Capítulo I

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Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.
— Sócrates.

— Corra Violeta, saia daqui meu amor!

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Corra Violeta, saia daqui meu amor!

Mamãe me disse assim que o homem estranho pulou na nossa frente.
Eu corri, e então escutei um grito, olhei para trás e o homem estava cheio de sangue e vinha na minha direção, eu tentei gritar mais não conseguia, e então ele veio para cima de mim.

— MÃE! – acordei com os cabelos grudados na testa por conta do pesadelo.

Hoje faria exatamente 7 anos após a morte dela, papai e meu irmão Miguel, sempre ficam melancólicos, as vezes papai me culpa por sua morte eu não o julgo, pois eu corri como se fosse um rato assustado a deixando sozinha.

Daqui a 3 dias, contando com hoje, eu irei completar meus 17 anos. Margaret está tentando me convencer a fugir, ir para um reino não muito longe daqui onde, os vampiros não dominam.

Mas não irei fazer isso, não colocarei a vida da minha família em risco novamente, e eu jurei no túmulo de mamãe que faria justiça por sua morte.

Me levantei,para tomar banho e fazer minhas higienes necessárias, para poder ir de encontro com Mar, hoje ela irá me dar um presente e a anos não ganho algum, após aquele infeliz dia papai passou a se embebedar,e com isso fechou a sua ferralheria.

Por sorte antes de invadirem a cidade minha família era Nobre e com isso tínhamos econômias, não eram muitas mas ajudava.

Miguel passou a trabalhar na guarda da cidade, e por conta disso não passávamos fome,pois como eu disse as nossas econômias eram poucas.
Já pronta, vestindo um vestido branco que se destacava com o meu cabelo castanho caído sobre minhas costas, me encaminhei ao andar de baixo, estava vazio pelo o que percebo estou sozinha em casa, novamente, pego apenas uma maçã para comer e me encaminho em direção ao jardim.

Os belos pés de roseiras que mamãe cultivava, estavam intactos eu sempre cuidava delas, com cuidado retiro uma para colocar em seu túmulo, como eu sempre faço.
Enterramos ela no cemitério da família, onde todos nossos ancestrais e antepassados também foram enterrados.

E logo me encaminho até lá, após colocar a flor em seu túmulo, eu me despeço dela pedindo perdão novamente, acelero meus paços indo em direção a floresta onde em poucos minutos avisto longos cabelos pretos, Mar me esperava sentada debaixo do carvalho, o mesmo onde sempre estudávamos, com um sorriso em seu rosto.

— Minha doce menina você veio!

Abro um sorriso, apesar de se passarem 7 anos desde que nos conhecemos Mar não tem nenhum sinal de envelhecimento, acho que deve ser uma das vantagens de ser uma bruxa.

— Nunca, faltei não seria hoje que não compareceria ao nosso encontro.

Abro um sorriso para a mesma me sentando a sua frente, colocando as pernas de lado.

— Claro menina, sei que você sempre arranja um jeito de comparecer. Mas vamos ao assunto, está preparada Let?Ainda dá tempo de você ir embora...

A corto antes que ela possa concluir.

— A senhora sabe que não vou desistir, e sim eu me preparei 6 anos para esse momento, estou mais do que preparada!

— Você é muito cabeça dura menina! Mas não vou tentar te convencer a desistir, eu trouxe algo para você.

Ela disse tirando uma gargantilha com uma, pequena pedra da lua como pingente.

— É linda!!

Falei com entusiasmo na voz.

— Sim é linda, mas não estou te dando apenas por sua beleza,
como deve saber pedras da lua são raras Let, e elas tem uma forte fonte de poder, ela irá te ajudar lá menina.

Ela me entregou, peguei admirada com a beleza daquela pedra e a coloquei em meu pescoço.

O resto da tarde passei estudando com Mar, no início quando ela começou a me ensinar, eu aprendia apenas sobre vampiros, seus pontos fracos e fortes, maneiras de matalos e como me defender, mas com o passar do tempo Margaret começou a me ensinar sobre magia, e sobre outros seres sobrenaturais que existiam, no início me surpreendi, como ninguém nunca reparou na existência desses seres?
Mas acabei me acostumando com isso, e nem sempre me sentia surpresa, com alguma descoberta sobre esse novo mundo.

Além de estudar, eu comecei a treinar, espadas e luta de corpo a corpo para poder me defender. Quem vê meu porte físico nem chega a imaginar que eu Violeta White,estou virando uma verdadeira "guerreira".

Após me despedir de Margaret, começo a caminhar enquanto observo o por do sol, até chegar em casa.

Adentro na sala e vejo papai, lendo um livro, passo na sua frente e desejo boa noite o mesmo apenas faz uma confirmação com a cabeça e volta a me ignorar, solto um suspiro e subo em direção ao meu quarto, Miguel por trabalhar como guarda passa metade do seu tempo fora de casa.

E lá se vai mais um fatídico dia da minha "doce" vida, onde eu não tenho mas motivos para viver ou ser feliz, a não ser fazer justiça a minha mãe e então poderei viver em paz. E com esses pensamentos eu adormeço para mas uma noite de pesadelos.

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