Antes do Réveillon

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Sábado, 31 de dezembro
Ouço meu celular tocar, quem será que está me ligando? Eu estava dormindo de boas.
- Desliga isso Katy.
- Paciência.

Levanto da cama e começo a procurar o meu celular, atendo até sem ver quem é.
- Oi.
- Você ainda estava dormindo?
- Ainda é cedo mãe.
- São onze horas da manhã.
- Misericórdia. Mas o que aconteceu?  Me tirou de um belíssimo sono.
- Você podia vir me ajudar.
- Com o que?
- A festa de réveillon vai ser aqui e hoje.
- Contrate pessoas.
- Ninguém trabalha hoje. Quero que seja algo em família.
- Vou tentar chegar o mais rápido possível. Tchau.
- Tchau. Não esqueça de trazer o Nich.
- E por que tenho que levar ele?
- Porque ele está aí.

Não tinha necessidade da minha mãe me ligar, trabalhar em pleno sábado, no último dia do ano.
- Levanta!
- Por que? Está cedo.
- Minha mãe pediu que fossemos para lá.
- Tudo bem.
- Anda! Vou tomar banho.

Ligo o chuveiro naquela água quentinha e deixo meu corpo relaxar. Penso um pouco sobre a minha vida, o tanto que ela mudou de um tempo para cá. Ainda bem que foi para melhor, agora as coisas estão mais ajeitadas.

Saio do banho e o Nich entra, vou até o meu closet e escolho uma roupa quente para manter a temperatura do meu corpo.

Vou até a cozinha e preparo um mini café da manhã

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Vou até a cozinha e preparo um mini café da manhã. Se der fome lá tem comida e o almoço não vai demorar para ser servido.
- Que cheiro bom.
- Tudo que eu faço fica bom.
- Sua mãe sabia que eu estava aqui?
- Sim.
- Como ela sabia?
- Não sei, talvez ela tenha visto.
- Ela já tinha ido embora.
- Não sei então. Isso não é segredo, certo?
- Certo.

Comemos, e para a viagem eu levo uvas, como se fosse muito longe. Deixo de novo o Nich ir dirigindo o meu carro, ele dirige direitinho.
- Eu também quero uvas.
- Você está dirigindo.
- Mas eu consigo comer se você me der na boca.
- Isso não é um jantar romântico.
- Deixa de ser pão dura. Vai me deixar passar fome.
- Aí meu Deus, tadinho do Nicholas.

Dou uvas a ele, porque tenho um coração muito bom e não posso deixar ele morrer de fome.

Chegamos bem rápido e só agora parei para pensar que vou ter que aguentar o Lucas. Olho os carros estacionados ali perto e os reconheço está todo mundo aqui. 
- Deve ser por isso que sua soube que eu estava com você.
- Com certeza.

Como a casa é minha entro sem bater e realmente todos estavam ali.
- Bom dia!- Katy
- Já é meio dia. É impressionante como você se atrasa tanto.- Max
- Pelo menos eu vim.- Katy
- Isso é verdade.- Juliane
- Por que precisam de nós?- Nich
- Vocês vão nos ajudar a decorar a casa.- Juliane
- Não é mais fácil pagar alguém.- Nich
- Não tem como e não quero.- Juliane
- Como se decora uma festa para comemorar o Ano Novo? A casa já é toda branca.- Katy
- Seu aniversário foi dia 24 e não fizemos nada.- Max
- A senhora vai decorar a casa de preto? Ou vermelho? Ou azul? Ou tudo junto?- Lucas
- Preto.- Max

Desde de quando eu vou ter festa de aniversário? Já passou e eu não preciso disso, me contento somente com aquela surpresa do Nicholas. A ideia de fazer uma festa com certeza foi da minha mãe, ela sempre inventa algo mirabolante.

Minha mãe sabe que eu não gosto de nada extravagante, então vai ser uma decoração bem simples, mas vai estar na casa toda. E a casa não é nada pequena.

Quando eu acho que não vai aparecer mais pessoas, aparece, os pais do pessoal deu o ar da graça. E de brinde veio a vó do Nich.
- De quem é o aniversário?- Emília
- Meu.- Katy
- Está explicado o porquê dessa ser a cor da decoração.- Katy

Eu não estrangulei a velha porque o Nich não deixou. Saio dali e vou até o meu quarto, tenho que respirar.
- Se acalme.
- Eu sei que ela é sua vó, mas put* que pariu! Precisava disso?
- Não, ela está fazendo isso para testar você.
- Por que?
- Não sei, talvez ela queira saber se você é uma boa companhia para mim.
- Eu sou uma ótima companhia para qualquer pessoa.

Deito na cama e não melhorei minha cara fechada. Família é uma coisa complicada, você não quer, mas é obrigado a conviver.
- Você realmente está brava?
- Sim, eu só queria ficar quietinha no meu canto. Mas não, as pessoas adoram me irritar. Eu sei que não sou água de beber, a cada dia eu tento ser melhor.
- Eu sei que é complicado, mas é tudo vai melhorar. Lembre-se que eu estou sempre aqui.
- Obrigada.

Quando eu me sinto melhor, volto para a sala, e graças a Deus a velha saiu com minha vó, daí eu acho que devo me preocupar.
- Vamos fazer nada?- Katy
- Já pensou onde vai colocar o bolo? Se vai chamar outras pessoas?- Max

Lembro do pessoal que frequenta o bar do Olk, mando uma mensagem no nosso grupo.
- Acho que vai dar muita gente.- Ian
- Sim, pelo menos vai ter gente legal, apesar de ter gente chata.- Katy
- O que você tem contra pessoas chatas?- Ryan
- Tudo.- Katy
- Como você aguenta o Nich?- Laura
- Não sei.- Katy

Ele me olha com cara feia, e eu começo a rir descontroladamente, até que todos começam a rir.
- Estão rindo de que?- Nich
- Sei lá, de você talvez.- Katy
Ele me joga uma almofada e eu devolvo, agora é guerra. As outras pessoas entram na brigam, as coisas estão ficando divertidas. Jogo uma almofada no Nich, que desvia e acerta na minha mãe.
- QUEM FEZ ISSO?

Todo mundo para e ficam quietinhos, a coisa agora ficou preta para o meu lado.
- Foi você Katherine?- Juliane
- Me desculpe. Era para acertar o Nich.- Katy
- Se você fosse mais nova ia ficar de castigo. Mas como não é...- Juliane

Minha mãe simplesmente joga a almofada na minha cara, acho que ela está ficando louca.

Resolvo que vou deixar meu bolo perto do jardim, que fica perto da piscina.
- Você não pretende jogar ninguém na piscina?- Katy
- Não, isso nunca passou pela minha cabeça.- Lucas
- Acreditamos em você.- Laura

Quando minha mãe me disse que nós íamos fazer a decoração ela não estava brincando. Nós íamos encher os balões e decorar tudo. Eu só queria ficar à toa.

Enchemos os balões e decoramos tudo o mais rápido possível, porque temos que nos arrumar, afinal hoje é o último dia do ano. E que ano...


Continua no próximo capítulo...














Xeque MateOnde histórias criam vida. Descubra agora