Xeque Mate

Algumas verdades

Sábado.
Depois que invadimos a sede da Polícia e a sala do diretor da faculdade e descobrimos coisas extremamentes avassaladoras estamos empenhados em fazer o crime perfeito. E isso tem que ter nossa total atenção, como é algo dos grandes serão nossos chefes que vão montar plano; depois é so a gente seguir. Portanto antes do meu próximo assassinato deveria curtir, mas não tenho um evento a comparecer.

Minha família paterna é dona de uma construtora, e meu pai é quem comanda tudo. De vez em quando tem alguns eventos desse tipo e é claro que toda a família deve ir, inclusive eu. Não que eu queira, geralmente cumprimento algumas pessoas e quando fica no limite da chatice vou embora pela porta dos fundos. Como eu não tenho ideia do que vestir chamei a Cassie para vir aqui, não demora muito tempo e ela chega.
- O que dona Katherine precisa?
- Hoje tem um evento importante, chique e chato.
- Eu diria: não vá. Mas ja que você está me contando, a senhorita deverá comparecer.
- Eu realmente não quero, mas te chamei aqui por que não tenho ideia do que vestir.
- Assim está parecendo uma garota mimada. Vamos ver seu closet.
- Eu não sou mimada.

Subimos para o meu quarto, então ela anda até meu closet olha algumas roupas e começa a dizer:
- Estranho, vulgar de mais, isso é roupa de gente velha...Feio, escandaloso. Me diga se a alguma roupa aqui que não haja, por menor que seja, algum detalhe preto?
- Não ha nada, tudo têm preto.
- So você mesmo, mas que tal esse macacão: é preto, chique, cobre o corpo e é preto. A combinação que vai dar certo para a  Katy Elizabeth.
- Tira esse Elizabeth, pelo amor de Deus. Vou tomar banho, me espere.

Tomo um banho rápido e me arrumo, não é grande produção, mas a Nerd Katy não se anda assim.

Me despeço da Cassie e sigo para o tal evento, vai ser em um grande salão. Chego na festa e procuro por meus pais, mas no meio do caminho topo com o Lucas, por sorte ele está sozinho.
- Katy? Está...diferente.
- E você o mesmo embuste. Viu nossos pais?
- Ia fazer a mesma pergunta, vamos procurar, mas eu não posso gritar, posso?
- Lógico que não.

Esse é o Lucas que eu queria como irmão, andamos pelo salão e de longe os avisto. Estão conversando com outras pessoas.
- Parece aqueles gays da nossa sala, não acha Katy?
- Um pouco, mas o que estariam fazendo aqui?
- Verdade, parece que eles não tem a onde cair mortos. Quero olhar mais de perto.
- Não arrume confusão.
Quando nos aproximamos vemos que são eles mesmos Nicholas e Ryan, eles nos vejam e fazem cara de assustados.

- Oliver e Carter, estes são nossos filhos Lucas e Katherine.- Max
- Prazer em conhecer.
Um dos homens diz, então começa a apresentação, descubro que os primos não são pobres, como diz o Lucas. Sento perto da minha mãe e fico olhando os movimentos, pego meu celular e mando mensagem para a Cassie contando o que aconteceu, na verdade eu apenas faço que ela fique curiosa. Olho então o salão todos felizes, exceto eu, Lucas, Nicholas e Ryan.

Fico ali mais uma hora e meia, e vou o embora pela porta dos fundos. Chego em casa cedo então resolvo chamar a turma para ver alguns filmes.

Domingo
Hoje terá almoço na dos senhores Myles, os avós da Cassie. Não é comemoração de nada, apenas um almoço onde todo mundo vai se reunir. Eles moram em um lugar afastado, longe da caótica capital Londres.

- Cassie eu te contei o babado que descobri ontem?
- Não, o que é?
- Nicholas e Ryan não são pobres, como pensávamos.
- Como você pensou, mas eles são o que?
- Eles são tão ricos como os Taylor, ontem eles estavam no evento ontem.
- Sério? E a reação do Lucas?
- Chocado, eu também fiquei.

No resto do caminho continuei contando sobre o que descobri. E que não foi pouco, e nessa festa percebi uma coisa: Lucas estava diferente, um pouco abatido. E isso é estranho, ele nunca está desse jeito.

Chegamos na casa dos melhores avôs que tem no mundo, pelo menos no nosso olhar. Hoje eu achava que so íamos conversar, mas estava enganada, fomos então falar de um assunto não tão ruim. A nossa próxima vítima, e como somos pessoas de sorte, ela está aqui perto. Perto daqui a um chalé e nosso querido diretor está lá, mas nós ja não matamos o outro? Bom esse também tem culpa no cartório. Ele é ninguém mais ninguém menos que Marco Kaliy, também fiquei chocada. Ele fez uma cirurgia facial e anda por aí com uma identidade falsa.

Almoçamos e por volta de três horas saimos dali e voltamos para a cidade, então fomos de carro até um lugar afastado. Dali pegamos um outro carro e fomos até o chalé da vítima, por um caminho diferente e mais longe. Também desconhecido, chegamos no tal lugar e vejo Márcio Ref, nosso diretor na varanda, aproximo dele e digo:
- Como vai Marco Kaliy?

Ele se assusta e tenta se levantar, mas acaba caindo e isso so o deixa mais frustrado. Subo as escadas lentamente enquanto ele tenta fugir, destravo a arma, aperto o gatilho e falo a última frase que ele vai ouvir:
- Xeque Mate.
Então seu corpo cai em beque no chão, onde fica rapidamente coberto por sangue.

Saimos dali e uma hora depois eu estava entrando no bar Lions, onde, como sempre recebi abraços e elogios pelo meu desempenho. Enquanto estou de boas bebendo meu coquetel, o celular começa a tocar, minha mãe. Vou para um lugar mais quieto e atendo.
- Oi mãe.
- Aonde a senhorita foi hoje?
- Fui na casa dos avôs da Cassie.
- Visita eles, mas não nos visita.
- Nos vimos ontem, desculpe.
- Tudo bem filha, mas tenho uma notícia que acho que vai agradar você.
- Estou esperando.
- Essa semana tem feriado, certo? Bom, nós vamos viajar para a Holanda.
- Sério? Sem o Lucas?
- Seu irmão vai, uns amigos do seu pai também. Como você vai ficar sozinha pode levar a Cassie.
- Mãe eu te amo.
- Eu também, esteja quarta no aeroporto, as sete da noite.

Conversamos mais um pouco e desligo, eu simplesmente amo a Holanda, aquele lugar me transmite uma paz. Saio correndo dali para contar a novidade a Cassie e me perguntando quem são esses amigos do papai.

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Oi! Tudo bem?
Queria pedir desculpas pelo sumiço, sorry 😢😢😢
Façam suas apostas: quem são esses amigos do pai da Katy?