(Palavras e trechos fortes)
No inicio eu pensava que era algo normal, e ficava me perguntando se toda adolescente da minha idade pensava da mesma maneira, ou ate mesmo fazia a mesma coisa, eu tinha só 15 anos, me considerava um pouco madura, mas ainda sim tímida, não contava nada para meus avos que foram quem me criaram, não tive irmãos e quase nenhuma amiga ou amigo.
No inicio era depois das aulas, ele pedia para mim esperar depois que todos os alunos tinham saído, e pedia a minha ajuda para ajudar a corrigir provas, arrumas documentos e organizar a sala, depois de um tempo que isso não colava mais, pedia para mim ficar e ficávamos conversando sobre coisas da vida, e uma vez ate conversamos sobre John Green e a culpa é das estrelas.
No dia seguinte da aula, ele passou para todos os alunos o filme, comecei a me encantar e simplesmente me apaixonar por mais que eu soubesse que ele seria no mínimo uns 10 a 15 anos mais velho que eu, apesar de nem de longe ter cara de homem mais velho e muito menos professor.
No dia que assistimos a culpa é das estrelas, ele pediu novamente para mim ficar depois da aula para ajudar a organizar a sala, e fiquei, a escola estava quase vazia já que todos já estavam indo embora e varias pessoas tinham ido para a o jogo de basquete dos meninos da escola. Começamos a conversar e a organizar tudo que os alunos tinham deixado jogado, quando eu estava virada ele veio por trás de mim, fingindo guardar os livros na prateleira de cima.
Começou a sussurrar no meu ouvido, passou a mão nos meus braços e beijar o meu pescoço, ate que eu virei e beijei ele, eu não sabia muito bem o que eu estava fazendo, muito menos sabia beijar, apenas sabia que queria muito beijar ele naquele momento. Esses beijos escondidos continuaram por quase uma semana.
Ate nos encontrarmos em uma pizzaria, eu tinha ido sozinha lá, porque como não tinha ninguém para ir comigo e queria comer uma pizza era o único jeito, fiquei bem escondida no canto, um garoto veio falar comigo, e quando menos percebi ele já estava irritado lá na mesa, pedindo para o garoto sumir e me tirando de lá.
Eu não estava entendendo nada que estava acontecendo, o porque ele estava daquele jeito e de onde tinha surgido, dirigiu igual um louco, ate onde eu nem imaginava, ate que parou em uma casa pequena bem escondida, me tirou do carro e começou a me beijar.
Eu esperava que ele fosse me explicar algo, e fosse ficar só nos beijos, mas não, ele começou a me beijar mais vorazmente, ate mesmo apertar meus braços e tentei me soltar para entender o porque ele estava fazendo aquilo, quando perguntei a única resposta dele foi: você vai fazer o que eu mandar entendeu.
Lembro de ter ficado com medo, mas ao mesmo tempo se entender porque ele falou isso e estava agindo daquela maneira. Foi a noite que perdi a minha virgindade, da maneira mais suja, errada e bruta possível.
Ele me colocou na sua própria cama, começou a me beijar e arrancar minha roupa, comecei a protestar, e ele repetiu a mesma frase com uma cara que ate mesmo me assustou, começou a beijar e lamber meus seios, de inicio fiquei horrizada, tentando me afastar, depois comecei a sentir que estava ficando excitada e comecei a ver como aquilo era errado.
Depois ele começou a descer pra minhas pernas, amarrou minhas mãos na cabeceira da cama com uma gravata que estava no chão, fiquei imobilizada, ele rasgou minha calcinha, e a partir dai não parou mais, fez sexo oral em mim mais de três vezes, me penetrou durante a noite toda, e todo momento ficava repetindo a mesma frase e dizendo que eu era dele, e pedindo para mim concordar.
Eu chorava, gritava, sentia nojo e ódio, e ao mesmo tempo prazer e não conseguia parar de gozar a todo momento, quando tudo acabou já era mais de 3 horas da manha, o nojo que senti de mim e tudo que tinha acontecido foi tão grande, que vomitei tudo que tinha comido na noite, e comecei a suar frio, sentir que precisava limpar e arrancar minha pele.
Ele não tinha adormecido, ficou apenas olhando para mim e vendo tudo que eu estava passando, sentindo porque era evidente no meu rosto, tentei escapar pela porta mas estava trancada, pegar minhas roupas mas estavam rasgadas, me cobrir com o lençol mas ele puxou e disse: gosto de você assim.
Cogitei ate pular pela janela, mas assim que ele percebeu foi mais rápido que eu, me pegou pela cintura e tudo começou de novo, fez eu montar nele sentado mesmo no chão, e por mais que eu esperneava e gritava, ele não parava, ate dizer a frase que fez meu coração parar naquele momento:
''Você vai fazer o que eu mandar e eu quiser que você faça, agora e daqui para a frente, se você não fizer isso, pode dar adeus aos seus avos e as pessoas que você gosta ou pensa gostar''.
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Chega! Nunca mais (Volume 2)
Non-FictionChega! Nunca mais ao abuso sexual. Volume dois da coletânea de relatos de mulheres e agora neste segundo volume de diversas pessoas ao redor do mundo que sofreram abuso sexual, pessoas que apesar de não terem sofrido ou passado por isso não quisera...