Histórias Interligadas

Energia Cinética

(Vitória Holanda)
Era uma noite fria e chuvosa aqui na rua mais sombria de Londres, eu comecei a diminuir a velocidade do automóvel, mas olhava preocupada no relógio, a madrinha da noiva, não pode chegar atrasada ela tem que estar lá, na hora.
       - Esse definitivamente não é o meu dia - Falo ao perceber que a chuva começa a ficar mais grossa. Agora aumento a velocidade.

(Vitor)
Agora aumento a velocidade. No rádio começava a tocar Bohemian Rhapsody. _Is this the real life? Is this just fantasy? 🎶_  Só percebi que a pista estava escorregadia quando virei a esquina, não houve tração suficiente, o carro voou direto para dentro da vitrine da Selfridges.
-Droga, eu adoro essa loja.
    O sangue escorreu pelo meu rosto, certamente havia batido a cabeça. Os vidros estilhaçados, o capô amaçado. Uma fagulha...

(Patrick)
E mesmo em estado de pânico, tirei o cinto de segurança com uma certa dificuldade, então saí do carro quebrando o vidro. Quando já estava fora do carro saí correndo na direção de uma cafeteria que ficava a algumas quadras dalí, Chegou lá e pedi uma capuccino e uma pedaço enorme de torta de chocolate.

- Minha amiga que me perdoe, mas comida nesse momento é o que estou precisando.

(Katlin)
A garota fez o pedido e espero no canto da bancada. Assim que pegou sua comida, sentiu olhares sobre ela. Tentou relevar e não entrar em pânico, indo se sentar ao longe.
    Dois estranhos a vigiavam deixando ela em uma posição desconfortável. Enquanto comia, podia sentir seus olhares até que ela não aguentou e reagiu.
     Acontece que ela tinha poderes paranormais. Ela podia controlar a eletricidade com o pensamento e e qualquer energia, cinética ou física. Ela estourou as luzes da loja e se jogou pela grande janela de vidro. O estouro assustou a muitos, mas os dois rapazes ainda estavam na sua cola. Ela correu e eles vieram atrás dela. Correndo com toda velocidade que tinha em direção a rua vazia, ela decidiu enfrenta-los. Parou de correr e ameaçou-lhes, dizendo:
- Mais um passo e eu arrebento a fiação elétrica dos postes de toda rua. Eu frito vocês! - Gritava Geovana esterica.

- Tudo bem! Calma! Só queremos protege-la! - Gritou um deles tirando o capuz do moletom.

- Quem são vocês e me proteger do quê?   - Perguntava ela, Fazendo as luzes da rua piscarem.

- Somos lobisomens e o lider de um grupo de Coven quer usar você para nós pegar! - Gritou o outro, parado, esperando que ela acreditasse, pois eles dependiam da ajuda dela, se quissesem salvar sua matilha.

( Andressa)
__ Caramba! Isso só pode ser brincadeira não é? __ A garota arqueou uma sobrancelha, enquanto alternava o olhar entre os dois.

As luzes voltaram ao normal, e aos poucos a escuridão da rua começou a engoli-los. O que havia tirado o capuz, fez um gesto para que ela voltasse a fazer o que quer que estivesse fazendo com os postes.

__ Deixe as luzes piscarem. A lua não está em posição, não podemos nos transformar e o perigo nos espreita.

A garota obedeceu, hesitante.

__ Ande, conte-me isso é uma brincadeira, certo? __ continuou ao encará-los incrédula.

__ Não é uma brincadeira Geovana. __ o garoto do capuz afirmou, mostrando seu rosto. Era anguloso e pálido feito neve. Ela engoliu em seco ao notar seus olhos. Amarelos.

Puxa, estava encrencada.

__ Realmente precisamos que venha conosco. __ prosseguiu, após uma rápida troca de olhares com o companheiro que, no exato instante havia se mostrado como gêmeo idêntico do outro.
Geovana prendeu a respiração.

__ Ir com vocês? Se não viram, eu acabei de sair de um acidente. Tenho um casamento para ir! __ apontou com frustração o carro completamente destruído dentro da loja. __ E além do mais, preciso lidar com eles. __ sorriu sem humor, assim que o som de sirenes fez-se ouvir.