Sentados numa esplanada, junto de uma das imensas praias da Tailândia, encarava o sorriso radiante no rosto do Patrício.
Ele estava tão feliz, o que me contagiava.
Passamos a manhã a explorar e esta tarde, íamos dar um passeio de elefante. Para além de terminarmos a noite, numa pequena festa para turistas na praia, perto do hotel.
Há dois dias que estávamos longe de Portugal, não podia estar a correr melhor.
A presença daquele homem...
- Queres ajuda?
Assenti, passando a mão pelo elefante. Enorme e largo. Mas bastante calmo, nada de se mexer, de modo a atirar-me ao chão.
Não era algo que gostasse, visto que muitos dos animais não eram bem tratados. Porém, notava que não acontecia tais atrocidades neste caso, e nesta empresa. Talvez, noutros lugares e países fosse desgastante, mas não aqui.
O animal gigantesco começou a andar. Era um misto de sensações tão familiares.
Não deixava de sorrir.
asoaresk
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Hapinessall around Thailand 🇹🇭 ♥ 3028💬 Desativados 📍home sweet home
- Estás tão linda.
O moreno abraçou-me, pois ambos estávamos cobertos por lama. Levantou-me, caminhando até ao lago mais próximo.
Abriu ambos os braços e em segundos, a água gelada abraçou-me por ele.
Juntou-se a mim, deixando-me passar as mãos pelos seus peitos desnudos cobertos de lama. O homem era tão definido, com tudo no lugar. Já se encontrava mais bronzeado, devido ao sol da cidade/campo/praia.
Praticamente todas atividades implicavam isso mesmo, calor, mar e bronzeado. Sorriu-me. Os seus olhos brilhavam.
Abracei o tronco dele, de modo a inclinar-me e a levar os seus lábios num beijo.
- Vou-lhe contar.
- O quê?
- Preciso de lhe contar Kiara. A Vera não merece passar por algo assim. A verdade, é que tu me atraíste como nunca pensei.
- Não! Não podes fazer isso. És pai. Tens a tua família Rui, não estragues isso.
Lambi os lábios.
- Não estragues a tua vida por uma aventura.
- Não és uma aventura. Eu gosto de ti. Acredita Kiara, mexeste comigo... Muito mesmo. - Senti as suas mãos no meu rosto. - Quero continuar a sentir-me assim. Contigo.
Balancei a cabeça negando.
Isto não me podia estar a acontecer. Não podia deixar que deitasse tudo a perder.
- Estás a confundir as coisas. - Afastei ambas as suas mãos. - Eu não gosto de ti. - Obriguei-me a dizer-lhe tais palavras. - Dessa forma.
- Não te mintas a ti mesma.
Afastei-me do moreno, mordiscando os meus lábios. Não sabia o que lhe dizer.
- Encontramos-nos no hotel.
- Espera. - Segurou o meu pulso. - Esquece o que te disse. Não te queria assustar. - Tudo em mim estava a arder. O seu olhar penetrava-me, podia ler o que sentia.
- Preciso de ir, ok? - Soltei-me. - Isto foi um erro Rui, jamais nos podíamos envolver desta forma! Destruí-te.
- Não! Não me destruíste. Só me fizeste bem! E acredita.... - Tentou alcançar-me.
- Ouve! Ouve o que estás a dizer!
Afastei-me.
A forma como me olhava, o vazio que se instalava no rosto dele, estava a matar-me. Não sei onde fui buscar tanta coragem para virar as costas e afastar-me dele.
Apressei o passo, ouvindo-o a chamar por mim duas vezes. Lágrimas inundaram os meus olhos à medida que me afastava.
A felicidade não dura para sempre.
Senti um nó no estômago. Como é que fui capaz de prolongar este erro? Destrui-o. E toda a sua família. Para além da mancha que ia criar na carreira profissional dele.
Perto do mundial. Como pude ser tão egoísta, tão cega por ele?
...
Algo me diz que já estou prestes a terminar a história!
