Reino de Tebbía

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(Katlin)

Davina estava explorando a floresta. Os empregados de seu tio diziam que o bosque era perigoso e que tinha um labirinto, onde haviam criaturas mágicas. Curiosa, a menina aventureira decidiu procurar por aventuras e entrou no bosque. Mas o que ela não contava, era com a presença de alguém a observando.

(Beatriz)

– O que faz aqui? – pronunciou uma garota com uma vestimenta diferente da convencional.
Davina ficou assustada com a aparição da estranha, ela não conseguia distinguir se a pele que ela vestia era falsa ou de verdade.

(Katlin)
Davina assustou-se, mas decidiu falar com a estranha assim mesmo. O quanto ela tinha de inteligente, tinha de ingenuidade.

- Olá, Sou Davina. Muito prazer. Estou apenas explorando a floresta. Você mora por aqui? - Perguntou ela, esperando que a garota fosse tão gentil quanto ela.

   A garota pretendia dizer algo, quando um assobio ensurdecedor a fez tremer.

- Rápido! Por aqui! - Sussurrou ela pegando Davina pela mão e correndo o mais rápido que conseguia.

     Davina entrou mais a fundo na floresta, passando da vegetação verde para um bodque amarelado, abandonado mas igualmente belo. Ela não tinha tempo de prestar atenção aos detalhes, estava correndo e não sabia a razão do nervosismo da garota.
    Quando finalmente pararam de correr, a garota estranha se curvou perante uma árvore e essa abriu uma porta oca.
   Davina fez o mesmo e a árvore abriu a porta para ela. Dentro, era um espaço pequeno. A garota tapou a boca com as duas mãos. Davina não entendeu então essa arrancou um pedaço da pele que vestia e a fez segurar.

- Ha! - Gritou Davina.
- Xiu! Garota estupida! O ogro vai nos comer se sentir nosso cheiro e respiração. - Dizia a garota, contendo a vontade de dar um tabefe em Davina.

     Essa então parou de gritar e se encolheu agarrando aquele pedaço de pele estranha. Ficou quieta e tapou a boca como a outra fazia. Pelo tempo que essa dissese ser suficiente.

(Minha mãe vai me matar por sujar meu vestido novo.) Pensava Davina, fitando o vestido azul todo cheio de lodo verde.

(Naomi)
Num instante, passos pesados tomaram a audição das duas pequenas meninas. A terra tremia e das árvores, balançavam em brusquidão, cada vez mais carecendo de suas folhas, que caíam ao chão conforme alguma coisa se aproximava em passos tão pesados e lentos.

Em pouco tempo, a luz do sol não existia mais ali.

E assim, a garota presenciou todos os medos da estranha do bosque, tornar-se realidade.

A criatura era grande e verde, sua pele era enrugada, seus dentes amarelados e salientes rangiam em excitação. Com seu único olho, ele rondou a região com bastante cuidado.

Estava claro que ele procurava algo.

E Davina não gostou quando, ao cheirar a brisa que batia, a grande criatura andou em direção ao seu esconderijo.

Nunca esteve tão assustada em toda a sua curta vida.

(João Renato)
    O monstro rondou e parou em frente a árvore. Suas unhas escuras escureciam toda a vegetação rasteira que a tocava. Ele aspirou ar e posicionou a mão direita para frente, para o meio do tronco.
Davina sentiu uma gota de suor escorrer por sua têmpora e sua nova parceira arregalou os olhos. Apenas ela teria alguma proteção e os ogros são atraídos por fluídos corporais.
O ogro colocou as mãos enormes na metade do tronco e o partiu como se fosse um lápis, então avançou com seus dedos na direção da cabeça de Davina.
Sem ter a menor ideia do que estava acontecendo ali, Davina foi novamente arrastada para longe do ogro, mas suas pernas pararam de se mover e ambas as fugitivas caíram.
Enquanto o ogro andava, lento, porém firme, Davina ouviu uma voz por trás do ogro.
- Ei, grandão! Não tem vergonha de perseguir duas damas?

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