Continuação...
-E como foi tudo?- perguntou tia Dolores quando Tália e Anne chegaram.
Tália havia terminado de colocar Anne na cama, a menina veio dormindo. Depois do lanche, ela havia concordado em voltar com Darío já que estava um dia muito quente. Foi só colocá-la na cadeirinha, que Darío ainda conservava na camionete, que ela dormiu com o ar-condicionado ligado no máximo. Durante a viagem para casa, ele voltou a tocar no assunto do trabalho dela. Realmente, queria saber onde trabalhava. E se o trabalho não sacrificaria seu tempo com a filha. Se fosse em outra situação, talvez Tália tivesse ficado feliz por ele se mostrar preocupado com Thauanne, mas tinha certeza que não era essa a sua preocupação. Até se aborreceu quando ele perguntou quem era o novo patrão dela.
- Não se preocupe com isso. Sei bem o que devo fazer com relação a minha filha!- determinou ela sem se voltar para ele, seu olhar estava fixo na estrada.
- Caso ela seja realmente minha filha, tudo que disser respeito a ela, dirá respeito a mim também. Espero que você se lembre disso!
- Você disse bem: caso ela seja a sua filha! Ainda teremos um mês em dúvida até que saia o resultado...
- Você tem dúvidas?!- perguntou-lhe olhando rapidamente sem deixar de dirigir.
- O que eu penso não vem ao caso. O que importa é o resultado do exame.
-Ok, você tem razão! Mas mesmo assim eu tenho o direito de me preocupar com o bem-estar dela, já que há uma probabilidade de que seja minha filha, apesar de não acreditar que seja.
As palavras dele eram duras o suficiente para que Tália se sentisse mais magoada ainda. Entendia que ele tinha todas as razões para não acreditar nela, mas sua desconfiança a entristecia. Mas havia decidido não deixar que ele percebesse o quanto a atingia com aquelas palavras.
- Pode ficar tranquilo que sei bem o que faço...
- Você está trabalhando pra quem? -perguntou mudando de assunto.
- Não te interessa, Darío!
- Claro que me interessa: há muitos homens por aí que gostam de se envolver com suas empregadas ou funcionárias.... Não quero que Anne tenha contato com nenhum sujeito que eu não saiba a procedência.
Ela sabia o que ele insinuava e assim o cortou voraz:
- Pode ficar tranquilo que nunca mais vou me envolver com um patrão ou um chefe. Já tive minha cota de loucura! Quero apenas criar minha filha e se eu vier me envolver com alguém, vai ser com alguém que me valorize. Não alguém que não tenha ideia do que é valorizar uma mulher.
-Tália...
-Terminou, Darío! Por favor dirija apenas, não fale mais nada!
E assim eles seguiram até Madureira.
Tália se sentou diante da tia e comentou:
-Foi tão ruim quanto imaginei que seria, mas vou superar.
A tia se aproximou dela e acariciou seu cabelo.
- Tudo isso vai passar, filha!
(...)
Uma semana depois...
Tália estava indo almoçar quando o celular tocou, era Darío.
-Alô.- atendeu ela.
- Oi, Tália. Tudo bem com vocês?
- Tudo...
-Liguei pra saber se você deixaria Anne passar o domingo comigo. Queria levá-la para conhecer minha mãe e irmã, elas estão ansiosas para conhecer Anne. Gonzalo voltou ontem para Milão, agora terei mais tempo...
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Tália (Completa)
ChickLitTália era uma jovem mãe solteira, que trabalhava como empregada doméstica no apartamento de Darío, ex-modelo internacional e sócio de uma exitosa agência de modelos no Rio de Janeiro. Apesar de saber que os momentos de intenso prazer que vivia nos...