei nervoso e ela começou a dar risada, como se tivesse gostado de ser empurrada.
- Ah meu anjinho... Eu sou muito pior do que uma simples bruxa...É pessoal, depois de demorar um tempinho eu Volteiiiiiiiii! Estou melhor agora e vou voltar ao cronograma😄. Obrigada pelo apoio e as mensagens de força, vocês são uns anjos maravilhosos que nem o TaeTae!💜
Ainda estou me recuperando, mas pelo menos já consegui pegar o ritmo de novo e voltar a escrever pra vcs, admito que estava morrendo de saudades! E agora que estou de volta, vcs não perdem por esperar por todas as coisas que eu vou aprontar...😄
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PRISON II
HorrorLaços e mortes ocorreram, mas o serial killer ainda está solto em Helltown, e após cumprir a trégua temporaria dos pais, as detetives Alícia e Mallya tiveram que sair por cinco dias de suas rotinas pra descansar, mas isso não quer dizer que elas vão...