Trinta e nove.

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Cadu 💲

1 semana depois..
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Mayara voltou pra casa dois dias atrás, mas num sai mais do quarto. Vive trancada, chorando.

Cadu: Sai daí veí, namoral.- Bati na porta.- Eu tô preocupado.

Ela nem falou nada, só abriu a porta se jogando na cama de novo, sentei do lado dela tirando a blusa.

Cadu: Olha pra mim.- Segurei o rosto dela devagar e ela olhou com os olhos vermelhos.- Eu sei que é difícil, mas nós precisa superar.

May: Você não entende, eu que carregava o bebê dentro de mim, tinha a obrigação de proteger ele. Eu me sinto péssima, um lixo por não ter conseguido isso, uma coisa simples! Ele ainda podia tá aqui, dentro de mim, mas eu não fui capaz.- Fiquei calado enquanto ela falava.

Cadu: Eu sei que tu fez o impossível pra proteger nosso nenê, morena. Tu acha que eu tô feliz com isso? Não pô, mas sei que lá do céu nosso menino ou menina deve tá olhando nós. Doi pra caralho mas sei que se nós ficar junto, vai dá tudo certo!

May: E eu nem posso te dar mais filhos.- Fungou.

Cadu: Nós adota, pô. Tanto pivete aí abandonado na favela precisando de uma mulher da porra como tu como mãe, se liga nisso não! - Beijei a testa dela.

May: Obrigada por ficar comigo.

Cadu: Vamos na pizzaria? Geral vai.- Ela me olhou fazendo careta limpando o rosto.

May: Não quero olhares de pena sobre mim.

Cadu: Não vai ter pô.

May: Jura?

Cadu: Alá, sou sujeito homem rapá! Bagulho de jurar, eu cumpro com minha palavra.- Ela riu fraco e eu puxei ela pra levantar comigo.

Lá No Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora