The Way Dreams Go

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Camila Cabello P.O.V

Os primeiros raios de sol invadiam meu quarto pela cortina, cocei os olhos e a primeira coisa que me dei conta foi: Estou me sentindo melhor, estupidamente melhor. Levantei checando as horas no meu celular, essa noite havia dormido tão bem como a dias não fazia, que eu era o puro bom humor. Ainda tinha mais o menos meia hora para me arrumar, sem pressa caminhei até a janela.

A claridade maior fez com que meus olhos ardessem. Aos poucos eles foram se acostumando, mirei ao céu e mesmo nublado, não nevava. Abri um pequeno sorriso, já estava cansada de sentir como se tudo estivesse molhado e frio.

(...)

— Tive uma epifania. Você se lembra da noite em que Lauren apareceu no seu quarto, no Halloween agindo com uma megera? Vestida de deusa grega, distraída como se tivesse armando um esquema? - Dinah perguntou, assim que me sentei ao seu lado, na aula de Psicologia.

— Humhum... O que tem? — perguntei.

Maxxie se sentou na frente de Dinah, pegou um caderno de espiral, cuja parte de cima estava ensopada, e o folheou até uma página qualquer.

— Daphne. - A imagem da garota de olhos azuis e cabelos castanhos se fez em minha mente.

- Lauren está saindo com Daphne? - Disse um pouco curiosa, qualquer novidade sobre Lauren me deixava assim, a verdade era, eu não tinha notícias dela desde então. Era como se ansiase para o fim do livro, mas ele nunca chegava a uma conclusão.

- Bem, "estavam" - Dinah fez aspas com os dedos finos da mão. Max se virou para ouvir melhor sobre o que falávamos. - Esbarrei com Daphne no banheiro E. Ela. Estava. Chorando. Rios. por Lauren.

- Qual a novidade disso? - Max se intrometeu. - Lauren é uma megera e todos sempre souberam...

Nesse mesmo instante entrou Megan, a professora, acompanhada de Daphne, com o nariz na cor de um tomate, mas não chorava mais. Megan disse alguma coisa em voz baixa para Daphne, que se sentou na cadeira mais próxima das janelas, Megan observou de canto a canto analisando os alunos, suspirou, parou de costas para a cadeira, buscando algo dentro de sua bolsa.

A sala estava tão silenciosa que quando a porta foi escancarada todos levaram um susto.

- Desculpa o atraso, posso entrar? - Ela perguntou ríspida.

- Entre, Srt. Jauregui. - Arqueei as sobrancelhas. Megan tinha o costume de chamar todos pelo primeiro nome, assim como a chamávamos apenas de Megan, uma raridade dentro desse internato. Então, sim, Lauren havia aprontado uma.

— Hoje, vocês receberão o tema do trabalho deste último semestre, embora falte mais de dois meses para o fim das aulas. Bem, não estou certa de que todos leram a ementa do curso tantas vezes e com tamanha seriedade que já sabem de cor. — Ela deu um sorriso forçado. — Mas um aviso: o trabalho vale metade da nota final. Sugiro que o levem a sério. Agora, voltando para a conceito de sonhos...

E sobre sonhos, nas últimas noites não conseguia dormir direito, sempre o mesmo sonho me atormentava pelas madrugadas, mas hoje em especial isso não aconteceu, me recordo de sempre estar correndo tentando alcançar uma pessoa (não faço ideia do gênero, não conseguia ver com clareza) no final de uma rua, mas sempre que meus dedos estavam perto de o tocar, o cenário mudava e eu estava na beira de um precipício, e antes que eu desmoronasse rumo ao chão acordava suando, noite após noite. Megan falou sobre a teorias deles em cada religião, sobre semelhanças e diferenças entre as diferentes formas de compreender os sonhos. E por último disse sua opinião sobre tal tema. Ela abordava uma visão ampla embora fosse cristã. Eu acho.
Eu tinha ido á Igreja bem umas quatro vezes. O que era mais do que eu tinha ido a uma mesquita ou a uma sinagoga.

— Estamos falando, — ela disse, — Sobre um fenômeno que todos passam, uma pessoa do campo, pessoas da cidade, um ninguém, a pessoa de qualquer religião. Buda tinha rejeitado a riqueza e o berço nobre para buscar a iluminação dos seus sonhos. Nunca parem de sonhar é isso. Acabou a aula. Peguem uma cópia do trabalho final antes de saírem. — Quando me levantei para sair, peguei um papel. - Lauren, você fica.

Olhei para a morena na última cadeira no extremo da sala. Ela suspirou e continuou sentada esperando pelo juízo final.

O trabalho: Qual a pergunta mais importante que os seres humanos devem responder? Escolha a pergunta com sabedoria e analise como as religiões tentam respondê-la.

— Espero que consiga terminar esse trabalho, incrivelmente preciso de nota para Psicologia. - disse Dinah enquanto corríamos na pequena garoa a caminho dos dormitórios, - Para você, qual é a pergunta mais importante?

Depois de correr por trinta segundos, eu já estava sem fôlego.

- O que... acontece... depois...da morte?

— Credo, Camila, é melhor você parar de corre, um dia desse vai acabar infartando.

Eu ri e nos despedimos, fui até meu quarto em silêncio. Olhei da cama para minha estante de livros e cadernos, dei de ombros e escolhi a cama, bem que eu precisava colocar meu sono em dia.

Ao anoitecer acordei com uma serie de batidas na porta. Acendi o abajur do criado mudo, iluminado parcialmente o quarto. Quando pensei que quem quer que fosse havia ido embora, três batidas fracas se repetiram, levemente como se a pessoa tivesse machucado a mão.

- Se for a Dinah eu juro que mato ela... - Falei para mim mesma.

- Pode entrar! - Exclamei e a porta abriu. Arregalei os olhos. Isso só pode ser brincadeira...

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ATE O PRÓXIMO CAPÍTULO,
Galera ent os capítulos estão ficando mais curtos porém acho que estão melhorando oq acham?

Eu volto quando esse cap bater 40 votos e 30 comentários.... Desculpa e que vcs não estão comentando mt kkkkkkk provavelmente voltarei amanhã mas votem e comentem pra me deixar feliz em?! amo vcs

The Girl I've Never MetOnde histórias criam vida. Descubra agora