- Taehyung on-
- Já estão cientes do que houve? - Jin se juntou a mesa, olhando calmamente para Jimin e eu como se fôssemos parentes que não se viam a muito tempo com os olhos brilhando de felicidade, e eu não me reprimi e o abraçei, fazia muito tempo que não nos víamos. Ele era como um irmão pra mim, todos os Wings eram.
- Estamos. - Jimin respondeu abraçando o Jin depois de mim, e então nos ajeitamos os três naquele espaço tão afastado dos demais clientes do restaurante.
- Estamos nos mudando pra Helltown. - Jin ponderou, mesmo que já soubessemos depois do recado enfurecido do Yoongi e Jimin ficou mais tenso ainda, enquanto me limitei a suspirar exasperado.
- Vai ser o mesmo esquema? - Perguntei, brincando com o celular enquanto o girava nos dedos preocupado e o olhar de Jin caiu sobre mim.
- Dinheiro, drogas, armas, facas e jóias. - Jin titubeou pegando o vinho intocado que estava na mesa e depositando em sua taça - O mesmo de sempre. Só que temos dois serial killers na cidade que podem ser usados, simplesmente podemos jogar as mortes nas costas deles.
- Sinto falta dos carros importados. - Jimin sorriu e então eu levantei a cabeça, fitando o vinho no copo do Jin.
- Vamos ter que voltar a matar? - Perguntei angustiado e Jin lançou dureza em seu olhar sobre mim.
- O que houve com você Taehyung? - Jin indagou desconfiado, chamando atenção do Jimin sobre mim também - Amoleceu desde Los Angeles? - Indagou mais uma vez, agora mais ríspido e eu levantei a cabeça, preparado para enfrenta-lo.
- Ainda mato com tanta maestria que os serial killers dessa cidade seriam bebês comparados ao meu trabalho. - Cuspi as palavras e Jin tirou um revolver da cintura, colocando ele na minha frente.
- Bom mesmo. - Afirmou irritado - Queremos o melhor de todos, os que não estiverem dispostos a trabalhar de verdade não são dignos de ser Wings, e você sabe muito bem que pra mim te dar pra Cérberus palitar os dentes com asas negra de anjo é questão de um estalar de dedos. - Assim que ouvi o nome do cão de estimação da máfia meu corpo estremeceu, dando uma fisgada nas omoplatas. O desconforto de ter minhas asas ameaçadas era aterrador.
- Não vou falhar. - Afirmei com frieza, e Jin sorriu, aquele sorriso que significava, sem necessidade de palavras, que muito sangue seria derramado.- Alícia on-
- Jeon onde você aprendeu a cortar legumes desse jeito? - Indaguei perplexa com a prática que esse menino tinha com as facas, cortando com tanta facilidade que aquela lâmina afiada parecia um brinquedo de criança nas mãos dele.
Ele se limitou a abrir um sorriso tímido e olhou pra mim, que ainda estava vistoriando o arroz no fogão.
- É costume sabe. Eu sempre gostei de usar facas. - Comentou ele e então voltou a cortar, eu fui mexer no arroz pra misturar o sal, mas não hesitei em escapar o olhar na direção dele. Jung Kook ficava muito lindo na cozinha, os músculos se flexionavam a cada movimento que ele fazia com a faca, e seu corpo atraente e sarado era levemente tentador. Na verdade muito tentador.
- Jeon... - Comecei a fazer outra pergunta, e senti uma ardência forte tomar meu dedo indicador. Arquejei e me afastei da panela já consciente de que havia me queimado.
- O que houve?? - Jung Kook largou a faca e os legumes e veio correndo me acudir.
- Eu toquei na panela. - Bufei e ele segurou minha mão, analisando a vermelhidão no meu dedo, sem pedir ou esperar ele já estava me levando pra pia pra molhar o local com água corrente.
Depois que diminuiu a vermelhidão ele tirou meu dedo debaixo d'água, desligando a torneira enquanto ainda segurava minha mão cuidadoso o bastante para tentar ver se eu havia me machucado.
- Acho que não foi tão ruim assim, não vai... - Jung Kook comentou levantando o rosto do meu dedo pra olhar pra mim, olhando nos meus olhos, agora que fui reparar que ele estava tão perto - Não vai levantar bolha. - Avisou, e eu acho que ele estava esperando eu me afastar, mas eu não o fiz. Uma parte de mim não queria me afastar, queria me aproximar mais dele.
- Jeon... - Sussurrei, quase sem pronunciar direito, e senti suas mãos no meu quadril, eliminando o espaço quase inexistente entre nós dois. Por um momento pensei em Mark, estava errado o que eu estava prestes a fazer, mas eu queria tanto.
- Shii... - Ele sussurrou, levando uma mão até o meu rosto para passar o polegar sobre os meus lábios, meu coração disparou. Ele se inclinou na minha direção, sua boca estava tão perto, eu conseguia sentir sua respiração colidindo no meu rosto, e quando seus lábios tocaram os meus eu senti um desejo forte tomar o meu corpo. Eu queria aquilo. Queria mais do que tudo.
Como se pudesse imaginar o que eu queria antes que eu pedisse, Jeon me agarrou, apertando meu corpo contra o seu musculoso, me deixando extasiada com a dominância que sua boca queria exercer sobre a minha, seus lábios macios eram controladores, mas sua língua tocando na minha parecia clamar por meu controle.
Minhas mãos foram pro cabelo dele, e quando Jeon ameaçou me tirar do chão pra me colocar em cima da pia, devorando meus lábios com tanta vontade, um som de vidro se quebrando invadiu a cozinha. Nos afastamos imediatamente.
E ofegante eu encarei o rosto de Mark, tomado de raiva enquanto uma garrafa de vinho estava quebrada no chão, e seu líquido roxo escorrendo pela soleira da porta pra dentro da cozinha. Na outra porta, que dava pra sala estava a Mallya, e o sorriso no rosto dela deixou bem claro que ela eatava prestes a bater palmas e começar uma confusão.
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PRISON II
HorrorLaços e mortes ocorreram, mas o serial killer ainda está solto em Helltown, e após cumprir a trégua temporaria dos pais, as detetives Alícia e Mallya tiveram que sair por cinco dias de suas rotinas pra descansar, mas isso não quer dizer que elas vão...