109 - O Cerco se Fecha

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  Era o fim da linha. E eu ainda não tinha terminado o serviço, faltavam partes dolorosas para acabar, e eu precisava daquele livro, era mais do que crucial. Eu tinha que fazer alguma coisa, antes que o resultado daquele exame chegasse.
  - Mark... - Suspirando a Alícia rolou na cama, adormecida buscando meu peito, quase lamuriando pra se aninhar nos meus braços, ela era tão inocente quando dormia.
  - Espero que você consiga me perdoar um dia meu anjo...

  Mais de meia noite e tantas almas perdidas implorando pela salvação.
  Me esguerei entre os corpos dançantes, esperando todos se alastrarem em meio aquela multidão horrenda e cheia de pecados. Os cabelos negros que ocupavam minha cabeça estava denunciando tão rápido minha excitação que eu não resistia mais quando avistei a minha querida vampira.
  Ela se afogaria tão facilmente nas minhas mãos, que chegaria a dar dó, infelizmente para ela era necessário, caso contrário todos nós vamos morrer. E eu não posso deixar que a Alícia morra. Muito menos eu.

- Alícia on-

  - Alícia... - Uma voz feminina me chamou do final do grande corredor luxuoso que eu me encontrava, não sabia como havia parado lá, mas por algum motivo sabia que não era boa coisa. E que eu havia sido tirada da cama ainda dormindo, pois eu ainda estava de pijama.
  - Quem está aí? - Perguntei pro escuro, o corredor belíssimo não me respondeu, apenas uma rajada suave adeentrou pelas janelas balançando as cortinas com tenaz sagacidade.
  Até eu ver uma sombra no meio delas e começar a sentir meu coração palpitar.
  A inquietação chegou e a sombra sumiu assim que as cortinas baixaram.
  Era uma mulher, com certeza era uma mulher. Meu peito parecia apertado pra tantos batimentos desregulados.
  - Alícia... - Ela me chamou de novo, parecia estar caçoando de mim, do meu medo, era surreal demais pra minha cabeça. O jeito que as cortinas se balançavam, a maneira que a claridade prateada da lua parecia tocar aquele corredor semi-escuro. Parecia uma cena perfeita demais para ser de terror. Talvez até romântica se não fosse pela bela mulher que estava no final dele. Se aproximando lentamente.
  Os saltos dela estavam batendo delicadamente no chão, a atração que ela emanava era forte, mas assim que pude ver o quão branca ela era, já adivinhava o que ela queria.
  Meu medo só estava deixando ela ainda mais sedenta pelo meu sangue. Eu era apenas sua presa.
  - Não..! - Nem tive tempo de me levantar, ela se aproximou muito rápido e foi bruta o bastante a ponto de agarrar minha garganta com as unhas e me por contra parede. Não estava mais sentindo os pés no chão - Me larga! - Urrei esperniando, estava miseravelmente desarmada. E ela me fitava com aqueles olhos negros com tanta sede que chegava a doer, antes mesmo de sentir aqueles dentes na minha jugular.

  - Não... Não... - Comecei a rolar na cama, e senti mãos agarrando as minhas, quando abri os olhos já estava de prontidão para dar um soco, mas Mark foi rápido o bastante para me barrar e segurar meu punho antes deu quebrar seu nariz.
  - Me desculpa. - Pedi com os olhos arregalados, ainda estava com o coração bem acelerado.
  - O que foi Alícia? Está tudo bem? - Ele me indagou preocupado, estava com a cara inchada de quem acabou de acordar e o cabelo mais rebelde que o meu.
  - Nada eu só... Só tive um sonho agitado. - Expliquei tentando me acalmar e voltei a deitar, o que o fez se aproximar e colocar a mão no meu rosto.
  - Parecia mais um pesadelo que estava tendo.
  - Foi só um sonho Mark. - Frisei e ele me fitou inquieto, mas o que quer que fosse dizer se perdeu quando foi interrompido com batidas na porta do quarto.
  - Entra. - Eu dei permissão e Jung Kook invadiu o quarto eufórico.
  - O Gap Dong original matou mais uma!
  Pulei da cama.

PRISON IIOnde histórias criam vida. Descubra agora