Tália era uma jovem mãe solteira, que trabalhava como empregada doméstica no apartamento de Darío, ex-modelo internacional e sócio de uma exitosa agência de modelos no Rio de Janeiro.
Apesar de saber que os momentos de intenso prazer que vivia nos...
Tália terminava de se arrumar e olhava o reflexo no espelho. Não podia acreditar na imagem que via ali, depois de tantos anos tentando se aceitar e sempre encontrando algo para convencê-la que não era a mulher que queria ser. Agora, olhando para o espelho, via uma mulher segura, linda, apaixonada por si e pela família que formara. Além de se sentir amada pelo marido e pelos filhos.
-Mãe, vai sair sem meu pai?!- perguntou Thauanne se jogando na enorme cama dos pais.
A menina entrou no quarto dos pais esbaforida como sempre. Era uma criança que se acostumou a ver a mãe sempre fazendo tudo com o marido. Os dois se tornaram inseparáveis desde que fizeram as pazes. O casamento não demorou para acontecer, o único incômodo na época foi se casar sem a presença de sua irmã, mas fora impossível adiar as bodas. Darío estava muito ansioso para que formassem a família que sonhara. Parecia ter medo que voltassem a se separar...Assim se prometeram que fariam uma nova festa quando a família estivesse completa. E naquele momento estavam preparando uma nova festa para comemorar os anos de casado, afinal Tula já estava em casa e faria parte da festa que Tália sempre sonhou.
- Vou sair com a Tatiana! Aliás, sua tia Tula também vai estar e algumas amigas delas...- explicou Tália.
Tália e Tatiana estreitaram mais o relacionamento e se tornaram grandes amigas.
- Mas sem o meu pai?!- A menina perguntava sem entender como a mãe poderia sair sem Darío.
Tália se virou para a cama onde a filha se encontrava deitada com um dos braços apoiando a cabeça.
-Hoje é o dia de sair com as amigas, filha! Todos nós temos que ter um momento para estar com nossos amigos. Você, quando crescer mais, também terá!- explicou.
- Meu pai disse que só depois dos 40 anos que vou sair sem ele!- falou a menina.
Tália olhou para ela e gargalhou:
-Seu pai é muito exagerado!
Darío havia se tornado um pai muito ciumento, principalmente, com Anne; já com Sebastian dizia que seria ele seria um pegador. O que Tália sempre o repreendia pelo discurso machista, mas ela sabia que tudo era brincadeira do marido. O talvez não...
- E o que meu pai vai ficar fazendo quando você sair, mãe?
-Cuidando de você e do seu irmão.
-Hummmm!- Anne reagiu com uma cara de que tudo poderia acontecer quando ficassem apenas o pai e as irmãos.- Oba!- disse passando as mãos uma na outra empolgada.
Tália olhou a filha e riu com sua animação e puxou a filha pela mão para abraçá-la, beijando-a.
-Te amo muito, filha!
- Também te amo, mãe!
As duas caminharam abraçadas até chegar à sala, encontrando Darío brincando com o filho sentado em cima de si. O menino dava risadas com as brincadeiras do pai.
Quando Darío sentiu a presença delas, parou de provocar Sebastian e olhou para Tália e Anne:
-Nossa! Está linda!- elogiou.
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