Caio

Quarenta e Cinco

James parou o carro em frente a uma casa simples de um bairro aparentemente calmo. Ele saiu do carro, arbiu a porta do carona e novamente algemou Caio a si mesmo:

– Acha mesmo que isso ainda é necessário?
– Acho.

Ele bateu a porta do carro e pegou um molho de chaves da mochila. Abriu a porta e jogou as bagagens no chão:

– Você não pode ficar aqui.
– Como assim?
– Aqui em cima. Não tem proteção e você pode fugir. É melhor que fique lá em baixo.

James o levou para o fundo da casa onde havia uma porta perto da cozinha que levava ao porão da casa. O lugar estava escuro mas James acendeu a lanterna do celular para achar uma vela:

– Eu não gosto de lugares fechados e ainda tá muito escuro.
– Eu vou ajeitar tudo mas antes preciso resolver algumas coisas.

Ele soltou as algemas e deixou Caio com uma vela e um porão escuro e não muito agradável. Alguns barulhos vinham da parte de cima da casa, James estava movimentando algumas coisas. Depois de um longo tempo ele desceu novamente com uma lanterna em uma das mãos e na outra uma lâmpada:

– Segura aqui. – disse entregando a lanterna para o garoto. Agora ilumine aqui em cima.

Ele enroscou a lâmpada e umaluz branca tomou todo o hambiente. Agora estava tudo visível, o espaço era bem amplo, havia uma cama em um canto, ao lado uma estante de livros e uma luminária. Não havia mais nada, nenhum objeto que poderia ajudar na fuga do garoto ou algo do tipo:

– Quando terminar o jantar eu volto para te buscar.

Caio observou enquanto seu James sobia as escadas e logo após trancando a porta. Ele se dirigiu a cama, retirou os tênis e se deitou. Olhando para o que no seu referencial de visão era o teto, pensou em chorar mas sabia que aquilo era inútil. De agora em diante, ele deveria ser forte para tudo o que acontecesse pois James parecia ser uma pessoa imprevisível. O clima ali embaixo estava abafado pois a pequena e ventilação estava trancada e a estação até onde Caio lembrava era o verão. Ele se sentou na cama e retirou as meias, ainda sentido calor retirou sua camisa ficando só de calça jeans. Todo aquele clima estava o deixando inquieto, ele se levantava, andava de um lado para o outro, pegava um livro, o folheava. Os processos de repetiam por várias vezes. Quando a movimentação cessou, ele deduziu que o jantar estaria pronto, mas logo após ele escutou uma conversa de James com uma pessoa. Não dava para ouvir exatamente o que estavam falando. Os passos agora estavam vindo em direção a entrada do porão:

– Está tudo pronto. – disse descendo as escadas.

James se deparou com o garoto sem camisa. Seu semblante mudou imediatamente, ele estava desconfortável e parecia estar nervoso:

– Eu estava com calor. – disse dando de ombros.
– É melhor vestir uma camiseta já que está com calor. – disse engolindo seco. – Você... Você mudou.
– É, eu mudei.
– Digo, tá mais bonito. – sorriu de uma forma estranha.

Caio começou a se assustar com a expressão facial de James:

– O que foi? – ele o olhava fixamente.
– Nada. – disse mordendo o canto inferior do lábio.

Ele começou a rodear o garoto como se fosse um leão em volta de sua caça. Ele coçava a cabeça estranhamente:

– Você tá me assustando.
– O que você acha de algumas brincadeiras antes do jantar. – sua voz era calma.
– Não, por favor.
– Não vai ser nada de mais. Eu só quero possuir de volta o que me foi tomado.

James começou a se aproximar mais do garoto, que fazia o oposto até que chegou a parede e não tinha mais espaço:

– Sua pele é tão macia. – disse tocando seus braços. – Seu cheiro...
– Para você tá me machucando.

Ele segurou forte os braços do garoto e o beijou. Caio tentou luytar contra mas não conseguiu:

– Ah como isso é bom! – ele estava em êxtase.

Uma lágrima escorreu no olho de Caio e seu corpo começou a tremer:

– Tá tudo bem. Eu não vou te machucar.

James tentou levar o garoto para cama, mas ele se recusava. Caio foi pego pelos cabelos e levou um soco no nariz, nesse momento parecia que algo o fez querer lutar, mas isso só piorou as coisas. James começou a ficar agressivo, a cada movimento do garoto ele acabava o agredindo. Sua calça foi arrancada a força, o que gerou um corte em sua coxa:

– Isso é tão bom! Meu Caio! Só meu e eu podia fazer o que quiser com você.

O garoto se rendeu enquanto era violentado de todas as maneiras. Parecia que James havia pegado gosto pela agressão e mesmo com o garoto imóvel ele não parava de agredi-lo. Quando atingiu seu ápice de prazer, James caiu para trás com as mãos na cabeça:

– O que foi que eu fiz?!

Caio estava desacordado e muito machucado. Havia sangue por toda a cama. Desesperado James o pegou no colo e o levou para o banheiro, entrou para o box e ligou o chuveiro. Lavou todo o sangue do garoto mas o machucados estavam feios:

– Merda eu não posso levá-lo para o hospital. O que eu faço? – perguntou a si mesmo preocupado.

Ele enxugou o garoto e o colocou no sofá. Sua consciência estava voltando mas ainda sim seu sentidos estavam uma bagunça. James pegou o telefone e ligou para a farmácia pedindo alguns medicamentos e coisas para fazer curativos. Ele tratou das feridas do garoto, vestiu uma roupa e sentou a sua frente para aguardar sua volta:

– Caio. Eu caio. – chamou baixo.
– Você...
– Não fale, agora eu preciso que me diga como está.
– Você ainda pergunta seu desgraçado. – disse meio zonzo. – Você acabou comigo. – começou a chorar.
– Você precisa comer alguma coisa ou vai piorar.

Caio tentou se levantar mas parecia que seu corpo havia sido pisoteado por uma manada de elefantes:

– Calma, deixa eu te ajudar.
– Você é louco?  Até pouco tempo atras você estava me espancando e agora...
– Só vamos jantar. Por favor.

Caio aceitou a ajuda e se sentou na cadeira para comer algo que parecia ser de fast food:

– Não foi eu quem fiz. Mas parece está gostoso.

Ele sentou de frente para o garoto e enquanto comia o observava atentamente.

Mais um capítulo kkkk só hoje foram 3!
Parece que alguém está expirado kkkk mas enfim não se esqueçam de votar e me seguir aqui no wattpad.