Oito.

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Cadu 💲

Meu celular vibrou no bolso me fazendo tirar a atenção da Tatiana que falava alguma bosta na minha frente, olhei meu celular tocando com o nome dela, demorei um pouco e me afastei pra falar.

Ligação 📱

Cadu: Quem é?
May: Qual é Cadu, vai me dizer que excluiu meu número?
Cadu: Mayara? - Ela bufou.-
May: Eu tô mal.
Cadu: Chama teu amigo pra sarrar nele de novo cara, fica Boa logo!
May: Para de coisa, pelo amor.
Cadu: Era só isso? Tenho que ir, falô.

Ligação 📱

Qualé cara, quando a pessoa dá valor, a pessoa cuida, ela faz pouco caso, daí quando eu começar a trair, maltratar, ela fica pistola! Que nada!

O problema dela é que ela sempre quer tá certo, ela tá no erro mas nunca vai admitir, isso cansa tá ligado? Quem não gosta de dar valor e receber também? Mó caô!

Com a mente a mil entrei na quadra de novo ignorando a Tati, subi pro camarote e ninguém da família tava mais lá, peguei um copão e fiquei encostado na grade olhando pra geral. Fiquei olhando até uma pessoa entrar pela quadra barrando em todo mundo, ela olhou diretamente pra mim e sorriu, virei a cara mermo.

Kaká: Libera Cadu? - Perguntou quando ela chegou.

Cadu: Sei de nada pô, manda raidinho pro chefe.- Ele riu e pegou o rádio enquanto ela bufou.

No fim ele liberou e ela chegou do me lado colocando as mãos cintura

May: Cara, qual teu problema?

Cadu: Falou comigo? - Cruzei os braços.

May: Vamos conversar, por favor.- Me olhou com os olhos brilhando de lágrimas, porra.

Puxei ela pro quartinho e ela sentou na cama enquanto eu encostei na parede.

May: Pra que isso Cadu? Coisa infantil cara!

Cadu: Beleza Mayara, tu já falou isso umas trezentas vezes mermã! Já deu.

May: O que eu fiz de errado? Ele é meu amigo, ele é gay Carlos! - Praticamente gritou.

Cadu: Fala baixo comigo.- Apontei pra ela.- Idaí que é gay porra? Sendo ou não faltou respeito comigo geral, tinha necessidade daquilo? - Parei perto dela e ela olhou pro chão.- Eu nunca falhei contigo pô, sempre quis fazer o melhor pra nós e tu fica de vacilação? Foi certo o que tu fez?

May: Não...- Começou a chorar.- Desculpa.

Cadu: Então pronto cara.- Puxei o rosto dela limpando as lágrimas.

May: Eu não pensei nisso, foi coisa de hora. Eu não faço mais, prometo!

Cadu: Num é questão de prometer nada não pô, é bagulho de confiança.

May: Me perdoa mesmo? Vamos recomeçar então.- Levantou ficando cara a cara comigo.

Cadu: Fica de palhaçada comigo de novo pra tu ver se não fica careca.- Apontei o dedo pra ela e ela riu me beijando.

Ficamos ali na pegação por um tempo e depois saímos abraçados, a família já tinha voltado e nós se juntou.

Lá No Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora