Xeque Mate

Azul

Segunda-feira
Levanto, em vista até bem já que o final de semana foi bem cansativo. Faço minha higiene matinal e escolho um look confortável.

Vesti algo confortável porque depois da faculdade vamos em uma "mini reunião" do tráfico. Não faço a mínima ideia de quando vai acabar, então nada de salto ou qualquer coisa que cansa.

Chego na faculdade e vou para a biblioteca, tenho que pegar uns livros para o trabalho de semana que vem.
- Oie.
- Nicholas! Quer me matar do coração?
- Desculpe, não imaginei que estava tão entretida. Ainda bem que vou fazer o trabalho com você.
- Quero fazer o mais rápido possível, se não chegarmos muito tarde vamos começar hoje.
- Sim chefinha.

Reviro os olhos por causa do apelido. Vamos para à aula, e ficamos lá vendo aquela chatice.

Quando a chatice acaba, ou aula como muitos dizem, eu e o Nicholas vamos em direção ao endereço passado. É um apartamento, de um dos chefes. Nessa "reunião" o homem fala baboseiras, nas quais imaginei que ele ia falar. Aquilo acaba.

Estávamos indo para casa, exausta,  aquilo ocupou duas horas do meu tempo.
- Estou com fome, pare ali para eu comprar comida.

Falo com o Nicholas, que depois que estaciona, manda eu comprar comida para ele também. Rapidinho volto para o carro e ele está conversando com alguém no celular. 
- Posso saber quem era?
- Minha mãe... outra reunião com o FBI.
- Hoje? Tu tá de brincadeira?
- Não estou. Vai dar pelo menos tempo de passar em casa e tomar banho.

Era so isso que me faltava. Chego em casa meio brava, os outros estavam nos esperando. Tomo um banho demorado, não estou nem ligando se vamos chegar atrasados. Um look todo preto, confere. Um look todo vermelho, confere. E hoje um look todo azul. Se tiver outra reunião não tenho mais cor.

Desço as escadas e todo mundo olha, parece que nunca me viram.
- Falei que ia ser todo azul e vocês não acreditaram.- Lucas
- Não achei que ela ia fazer isso.- Ian
- À propósito tá linda.- Nicholas
- E com raiva.- Katy

Lucas olha meio bravo para o Nicholas, por causa do elogio, vai entender, né?

Durante a viagem acabo dormindo, e isso foi ótimo, deu para descansar um pouco. Chegamos na SEP, Cassie me acordou de un jeito bem delicado, estava encostada na porta do carro, só não cai por causa do cinto.

De acordo que ia andando, nos olhavam, me senti a Beyoncé. Fomos para a salinha de sempre, estávamos alguns minutos atrasados. Ocupamos os nossos lugares.
- Como foi a reunião?- Juliane
- Desnecessária, sabia direitinho o que ela ia falar.- Katy
- Mas você não mexia com isso, né?

Um cara me pergunta, e explico que não, mas por ser uma assassina sabia me virar e comportar com outras pessoas. Já uma agente me pergunta sobre as roupas, e explico que faço aquilo para me divertir.
- Minha vida foi mais animada. As roupas é para sair um pouco da realidade.- Katy

Lucas ficou me encarando quando disse que a vida foi mais animada, o pior que foi mesmo. Eles falavam, mas eu não prestava muita atenção, até certo momento.
- Temos informações o suficiente para prender os traficantes de Bristol.- Max

Mano... eu vou fazer o que agora? Só aí fiquei sabendo que temos que despedir do pessoal, saindo aos poucos. Enquanto eles não são presos vamos para New York. A previsão para a captura deles é para daqui duas semanas. A nossa desculpa é que vamos viajar, afinal vai ser Natal. Acredito que eles não vão desconfiar de nada, até comentei que talvez iamos sair. E caiu como uma luva.

A reunião acaba, não sei pra que isso, todo dia uma merda dessa. E quando a reunião é grande fomos tomar café, se os americanos estiverem aqui.
- Essa gente tá olhando para nós,  meio demais.
Cassie sussurra no meu ouvido, o pior é que ela está certa. Olhar não mata, mas eles estão sussurrando para seus amigos.

Pego a minha comida e vou para o canto da sala, gosto de ficar escondida.
- Posso ficar aqui?
- Não sei por que está perguntando isso Nicholas.
- Sei lá, vai que você quer ficar sozinha.
- Nich... o que eu e a Cassie vamos fazer depois que eles forem presos?
- Não sei. Vai dar tudo certo.

Lógico que não posso reclamar de ficar presa, eu matava pessoas, mas bem que eles poderiam inverter isso. Fazer o que estou fazendo agora é bom, só não tenho devido reconhecimento. E ficamos meio presos, sempre que vou sair tem alguém atrás de mim.

Voltamos para Bristol, graças a Deus que daqui a pouco não vou morar mais lá. O lugar não é ruim, mas não é bom, Londres é melhor, mas se for pra ficar em uma cela prefiro Bristol.

Quando cheguei no nosso apartamento fui logo para o meu quarto. Tomei banho e vesti um pijama, preciso dormir.

Assim que deito na cama, alguém bate na porta, ignoro, mas o ser não vai embora. Levanto à contragosto e abro a porta, um Nicholas todo sorridente tava ali.

Mando ele entrar e deito novamente, eu não aguento fazer nada.
- Pensei que poderíamos ver um filme.
- Só depois do jantar, estou cansada.
- Tudo bem... posso dormir aqui?
- Desde que você não ocupe o meu lado da cama.
- Você que é espaçosa demais. Um dia você me jogou no chão. Aliás você está linda.
- Deita e cala a boca.

Nicholas me abraça e ficamos de conchinha, ia comentar com ele que aquilo é brega, mas deixei para la.