Corte de Liberdade e Redenção

Vitani

Quando ouvi o barulho da porta se fechando atrás de mim, não pude evitar ficar decepcionada. Não sei que porra estava acontecendo com a minha cabeça. Claro que eu já tinha ficado sem roupas na frente de outro macho, mas ele sair correndo era bem inusitado para mim, talvez meu ego esteja um pouco ferido.

Vamos ver quanto tempo ele aguenta.

Meu corpo implorava por esse banho, fiquei tanto tempo na água que precisei aquecê-la muitas vezes. E acabei pegando em um sono calmo.

Acordei enrolada em um roupão, repousando a cabeça sobre um travesseiro macio, quando meus olhos se ajustaram já estava escuro, eu estava tão cansada por ficar sem dormir todo esse tempo. Kian estava dormindo a dois palmos de distancia, sua respiração estava tranquila e seu peito subia e descia em um ritmo calmo. Tentador, muito tentador.

A camiseta branca estava apertada marcando os músculos de seus braços e abdômen, um de seus braços estava servindo de apoio para sua cabeça, seus cabelos caiam sob seu rosto, ele parecia tão... Quente. Talvez ele realmente fosse um raio de sol.

Continuei observando, seus olhos fechados com cílios enormes os emoldurando, seu rosto anguloso, sua boca que parecia ser desenhada. Tão rosada. Meus olhos desceram e pararam sobre seu peito largo, passaram por seus abdômen, e então fechei os olhos.

Como seria a sensação de ter minhas mãos sob seu corpo, olhei para minhas mãos ameaçando esticar até ele.

Ele tinha algo que eu nunca vira em ninguém. Essa bondade, esse cuidado. A forma como seu sorriso era leve e automático, como seus olhos brilhavam o tempo todo, mesmo depois de tudo o que passou. Como ele conseguia?

Arrastei-me até chegar perto o suficiente, um beijo não mataria ninguém. Eu precisava saber, precisava prova-lo, só para provar ao meu corpo doentio que ele nem era tudo isso. O maior problema é que eu acreditava que ele poderia ser muito mais do que eu pensava.

Ter curiosidade não deveria ser um problema, não sei por que me sinto assim, parece que ele tem um imã que me puxa em sua direção. Conseguia sentir sua respiração em meu rosto. Inclinei-me e selei meus lábios nos seus, fiquei parada por um segundo absorvendo a sensação, mas quando percebi que ele segurava a respiração um tremor correu sobre meu corpo, meu coração estava disparado.

Droga, ele acordou.

Uma batida na porta me tirou do transe, olhei para porta ainda trancada. Mas quando me virei de volta para Kian, seus olhos encontraram os meus. Então eu vi o desejo brilhando ali, ele me queria tanto quanto eu o queria.

Danem-se as consequências, Dane-se que ele é o filho do Grão Senhor da Corte Primaveril, dane-se que talvez ele fosse embora e eu nunca mais o visse. Eu precisava daquele momento e eu iria tê-lo.

E assim o fiz, olhando em seus olhos me aproximei de sua boca selei um beijo rápido, e me afastei para ver se ele concordaria.

Sua língua passou por seus lábios. Ela estava sentindo meu gosto.

Foi então que tudo aconteceu, seus braços me puxaram para perto, sua boca encontrou a minha explorando cada centímetro, suas mãos desciam pelas laterais do um corpo acariciando. Não havia palavras para explicar a sensação que se apoderou do meu corpo, eu queria mais,  queria suas mãos em cada centímetro do meu corpo. Seus lábios não se desgrudavam dos meus, seus olhos continuavam abertos me olhando com um brilho animalesco, deslizei minhas mãos por baixo de sua camiseta, choque passou por seus olhos.

Mas meus lábios o convocaram eu aprofundei o beijo, subi em cima dele ainda com as mãos explorando seu tórax. Interrompi os beijos somente para passar sua camiseta por sobre seus ombros, joguei no chão e continuei.

Os beijos se aprofundaram ainda mais, suas mãos roçaram chegando perto dos meus seios, e um gemido de prazer deixou meus lábios quando ele os alcançou. Suas mãos encontraram o limite de minha calça, mas ele a puxou forçando sua mão para dentro. Quando seus dedos encontraram meu núcleo um gemido de prazer deixou seus lábios. Ele me acariciava, mas eu precisava de mais, de muito mais. Não entendia por que ele estava se contendo.

Quando suas mãos me deixaram, na beira do abismo do prazer ao qual eu pretendia me jogar de cabeça. Senti-me vazia.

Suas mãos acariciavam meu rosto, ele tinha parado de me beijar, colocando meu cabelo para trás ele me olhava nos olhos sustentando meu olhar. Eu não sabia o que ele estava vendo.

- Eu quero isso, de verdade, mas não aqui. Não com crianças dormindo a um quarto de distância. – Por que ele precisava ser tão certinho? Mas ele estava certo, Cassian e Nestha devem estar dormindo ou transando no quarto ao lado. Mas hoje não era meu dia de sorte.

Sai de cima do seu corpo, e automaticamente me senti vazia. Sua presença me preenchia.

Rolei para o meu lado da cama, apoiando minha cabeça sobre o travesseiro. Kian se movimentou pegando o cobertor que estava aos meus pés, e me cobriu.

Aproximou-se de mim, e depositou um beijo rápido sob meus lábios.

Filho da Puta

- Boa Noite, Vi.

Naquela noite meu corpo parecia anestesiado por todos os lugares por onde suas mãos passaram.