Tortura do Amor

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(vitor)
A maioria das prisões são construídas com grandes muros de concreto ou ferro tão altos que parecem arranhar os céus. Mas a pior de todas as prisões não tem muro, guardas ou grades. Na verdade, a pior prisão é a eternidade. Meus crimes me condenaram a viver para sempre, um ser etéreo que vaga na neblina entre o esquecimento e a existência. A liberdade tão sonhada, só pode ser encontrada através da morte, mas esta se esconde de mim não importa onde eu a procure. O que eu poderia fazer para me ver livre?

( Andreza dos Hot )
*Ainda me lembro como era antes de ser amaldiçoado, maldita hora que ajudei aquele mago.*
*Voltei a observar ao meu redor que só existia escuridão, porém vejo ao longe um ponto brilhante.*

_*_O que será isso?-Vou me aproximado e vendo toma uma forma pequena em minha frente.*_

*Eu tento tocar como se fosse possível, porém ele ou ela se vira na mesma hora.*

*_Uma vida por outra, uma alma puro por uma corrompida, uma vida de morte, por uma vida de luz. A trevas só pode se mistura com a luz quando foi um eclipse de sangue, uma alma pura que subjuga a alma vil.-Da mesma forma que apareceu, sumiu em segundos.*

*_O que diabos isso quer dizer?-Viver sem poder ter o que realmente quero, hora de ir ao plano físico*

*_ Hora de atormenta esses poucos imundos!*

(Bruh Celine Dion )
Eu via as almas torturadas gritando por ajuda, _por misericórdia_, uma coisa que não aconteceria, aquele castigo seria eterno. O mago se encontrava ao meu lado, com uma pequena faca.

- Vamos, Peter, eu sei que você quer.

Era uma tentação, mas eu lutava com todas as minhas forças contra isso, pois eu sabia, se começasse, não poderia mais parar.

(Katlin)
   Eu aceitei sua pressão para torturar aquelas pobres almas corrompidas de maldade.
   Não pude evitar. Adorava torturar era uma sensação libertadora após séculos sendo torturado. Mas aqueles gritos ecoavam meu subconsciente. Como poderia ser tão maligno desta forma?
   Essas almas nada fizeram a mim, indiferentemente de serem pecadoras, não cabe a mim puni-las. Soltei a faca que caiu no chão. Antes de tombar, meus olhos a fitavam como se captassem movimentos na velocidade de um ano luz.
     Quando a criatura perversa me viu ali, parado em meus devaneios ele asoitou-me com seu chicote enquanto ria.
      Cada estalo do couro quente do material em minha pele parecia se rasgar e queimar ao mesmo momento. Era demais. Cansado de tamanha tortura, peguei a faca e cravei em mim mesmo. Gritando de dor, só fiz por merecer. O maligno ria descaradamente de minha infeliz agonia. O que eu não sabia, era que essa faca era um artefato magico e unico. Quando cravado, ele perfura sua carne atingindo uma força magica que vai diretamente ao coração. Ele penetra as raizes da dor emocional e te faz reviver seus piores sofrimentos em momentos que já foram felizes. Torna o pouco que havia de bom em perdição.

     Caído no chão, eu estava petrificado. O mago havia dado o chicote ao seu servo fiel que por ciúmes,  adorava me açoitar dizendo que o grande e poderoso mago perdia muito tempo no inferno comigo.
Enquanto ele acabava com meu corpo, eu estava em um transse subconsciente. Enquanto minha pele se partia e a carne saltava com a pele sendo dilacerada, eu estava agonizando o momento mais feliz de minha vida. Em vez de ter o meu primeiro beijo pela garota que amava, eu estava sendo estrangulado por ela. Maldita vida imortal no inferno.
    Os humanos são sortudos, quando vão para o inferno apenas sofrem a dor física, nos sobrenaturais vivemos eternamente aprisionados em uma tortuosa psicologia doentia. Preferia mil vezes ser queimado do que sofrer uma falsa realidade. Afinal, eu estou morto e preso nos confis do inferno. Mas em minha mente estou em 1799 no lago Kenedi, sendo estrangulado por uma garota franzina de cabelo crespo.
Ironia não?  Ser morto duas, três e mais milhões de vezes pelo seu primeiro e único amor. Contudo, é seus olhos cor de jabuticaba em que tento focar. Pois sei que olhando dentro deles, ela não está me matando. Olhando em sua íris sei que tudo isso é coisa do inferno e que no fim das contas, eu infelizmente a matei envenenada quando ela fugiu com um boiadeiro em 1815.
    Pois ao saber que ela o amava e fugiria com ele, fiz uma poção da morte para dar a ele como presente. Eu deixei a poção na cama desse e fugi. A intenção era ele abrir o recipiente e beber achando que era vinho, mas para meu azar ela estava escondida de baixo da cama, nua a espera dele. Ela bebeu todo o recipiente e quando ele entrou no quarto, ela estava nua e morta sobre sua cama. Eu figi e disse ao pai dela que ela estava no casebre do escravo e que eles pretendíam se unir em ato de sexo e depois fugir. Ele ficou furioso e correu ate o local com varios guardas. Pego na cena do crime, o boiadeiro foi acusado de mata-la e morreu inforcado.
     Vivi por mil anos graças a uma poção da vitalidade. Mas fui enganado pelo mago e aqui estou. Só e sofrendo pelas mãos de minha eterna amada que nunca tive nada, além de um beijo em troca de uma poção do amor que essa deu ao boiadeiro. E infeliz estou, eternamente sofrendo de amor e solitário na prisão psicológica do inferno místico.
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Sexta-Feira 20-07-2018
Participaram da atividade os membros:

- KatlinCarolineAS ( ADM Kat)
- Andreza Dressa_Amore1
- Bruna ( TheLittleGirls_ )
- Vitor LordYardley

Imagem escolhida por:
- Vitor

*A história foi desenvolvida a partir da imagem.

O grupo DLB (Devorando Livros no Breakfast ) e a ADM KatlinCarolineAS agradecem a participação de todos que se disponibilizaram e participaram da atividade recreativa.

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