Capítulo II

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A única alegria no mundo é começar. É bom viver porque viver é começar sempre, a cada instante.
Cesare Pavese

Sonhos, muitas vezes são pensamentos, desejos ou fantasias, que nossa mente cria ou até algum medo ou trauma que vivemos, e que a nossa mente reproduz em formas de imagens

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Sonhos, muitas vezes são pensamentos, desejos ou fantasias, que nossa mente cria ou até algum medo ou trauma que vivemos, e que a nossa mente reproduz em formas de imagens.

Muitas pessoas amam sonhar, eu me pergunto como podem gostar disso? Se sonhos não servem para nada além de te atormentar, durante as noites, e te iludir, onde você fica com aquele desejo de algo que não pode acontecer.

Eu não sonho muito, as vezes tento ir dormir com um pensamento distinto, mas sempre tenho o mesmo pesadelo, mas nos últimos dois dias vem sendo diferente, eu não tive o mesmo pesadelo que tenho a 6 anos.

Passei a sonhar com eles, não conseguia ver o rosto de nenhum dos dois apenas ouvir as vozes de ambos, eu sentia o toque das mãos deles em meu corpo e o formigamento nos meus lábios após os beijos famintos que eles me davam, e então ambos me diziam, nós te amamos doce Violeta, mas logo depois a escuridão me tomava alguém me puxava para longe dos meus cavaleiros e eu só sabia gritar, e então eu despertava. Como eu disse sonhos servem apenas para iludir e nós atormentar, e depois deixar-nos com a vontade de algo que nunca poderíamos ter.

Hoje ao anoitecer os guardas irão vir me buscar, para me levarem ao palácio. Pela manhã papai e Miguel ficaram comigo para o desjejum, até poderíamos ser considerados uma família feliz quem visse todos nós sentados na mesa comendo juntos, queria que sempre fosse assim. Hoje ganhei mais um presente, um anel, Miguel que me deu, ele disse que era o anel da mamãe, ele é feito com ouro branco e tem uma delicada pedrinha lilás sobre ele.

Eu chorei a tarde inteira após o almoço, como eu queria que tudo fosse diferente como eu queria que esses vampiros malditos não existissem, mas não vou me abalar vou para aquele maldito lugar como uma verdadeira dama irei entrar com a cabeça erguida. Me levanto e vou em direção ao banheiro onde a banheira já estava cheia com água, apenas entrei e me deixei levar pelo pouco momento em que consegui relaxar.

Eu estou me sentindo tão bela, nunca me vesti assim antes a Sr.Clodilte, me ajudou, na verdade ela que me arrumou, estou usando um espartilho preto, com um vestido branco e uma sapatilha preta, meus cabelos castanhos estão presos em uma trança lateral, e no meu rosto ela passou rouge para me dar uma aparência avermelhada nas minhas maçãs, e nos lábios passou um pouco de batom.

Em frente ao meu espelho, coloco a gargantilha que Margaret me deu, e logo após o anel de mamãe, não demora muito para as vozes dos guardas no andar de baixo chegarem até aqui, Miguel tenta convencer seus "amigos" da guarda a falarem que eu morri ou algo do tipo e me ajudarem a fugir, mas eles não querem, e uma discussão começa a se formar no andar de baixo, solto um suspiro e saio do quarto em direção às escadas.

Conforme eu desço os degraus e eles percebem minha presença,a discussão cessa, na sala encontra-se três guardas, um baixinho gordinho, um mais alto onde seus músculos se destacam sobre seu uniforme, e um com cara de rabugento. A atenção na sala está centrada em mim acabo me envergonhando por isso.

— Agora entendi por que não quer que ela vá Miguel, uma dama como essa provavelmente será uma ótima companheira. –zombou o gordinho.

— Olhe para ela, quem a vê assim parece até uma mulher. –disse o homem mais robusto me olhando com malícia.

— Uma pena não podermos tocá-las, eu faria um bom proveito dessa daí. – disse o guarda com cara de rabugento.

— Se vocês tocarem um dedo na minha irmã seus vermes eu faço questão de matalos! – disse meu irmão com raiva aparente nos olhos.

— Deixe-os Miguel eles não irão tocá-la ou se não os "reis" mesmo,farão questão de matalos. – disse papai com sarcasmo na voz ao pronunciar a palavra "reis".

— Agora chega de palratório¹, temos que levá-la as outras já devem ter chegado, no palácio enquanto estamos aqui. – disse o cara rabugento, vindo em minha direção e me puxando pelos braços.

— Adeus Miguel meu irmão. – disse após soltar meu braço bruscamente do homem que o segurava. – vou sentir tanto sua falta. – o abraçei – Você também papai! – fui até ele com um certo receio e o abracei, e para a minha surpresa ele o retribui.

Talvez papai sinta a minha falta.

Pemsei.

— Tome cuidado minha filha. – ele cochichou no meu ouvido.

— Vou tomar! – respondi no mesmo tom – te amo pai!.

— Também meu amor agora vá.

E então eu saí de casa, onde eu fui criada onde passei os meus melhores momentos com mamãe, onde vivi toda a minha vida.

Os guardas mandaram eu entrar dentro da carruagem, haviam mais duas meninas lá ambas estavam assustadas tentei sorrir para elas, passando confiança, mas fui ignorada, soltei um suspiro e comecei a encarar a paisagem enquanto eu apenas ouvia o tilintar do casco dos cavalos no chão.

Esperando não tão pacientemente o meu terrível destino.

Esperando não tão pacientemente o meu terrível destino

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Palratório:conversa,diálogo.

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