Prólogo

15.3K 649 69
                                    

Nem sempre o ponto final precisa significar o fim de uma história,ele pode representar o começo de outra.
— Laurinha.

As vezes morar em um reino grande e cercado por uma floresta mais grande ainda ,e também onde há vários mitos ,tem seu lado bom, mas também tem seu lado ruim, eu sou uma das meninas mais corajosas da vila, pelo menos sou uma das que não se submete...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As vezes morar em um reino grande e cercado por uma floresta mais grande ainda ,e também onde há vários mitos ,tem seu lado bom, mas também tem seu lado ruim, eu sou uma das meninas mais corajosas da vila, pelo menos sou uma das que não se submetem ao que temos que passar, as outras jovens da minha idade, ou até mais novas,tem medo de tudo graças a eles, as pessoas os chamam de vampiros,eu os chamo de monstros, é isso o que eles são pois além deles sugerem o nosso sangue eles tomaram nossa liberdade e felicidade.

Akkadian, já foi uma vila normal, com reis e príncipes normais, com guardas normais, e com famílias que viviam em harmonia.
Como eu sei disso? Minha mãe me contou, quando eu tinha meus 7 anos, mamãe me contava histórias de como tudo era perfeito no nosso reino até os vampiros dominarem tudo, com a chegada deles fomos proibidos da maioria das coisas que antes podíamos fazer, em paz , colocando leis absurdas sobre nós.

Como por exemplo;Lei n°1,Os pais não poderão ensinar escrita e leitura para as filhas mulheres,
apenas homens terão esse direito;Lei n°2 suas filhas ao completarem 17 anos, terão que ser enviadas para o palácio, onde servirão aos seus superiores;Lei n°3 nenhum cidadão pode sair do reino sem permissão, caso isso aconteça pagará com a morte.

Minha família cumpre maioria delas, mas pagamos caro por não termos comprido uma maldita lei, e por conta disso eu perdi minha mãe.

Eu tinha 10 anos na época, mamãe estava me ensinando a ler e escrever, iria fazer 3 anos desde que começamos com as nossas "aulas",era no final da tarde ela e eu estávamos na floresta como sempre, pois nesse horário não tinha patrulha, eu estava com um livro na mão enquanto ela lia pra mim, eu já sabia ler e escrever mas sempre continuavamos com o nosso estudo, talvez se tivéssemos parado ela estaria viva hoje. Quando um maldito vampiro apareceu na nossa frente ele começou a falar que ela havia quebrado uma lei e deveria pagar por isso, eu fiquei apavorada, pois eu sabia como ela iria pagar, e então ela me mandou correr enquanto ela discutia com ele, eu saí no meio da floresta e subi em uma árvore ali perto, e então foi tudo tão rápido ele avançou pra cima dela a mordendo e eu vi ele me tirando a pessoa que eu mais amava, no final ele jogou o corpo dela no chão e olhou na minha direção, eu estremeci com aquele olhar e então com a boca cheia do sangue da minha mãe ele abriu um sorriso macabro e desapareceu. Rapidamente eu desci da árvore e corri até ela eu gritava e chorava pedindo pra mamãe voltar mas não adiantava, e então ela apareceu Margaret Barclay, uma bruxa, bom esse detalhe eu descobri bem depois no início eu não acreditei e então ela se aproximou de mim e do corpo desfalecido da minha mãe e me disse:

—Calma menina, ela está em um lugar melhor eu posso sentir.

Eu ergui uma sombrancelha enquanto tentava prender um soluço que queria sair por conta do choro.

— Como você sente? – eu perguntei com curiosidade e medo.

—Ora minha querida eu sou uma bruxa, eu senti a áurea da sua mãe, era uma moça boa com certeza foi para um lugar bom.

Quando ela disse bruxa eu me apavorei mais ainda, peguei os livros e comecei a jogar em cima dela, mas eles nunca chegavam até ela.

—Fique longe de mim, você é um monstro igual aquele que matou minha mãe, todos são monstros. – eu gritava, pois nas histórias que eu lia as bruxas eram malvadas eu tinha medo, e então ela começou a dar risada.

—Deixe de bobagem menina, se eu fosse um monstro já teria feito mal a você, não acha?

Parei para pensar um pouco,e percebi que ela não faria mal a mim, e então comecei a chorar novamente.

—Ele matou ela, são todos monstros eu quero vingança, eu vou vingar minha mãe eu vou!

A moça que eu não sabia o nome me observou, e soltou um suspiro como se tivesse acabado de decidir algo importante.

—Pobre menina, você não sabe nada sobre eles como vai se vingar? É bem capaz de que você seja morta sem ao menos arrancar um fio de cabelo de algum deles, está ciente disso?

— Eu sei! – falei com a voz embargada – mas não vou desistir, eu vou tentar.

— Qual seu nome doce menina?

Ela perguntou, eu desviei os olhos do corpo da minha mãe e a encarei.

— Sou Violeta,Violeta White e você como se chama?

— Eu me chamo Margaret Barclay, e sinto pela sua mãe, e a admiro por querer justiça. – disse abrindo um pequeno sorriso.

— Eu a perdi Margaret eu a perdi! – falei em um sussurro.

Ela se aproximou de mim e me abraçou, como se nós nos conhecessemos a muito tempo.

— Eu vou te ajudar Violeta, mas me prometa que não vai deixar a vingança, ou o ódio aflorar seu doce coração, promete?

—Prometo,mas como a senhora vai me ajudar?

— Ora, vou ensinar tudo que sei sobre eles, ponto fraco e até como matar, basta você vir todo dia neste mesmo lugar que eu te ensinarei.

Eu abri um sorriso, ao qual ela retribuiu, e então todos os dias após a morte da minha mãe eu ia lá, Margaret me ensinou tudo que eu sei hoje, para quando eu completasse meus 16 anos eu pudesse fazer justiça pela morte da minha mãe.

Mas a única coisa que ela não me ensinou foi como proteger o meu coração do que me esperava, e talvez por conta disso esse seja o meu fim.

Eu Sou Deles Onde histórias criam vida. Descubra agora