Trinta e seis.

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Jú 🌻

Depois de 2h, duas horas de confronto, os tiros pararam, respirei aliviada quando o João entrou em casa apenas com o sangue dos outros, intacto.

Sorri fraco pra ele e ele retribuiu beijando minha cabeça e a do Jonas que depois de chorar muito dormiu no meu colo, peguei o mesmo colocando ele no quarto dele e fui pro nosso.

O barulho do chuveiro ecoava pelo quarto, me sentei na cama esperando ele, assim que ele saiu ele sorriu vindo na minha direção.

Jota: Te amo, Juju.- Segurou meu queixo e me beijou calmamente, como se tudo dependesse desse beijo.

Jú: Amo você.- Separei nossos lábios com selinhos acariciando o rosto dele.- Eu vou pro postinho.

Jota: Não.- Respondeu rápido.

Jú: Desculpa, amor, mas várias pessoas ficaram machucadas, eu preciso ajudar elas.

Jota: Já disse que não. É perigoso.

Jú: É o mesmo que eu senti hoje quando você saiu pra defender teu morro, teus moradores.- Segurei o rosto dele.- Pra mim é tão importante ajudar as pessoas que precisam quanto você ir ajudar elas também.

Jota: Vai tomar no cu, caralho.- Bufou.- Vou me trocar.

Balancei a cabeça negativamente e ele saiu indo pro armário, se vestiu e atravessou o fuzil nas costas e a pistola na cintura, estendi a mão pra ele e ele segurou e me puxou beijando a minha testa.

Jota: Desculpa tá!? - Neguei com a cabeça.

Jú: Você só quer me proteger.- Dei um selinho nele.

Pedirmos pros vapores ficarem de olho no Jonas saímos de moto rapidinho pro postinho, me despedi dele e assim que eu entrei, vi o verdadeiro caos ali dentro.

Minha prioridade foi as crianças, nem pensei em fazer essa escolha.

Alguns minutos depois uma correria maior ainda se formou, era o Cadu com a Mayara no colo, a barriga e o ombro sangravam. Separei a equipe e elas foram cuidar das prioridades que eram pessoas com ferimentos mais graves.

Fiquei com a Mayara levando ela pra sala de cirurgia de emergência, pegamos as coisas necessárias e começamos a tentar salvar ambas vidas.

Lúcia: Os batimentos dela são fracos, ela não vai resistir.- Comentou tentando reanimar ela.

Jú: Ela tem que resistir.- Comecei a fazer os procedimentos na barriga dela.

Eu estava nervosa, pensando que se eu não conseguisse todos iriam me odiar.

Juan: Não dá, não dá caralho.- Falou quando não conseguimos reanimar-lá.- Vão ter que escolher, ela ou o bebê....

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Lá No Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora