Continuação...
Tália assustada com a afirmação de Darío se levantou da cama sem desviar o olhar:
- Você só deve estar louco! Não sei de onde tirou isso...- Comentou, abaixando-se para pegar algumas de suas roupas.
-Você não sabe?! A vida é sua, não tenho o direito de me meter, mas quero apenas que jogue limpo comigo!- Disse exaltado, levantando-se como um felino pronto para o ataque.
Tália queria sair dali e dar por terminado aquele conflito louco que havia se criado. Antes ela não tivesse nem sonhado em entrar no quarto, ou melhor, no covil de Darío. Antes ela não tivesse tocado em sua pele. Antes ela não tivesse feito amor, ou melhor, sexo com ele. Porém todas as certezas que tinha se desmoronavam ao mínimo sinal da presença dele. Sentia-se fraca e inconsequente...
-Fica inventando problema quando o maior de todos você que terminou de fazer.
Ele já próximo a ela, ainda nu, não entendia a que se referia:
- Você pode ser mais clara?! Eu estou falando da sua vida com esse outro cara e você me vem com essa de que eu sou o responsável por um problema maior!-Era claro a indignação de Darío.
- A gente transou sem camisinha! Não percebeu isso?! E agora?!- Disse ela correndo para a saída do quarto, mas antes que pudesse passar pela porta, Darío se interpôs.
Os olhos dele estavam mais claros do que o de costume. Certamente, havia se dado conta do erro que cometeu ao ter sido tão afoito e não ter parado para pensar nas consequências.
-Eu estou limpo! Não sou de transar sem camisinha por aí!
-Não duvido! O problema é que eu posso engravidar!- Disse ela surpreendendo a ele com aquela afirmativa.
Darío, surpreso, não se opôs a que ela passasse por ele para fora do quarto. Alguns segundos depois após ter pensado que poderia ter engravidado a sua empregada, a mulher que ele sentia muito tesão por ela, mas que não tinha nenhuma intenção de formalizar algo mais sério e muito menos ser pai naquele momento, Darío foi atrás dela assim que colocou um shorts. Foi direto para o quarto de empregada que estava trancado. Bateu:
-Precisamos conversar, Tália!
Ela ainda atordoada saiu já arrumada para começar o seu dia de trabalho. Queria se mostrar segura:
- Fala! - Disse arrogante diante dele.
-É verdade que você pode estar grávida?Você não toma nenhum tipo de anticoncepcional?- Perguntou num tom calmo, escondendo seu nervosismo.
- Não tomo, o mais seguro para tudo é o preservativo...
- Com relação a doenças pode ficar tranquila que você não correu nenhum risco comigo...A única preocupação é a gravidez. Não tenho planos de ser pai, não quero um filho, não seria um bom pai! Você consegue perceber isso?!- Perguntava nervoso com a possibilidade de ter que assumir aquele papel tão importante de uma hora para outra.
Ela queria ter certeza de que não havia passado nada e assim tranquilizar a ele, mas pelo que havia acontecido na sua gravidez anterior, sabia que era fértil o suficiente para ter engravidado. Com Thauanne bastara ter se relacionado apenas uma vez com o pai da menina para que dois meses depois ter a certeza de que existia um bebê dentro dela. Por isso não podia garantir nada a ele... Também doía saber a aversão que ele tinha de ser pai... Talvez a probabilidade de ter um filho com ELA fosse o que mais o atemorizava. Talvez se fosse com alguma das modelos que ele costumava sair, seria diferente. Aqueles pensamentos foram o que fizeram mentir:
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Tália (Completa)
ChickLitTália era uma jovem mãe solteira, que trabalhava como empregada doméstica no apartamento de Darío, ex-modelo internacional e sócio de uma exitosa agência de modelos no Rio de Janeiro. Apesar de saber que os momentos de intenso prazer que vivia nos...